segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Hospital Bettina utiliza repasse do Rehuf em projeto de atendimento 24h

Por: Cleide Magalhães

O Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza (HUBFS) obteve, recentemente, liberação de R$ 83,6 mil do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf). Segundo o diretor geral do Bettina, o médico e sociólogo Paulo Amorim, a verba será destinada para iniciar o Projeto de Atendimento 24 horas de Urgência e Emergência em Oftalmologia e Otorrinolaringologia, o qual gira em torno de R$ 600 mil.

"Comemoramos a liberação do recurso e será totalmente direcionado às ações iniciais desse grande projeto, que é um antigo sonho do Bettina, uma necessidade da população e das residências médicas do hospital a serem classificadas pelo Ministério da Educação em nível A. Ainda este semestre, vamos apresentar um plano de aplicação dos recursos e mostrar ao Rehuf o desenvolvimento do projeto”, afirma Paulo.

O diretor ressalta ainda que o novo serviço vai ajudar a desafogar o atendimento de pacientes nessas especialidades nos prontos socorros e conta com apoio do poder público. “O serviço de urgência e emergência em Oftalmologia e Otorrinolaringologia demanda infraestrutura específica – o que ainda é deficiente nos prontos socorros, não por conta dos profissionais, mas pela falta de aparelhos sofisticados. O Estado e Município vêem com bons olhos que o Bettina absorva esse serviço. O projeto já teve a sinalização positiva do Governo do Estado e Ministério da Saúde, que demonstraram estar interessados e afirmaram que vão nos apoiar com recursos para credenciarmos o serviço”, informa.

O Rehuf é um programa do Governo federal promovido entre os ministérios da Saúde e da Educação que visa implementar mecanismos mais adequados de financiamentos aos hospitais q

ue, além do atendimento a população, trabalham na formação de profissionais de saúde e no desenvolvimento de pesquisa.

Indicadores

Os recursos repassados aos hospitais universitários do País pelo Rehuf não são iguais. Eles resultam de indicadores avaliados pelo ministério, como o tempo de permanência do paciente, número de leito ocupado e de clínica funcionando, entre outros. “Somos hospital dia e, por isso, nossos indicadores são pouco contemplados nessa ótica do Ministério da Saúde”.

Entretanto, o Bettina e outras instituições do Brasil buscam fazer com que o Rehuf olhe de forma diferente para os hospitais de especialidades. “Para isso, diretores de hospitais universitários querem criar aos hospitais com nível de especialidade reconhecida, como é o caso do HUBFS, um pacto da saúde para repasse de recursos, em vez de ser teto financeiro, no qual hoje o Hospital Bettina recebe somente pelo que produz. No pacto seria definido um valor e o Bettina teria que alcançar a meta, do jeito que acontece com o hospital Barros Barreto. Se isso foi incorporado será interessante para o hospital”, ressalta Paulo Amorim.

Rehuf

Ao todo, o Programa do governo federal estabeleceu recursos financeiros no montante de R$ 250 milhões para 44 hospitais universitários federais. Os investimentos fazem parte do financiamento compartilhado dos hospitais universitários pelo Ministério da Saúde, Ministério da Educação e Ministério do Planejamento.

A descentralização dos recursos está condicionada ao envio ao Ministério da Saúde e ao Ministério da Educação dos termos de compromissos firmados entre os hospitais e os gestores estaduais e municipais. O Fundo Nacional de Saúde deverá providenciar a transferência do montante em três parcelas, a partir do mês passado.

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