quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Candidatos ao governo do Estado debatem com a comunidade universitária paraense

Política

Os candidatos ao governo do Estado deverão apresentar, nesta quarta-feira, 29, suas propostas à comunidade universitária paraense, durante um debate promovido pela Associação de Docentes da UFPA (Adufpa), em conjunto com o Diretório Central dos Estudantes (DCE) e o Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino Superior do Pará (Sinditifes). O encontro entre os candidatos acontecerá a partir das 19 horas, no auditório do Instituto de Ciências Jurídicas (ICJ) da Universidade Federal do Pará (UFPA), e será transmitido ao vivo pelo site da Universidade e pela Rádio Web da Instituição.

Foram convidados para o debate os candidatos Ana Júlia Carepa (PT), Cleber Rabelo (PSTU), Domingos Juvenil (PMDB), Fernando Carneiro (PSOL) e Simão Jatene (PSDB). As regras do encontro foram definidas em reunião com as assessorias no dia 22 de setembro.

O debate - A composição do debate será de quatro blocos. No primeiro, cada candidato terá cinco minutos para fazer sua exposição inicial. A ordem de apresentação será definida em sorteio, meia hora antes do debate. No segundo bloco, os candidatos deverão expor suas propostas referentes aos temas saúde e meio ambiente, educação e universidade, segurança e juventude. Para cada eixo temático, o tempo de resposta é de três minutos. No terceiro bloco, será a vez da plateia participar fazendo perguntas para os postulantes ao governo do Estado. Cada candidato deverá responder a duas perguntas do público presente, com temática livre. O tempo de resposta é de cinco minutos. O quarto e último bloco será destinado às considerações finais, quando os candidatos terão o tempo de cinco minutos para tentar convencer os eleitores.

Segundo a diretora-geral da Adufpa, Rosimê Meguins, o debate é uma contribuição das entidades representativas da UFPA para a democracia e será uma ótima oportunidade para que os eleitores da Universidade possam definir seu voto na eleição do dia 3 de outubro. Rosimê destaca que, além de formadora de opinião, a comunidade universitária da UFPA possui um eleitorado maior do que muitas cidades paraenses, o que mostra a importância desse público na definição do pleito eleitoral e nos debates sobre o futuro do Estado.

Texto: Max Costa - Assessor de Imprensa da ADUFPA.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Drama social nos arredores da Praça General Magalhães

Texto: Cleide Magalhães
Edição: Ana Danin

Jovens se drogam no Reduto, sem que nada seja feito por eles

Em pleno centro de Belém ferve uma realidade triste e nociva para a sociedade. Na Praça General Magalhães, no Reduto, distante poucos metros do Cais do Porto - onde há constante embarque e desembarque de pessoas -, cerca de 40 crianças e adolescentes cheiram removedor de tintas, conhecido como tíner, e fumam crack e pasta de cocaína em plena luz do dia. Nos últimos tempos, eles trocaram o consumo de cola de sapateiro por essas drogas. Um drama social ignorado pelo poder público. Os meninos e meninas usam garrafas, panos e estopas para inalar o removedor de tintas.

A praça, que está em situação de abandono, serve, ainda, de espaço de moradia para muitos deles, que também dormem pelo coreto, ao centro da praça, ou se ajeitam em galpões, muitos dos quais ainda mantêm suas características originais da Belém da Belle Èpoque, próximos ao canal do Reduto, o qual está sujo, mal cuidado e exala cheiro desagradável.

Essa condição vivenciada nas ruas diariamente pelos menores de idade do Reduto é paradoxal ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que há 20 anos busca garantir que "crianças e adolescentes brasileiros, sem distinção de raça, cor, classe social, passem a ser reconhecidos como sujeitos de direitos, considerados em sua condição de pessoas em desenvolvimento a quem se deve prioridade absoluta, seja na formulação de políticas públicas e destinação privilegiada de recursos de diversas instâncias político-administrativas do País."

Um trabalhador da área, que pediu para não ser identificado nesta reportagem, conta que algumas crianças e adolescentes que consomem tíner e crack têm famílias, mas estas também não são interpeladas nem contam com apoio das autoridades públicas no sentido de tentar resgatar seus meninos e meninas da situação de rua e do risco em que se encontram. "Às vezes guardas municipais aparecem por aqui, mas logo vão embora fazendo somente ‘a capa’ diante da situação, porque, logo depois que eles saem, as crianças e adolescentes voltam para a praça. Eles consomem até pasta de cocaína, brigam entre si e suas atitudes são bastante agressivas. Deveria ter um efetivo fixo da guarda municipal nesse lugar", sugere.

Ele lembra que raras vezes a família de algumas crianças e adolescentes aparece no local e conversa com eles, mas, infelizmente, não consegue levá-los de volta para casa. "Essas crianças dizem que têm medo de serem executadas. Um dia desses, apareceram algumas pessoas armadas, de madrugada, atrás deles no coreto, mas acabaram indo embora. Talvez não encontraram o que ou quem procuravam. Diante, principalmente, dessa situação os meninos e meninas comentaram que querem voltar para suas casas, mas não têm força para deixar o vício e se libertar da rua. São pessoas doentes, sofridas e precisam da nossa ajuda e da sociedade", acredita o trabalhador.

Reportagem especial publicada no jornal Amazônia, dia 26/09/2010. Para ter acesso ao assunto na íntegra clique aqui.

Foto somente para ilustrar de O Globo.

Região Metropolitana de Belém é área propícia para as ocupações

Por: Cleide Magalhães
Edição: Márcia Azevedo

Fatores são o déficit de moradias aliado a desigualdades

A combinação entre a desigualdade social - envolvendo baixa renda e escolaridade -, poucas oportunidades econômicas e dificuldades de acesso ou carência de política habitacional são os principais fatores que levam ao surgimento de áreas de ocupação ou assentamentos precários, que a cada dia crescem, na Região Metropolitana de Belém (RMB).

Dados da Fundação João Pinheiro (FJP), do Governo do Estado de Minas Gerais, apontam que o déficit no País para o ano de 2007 seria de aproximadamente 6,3 milhões de domicílios, ou 11% do total. Isto quer dizer que um em cada nove domicílios brasileiros estaria em situação de déficit. Nesse mesmo ano, o déficit habitacional paraense era de 317.089 domicílios, o que representa 17% do total do Estado.

De acordo com a Companhia de Habitação do Estado do Pará (Cohab) e dados do Plano de Habitação, o déficit seria um pouco maior, de 18%, devido à representatividade da zona, ou seja, na ausência de moradias para a população ou na impossibilidade de consumir (comprar, morar em condições adequadas, alugar sem comprometer demais sua renda, etc.) a moradia.

Na Região Metropolitana de Belém, o déficit, ainda segundo a FPJ, era de 92.734 domicílios, aproximadamente 16,5% do total. Desses, 73.570 somente em Belém. A partir dos dados da Cohab, no entanto, este déficit habitacional da RMB seria de 96.557 domicílios, ou cerca de 17,2% do total - algo em torno de um domicílio para cada seis existentes.

Diante dessa panorâmica habitacional, o professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Pará (UFPA), Juliano Ximenes, que é doutor em Planejamento Urbano e Regional pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, avalia que a situação do Pará é relativamente mais acentuada na questão habitacional que a média brasileira e afirma que o déficit existe devido ao acúmulo histórico de desigualdade social e políticas habitacionais inexistentes, ou ineficazes, ou que beneficiaram parte da população.

Ocupações na RMB guardam características regionais. Segundo o professor, há especificidades nas áreas de assentamentos precários se comparadas às ocupações do resto do País, observadas em pesquisa feita recentemente pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), para o Instituto de Desenvolvimento Econômico-Social (Idesp), em parceria com a UFPA e Universidade da Amazônia (Unama).

Reportagem especial publicada no jornal Amazônia, dia 26/09/2010. Para ter acesso ao assunto na íntegra clique aqui.

domingo, 26 de setembro de 2010

Um passo à inclusão social

Cidadania

Por: Cleide Magalhães

Um grande passo para a inclusão social foi dado com a assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que visa garantir o direito à acessibilidade para ir e vir às pessoas com deficiências ou que tenham mobilidades reduzidas nas 300 agências bancárias e cerca de 700 postos de atendimento públicos e privados existentes no Pará. A iniciativa é um cumprimento à Lei 1.098, de 2000, e ao Decreto Federal 5296, de 2004, que garantem tanto a acessibilidade quanto a prioridade de atendimento a esses seguimentos sentem dificuldades de locomoção. Todos os bancos deverão se adequar, até novembro de 2011, à norma. O termo foi assinado em agosto deste ano pelo promotor de Justiça de Defesa da Pessoa com Deficiência e do Idoso, Waldir Macieira Filho, do Ministério Público do Estado (MPE), e o diretor de Relações Institucionais da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Mário Sérgio Vasconcelos, na sede do MPE, em Belém.

Açaí tem instituído seu programa de qualidade

Política e Cadeia Produtiva

Por: Cleide Maglahães


O açaí, um dos frutos mais importantes para a população paraense, conta agora com seu Programa Estadual de Qualidade, instituído por meio do Decreto 2.475/2010, publicado no Diário Oficial do Estado, dia 13 de setembro deste ano. O objetivo é identificar e promover a execução e promover a execução de ações de fortalecimento e desenvolvimento do comércio e consumo do açaí no Pará, sob a coordenação da Secretaria de Estado de Agricultura (Sagri). Para implementar, o governo do Estado poderá firmar convênios e acordos de cooperação técnica com entidades públicas ou privadas, visando fundamentar suas decisões e estruturar estratégias e projetos.

A implementação contará com ações planejadas e executadas pelo Grupo de Trabalho - função não sujeita à remuneração -, instituído pelo governo do Estado e composto por um titular e um suplente da Sagri, Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), Agência de Defesa Agropecuária (Adepará), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater/PA), Banco do Brasil, Bando do Estado do Pará, Banco da Amazônia, Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa do Pará (Sebrae/PA), Secretaria Municipal de Saúde (Sesan), Secretaria Municipal de Economia (Secon), Delegacia Federal de Agricultura (DFA/PA), e representantes dos vendedores de artesanais, dos trabalhadores da cadeia produtiva do açaí e das agroindústrias produtoras do fruto. Ao Ministério Público do Estado (MPE) estão garantidas a participação e representação no grupo.

Dentre as considerações levadas em conta para implementação da iniciativa estão as ações já realizadas pelos diversos órgãos parceiros, os Termos do Compromisso de Conduta, firmados entre o MPE, as agroindústrias e manipuladores artesanais de açaí no Pará; a relevância econômica e social da cadeia produtiva do fruto no âmbito estadual, visando gerar emprego e renda à população local; a necessidade de rastreabilidade do produto, com objetivo de possibilitar ao Estado a promoção de políticas públicas de inclusão socioprodutivas imediatas na cadeia produtiva; a necessidade de organização dos entrepostos de comercialização, dos meios de transporte, e da manipulação dos frutos, a fim de garantir a segurança alimentar; a necessidade de vigilância, proteção e monitoramento de pragas e contaminates do acaí; e o propósito conjunto do governo e dos produtores e vendedores artesanais de açaí, em melhorar as condições higiênicas-sanitárias das unidades processadoras, oferecendo aos consumidores um produto de melhor qualidade.

Para o promotor de Direito do Consumidor do MPE, Marco Aurélio, o programa ajudará a alavancar as políticas públicas e definir uma sinergia entre os órgãos e entidades envolvidos. Ele destaca que o processo precisa atingir todas as etapas que envolvem a atividade do fruto - desde a debulha (momento de tirar os frutos dos cachos) até chegar ao consumidor. "O trabalho deve atuar em toda a cadeia produtiva, a qual disponibilizará o açaí para o consumo da população paraense com menos risco possível à saúde e fazer com que o produto chegue a todos os lugares do Pará, além de gerar mais divisas para o Estado. O governo do Estado pode, ainda, acompanhar os preços e direcionar políticas públicas fazendo com que o açaí chegue com preço mais barato à população".

O prazo para conclusão do planejamento para a implementação do programa será de 90 dias, contados a partir da publicação do Decreto, mas o prazo pode ser prorrogado, caso comprovada necessidade.

O Decreto 2.475/2010 altera o Decreto 4.571, de 3 de abril de 2001, o qual estabelece a criação do Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável (CEDRS) e extingue o Conselho Estadual de Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e dá outras providências.

Pesquisa estuda nações afro-religiosas de Belém

Ciência e Cultura

Por: Cleide Magalhães

Angola, Tambor de mina, Jeje, Pajelança, Umbanda e Ketu são as seis nações afro-religiosas estudadas no projeto Patrimônio Imaterial com os Afro-religiosos: Cartografia Socail Afro-Religiosos de Belém do Pará, coordenado por Camila do Vale, professora da Universidade Federal do Pará (UFPA). A pesquisa é financiada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e ficou em nono lugar entre mais de 200 no País. Iniciou em 2010 e será finalizado até janeiro de 2011, quando haverá a publicação de um mapa que trará não somente terreiros, mas lugares de rituais, coleta de ervas e a publicação de um livro com narrativas e depoimentos dessas nações. "A ideia é mostrar quanto a prática dessas formas religiosas afro e a pajelança, consideradas como nação, são patrimônio cultural e imaterial da cidade. A satisfação de realizar essa pesquisa é imensa porque é a visibilidade e reconhecimento da riqueza cultural de Belém, um modelo cultural de convivência, em saber conviver com o outro", afirma a pesquisadora.

Perdas e dores que duram vários anos

Por: Cleide Magalhães
Editora: Márcia Azevedo

Vítimas de incêndio têm vidas mudadas e sofrem abandono

Dados do Corpo de Bombeiros do Estado constataram que somente em 2010 já foram registrados 3,78 mil incêndios no Pará. Desses, 275 tiveram como causa o curto-circuito e 303 aconteceram em Belém. Os destaques ficaram para o bairro do Guamá (52 casos), Jurunas (32) e Terra Firme (16). Em nenhum deles houve vítima fatal. Mas independentemente do tempo em que os incêndios ocorreram, diversas e incertas são as vidas das pessoas. Para moradores do cruzamento das passagens São Cristóvão com a Santa Helena, e do assentamento Riacho Doce, ambos no bairro do Guamá, em Belém, que tiveram suas casas incendiadas, não existe somente o lamento pela perda material, mas também o abalo emocional.

Nesses incêndios, cerca de 500 pessoas ficaram desabrigadas e a maior parte delas ainda não conseguiu se reerguer da tragédia que marcou para sempre suas vidas. Esse número pode ser ainda maior se for levado em conta que na periferia da cidade é comum entre três a quatro famílias dividirem o mesmo espaço de moradia por várias razões, principalmente pela falta de condições financeiras.

Segundo o capitão Marcos Saquis, do Corpo de Bombeiros do Estado do Pará, as ligações clandestinas nas áreas de ocupação, sobrecarga de energia em locais não apropriados, alta temperatura, madeira ressecada pelo sol forte, falta de orientação às pessoas, entre outras, são situações que propiciam o surgimento do incêndio. "Quando a casa é de maderia a queima é muito mais rápida, dá tempo somente de tentar resguardar o maior número de residências possíveis", afirma o capitão.

Mara Lúcia Fonseca, 32 anos, ex-professora, é uma das pessoas que conhecem bem esse relato. Não houve tempo de o Corpo de Bombeiros evitar que o fogo se se alastrasse para a casa em que ela morava com a família, na passagem São Cristóvão, onde mais 17 famílias ficaram desabrigadas após o incêndio ocorrido em 5 de julho passado, por volta das 11h45. "Salvamos o sofá e a estante. Outras coisas ainda nos roubaram. Ficamos muito tristes e abalados. Recebemos algumas doações de alimentos e roupas, ficamos durante dois dias no Tapanã com parentes e, em seguida, passamos a morar de aluguel no valor de R$ 450,00, pagos pelo meu irmão e marido que somam uma renda mensal de R$ 1,3 mil. Com o restante desse valor a gente se vira como pode para comer, ajudar na educação dos meus dois filhos ainda crianças, medicamentos para a mamãe e ainda cuidar da minha irmã que tem síndrome de down", desabafa.

Serviço: Quem quiser fazer doações para as vítimas do incêndio das passagens São Cristóvão com a Santa Helena basta contatar a Defesa Civil do Município, que funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Fica na travessa Campos Sales, 33, no Comércio. Telefone: (91) 3242-5332.

Reportagem especial publicada no jornal Amazônia, no dia 15/08/2010. Para ler a notícia na íntegra clique aqui.

Saneamento ainda é para poucos no Pará

Por: Cleide Magalhães
Editora: Márcia Azevedo

Urbanização melhoraria a produtividade e renda no estado

A implantação da rede de esgoto reflete de forma positiva na qualidade de vida do trabalhador, gerando o aumento da sua produtividade e renda, além de contribuir para a valorização dos imóveis. A pesquisa "Benefícios econômicos da expansão do saneamento básico", encomendada pelo Instituto Trata Brasil e realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), revelou, recentemente, que a renda média e a produtividade do trabalhador no Pará cresceriam 12% com a universalização da rede de esgoto.

Mas para o paraense chegar a esse patamar, somente será possível se o poder público destinar recursos para investir em esgoto e no tratamento de água e - o mais importante - fazendo com que toda a população - especialmente a mais pobre - tenha acesso ao saneamento básico, bem como garantir o tratamento adequado do lixo, asfaltamento, pavimentação de ruas, drenagem, proteção das bacias hidrográficas e mananciais de água, entre outras.

A meta de aumentar a produtividade praticamente fica mais distante, ainda, na medida em que dados recentes da Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), anunciada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostraram que 40% do Estado ainda não têm acesso à água tratada e apenas 6% dos domicílios de Belém possui rede geral de esgoto - números bastante ultrapassados, de quase 25 anos atrás. Além disso, não existe uma política de tratamento dos resíduos e praticamente todos os municípios do Pará ainda despejam resíduos sólidos em lixões, entre eles está inclusive a capital.

Para o doutor em Hidráulica e Saneamento, pela Universidade Federal de São Paulo, e professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Neison Mendonça, o fator mais importante para que as ações de saneamento aconteçam é haver planejamento, metas e iniciativas integradas entre os poderes públicos municipal, estadual e federal, além da participação da sociedade, que poderão refletir em soluções ao longo do tempo. "O problema é que não há ação conjunta do serviço, elas acontecem de forma separada e paliativa. Caso isso ocorra, o resultado da pesquisa pode ser real, pois haverá a dinamização do mercado de trabalho, como a construção civil, gerando emprego e renda, melhoraria à saúde, moradia, turismo, enfim diversos setores. Mas com a ausência de saneamento e infraestrutura todos são prejudicados".

Reportagem especial publicada no jornal Amazônia, no dia 28/09/2010. Para ler a notícia na íntegra clique aqui.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Acontece em Belém o Festival Internacional de Arte em Mídias Móveis

Acontece em Belém o Vivo arte.mov – Festival Internacional de Arte em Mídias Móveis, de 23 a 26 de setembro. Acompanhe programação: www.artemov.net

Últimos dias para visitar o 3º Salão Internacional de Humor da Amazônia

Nos últimos dias de programação, o Salão Internacional de Humor da Amazônia oferece ao público, gratuitamente, sessões de caricatura com dois grandes caricaturistas paraenses. Neste sábado, 25, João bento marcar ponto no Espaço São José Liberto, a partir das 18h. No domingo, encerramento do evento, será a vez de J. Bosco.

João Bento nasceu em Belém Pará, é formado FAPAN, no curso gestão em Marketing e trabalha atualmente com o Programa Mais Educação, incentivando os alunos das escolas públicas Celina Anglada e Humberto de Campos no Guamá, a arte e do humor gráfico.

Seus trabalhos estão espalhados pela cidade como as caricaturas do "Bar Boêmio", na Doca e o mural da Fundação Tancredo Neves, assim como no camarim das estrelas do Teatro Margarida Schiwazzappa.

Seu último livro ilustrado, foi "Um Caboclo Enrolado, um Jumento empacado, um Cachorro aloprado", lançado este ano pela escritora Bela Pinto de Sousa,

No momento, além de estar participando do Salão de Humor, com trabalhos em exposição e fazendo caricaturas do público, ele trabalha na ilustração do livro do escritor Walcyr Monteiro, sobre temas natalinos.

Já o cartunista J. Bosco, é jornalista, ilustrador, caricaturista e chargista de O Liberal, onde publica as tiras "Colarinho pão e vinho", "Capitão feijão" e "Mundo cão".

Possui vários prêmios nacionais e internacionais em salões de humor, cinco livros editados. Tem trabalhos publicados nas revistas Veja, Você SA, Semana, Imprensa, Focus e ilustrou livros didáticos das editoras Scipione, Saraiva, ÁTICA e FTD.

Sua primeira exposição individual aconteceu em 2008, com trabalhos de caricaturas de empresários paraenses. Intitulada "Cara e Coroa" reuniu um total de 60 peças. E ele repetiu a dose no ano seguinte. A 2ª edição de "Cara&Coroa" trouxe mais 86 caricaturas.

Caricaturas chamam atenção - Além das sessões ao vivo, o público que visitar o salão até esse domingo, poderá conferir o que há de melhor do humor gráfico no país, com participação ainda de cartunistas de outros 32 países.

São mais 150 trabalhos, entre caricaturas, cartuns ecológicos, de temas livres e ainda uma sessão especial com 10 caricaturas em homenagem ao jornalista Euclides “Chembra” Bandeira, irmão do cantor Walter Bandeira, também falecido no ano 2000.

O espaço dedicado à caricatura, aliás, é um ponto alto do salão. Estão em exposição caricaturas de diversos artistas e personalidades como do escritor Prêmio Nobel, José Saramago, da artista mexicana Frida Kalo, do grupo Rolling Stones, Madre Teresa de Calcutá, caricatura vencedora do salão nessa categoria, do ex-Trapalhão Zacarias e muito mais.

De acordo com o cartunista Edgar Vasques, um dos maiores desenhistas e especialistas em cartum do Brasil, as caricaturas chamam atenção por seu estilo mais artístico.

“A caricatura evoluiu enormemente no Brasil nos últimos 15 anos. Há desenhistas maravilhosos que começaram a desenvolver linhas diferentes. Há aquelas minimalistas, em que o cara faz dois risquinhos e pronto, mas tem outras que de tão detalhadas mostram até as rugas da cara do sujeito. É visualmente uma festa a parte da caricatura. Por isso, o desenho necessariamente tem que ser bom”, diz ele que foi presidente do júri do 3° Salão.

Inovação - Este ano, o Salão Internacional de Humor da Amazônia inovou ao abrir as inscrições para vídeos de 60 segundos com o tema “Ecologia”.

Uma pena que a procura foi rara, apenas quatro vídeos foram inscritos para a mostra competitiva Minuto do Planeta, que aconteceu no último sábado após a palestra sobre a utilização de quadrinhos em sala de aula, ministrada pelo cartunista José Alberto Lovetro, no Instituto de Artes do Pará.

Mesmo assim, a organização do evento resolveu fazer a exibição de todos e consumar também a premiação de R$ 1.000,00 aos vencedores. Ganhou em 1º lugar, a animação “Ação e Reação” do diretores Mário Fernandes Aires, Julio Cesar Santos de Oliveira, Pedro Rogério da Silva Batista e Carlos Alberto Ribeiro Junior, de Belém do Pará.

“Resolvemos manter a premiação, pois assim estaremos incentivando a maior participação no ano que vem”, disse Biratan Porto, criador e coordenador do evento.

Na comissão julgadora estavam o cartunista Jal, o diretor de animações, Cássio Tavernard (Festa na Pororoca e Rapto do Peixe Boi) e Márcia Macêdo (Central de Produção Cinema e Vídeo na Amazônia).

Os outros vídeos inscritos foram: “Curupira”, de Panmella Araújo, também do Pará; “De ban da da”, de Ney Ricardo da Silva, do Estado do Acre e “No future”, de Franscisco Carlos Campos Costa, do Estado do Ceará.

A realização do 3º Salão Internacional de Humor da Amazônia é da Central de Produção – Cinema e Vídeo na Amazônia, com patrocínio da Oi, através da Lei Semear, com apoio cultural Oi Futuro, Sol Informática e do Hilton Hotel, via Lei Tó Teixeira. O apoio institucional é do Espaço São José Liberto e do Instituto de Artes do Pará.

PROGRAMAÇÃO

Sexta-Feira, 24

9h - Visita dos alunos da Escola Ruy da Silveira Britto, do bairro do Marco

Sábado, 25

18h - Caricatura ao vivo com o caricaturista João Bento

Domingo, 26

18h – caricatura ao vivo com J. Bosco

22h - Encerramento do Salão

Veja quem venceu este ano

TEMA ECOLOGIA

1º Lugar – Arvore Suicida – Vilanova – Brasil (RS)

2º Lugar – Impressora – Boligán – México

Menção Honrosa – Pinguin No Cinema – Waldez – Brasil (Pa)

TEMA LIVRE

1º Lugar – Ventríloquo Suicida – Leslie – Espanha

2º Lugar – Múmia Silicone – Casso – Brasil (Pa)

Menção Honorosa - Cães Osso – Waldez – Brasil (Pa)

CARICATURA

1º Madre Tereza – Joseph -Argentina

2º– Chet Baker – Dalcio Machado – Brasil (Sp)

Menção Honrosa – The Rolling Stones – Zeco Rodrigues (Zr) – Brasil (SP)

VÍDEO – MINUTO DO PLANETA

Vídeo “Ação e Reação” - Mário Fernandes Aires, Julio Cesar Santos de Oliveira, Pedro Rogério da Silva Batista e Carlos Alberto Ribeiro Junior (Pa).

Fonte: Holofote Virtual.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Debate entre os candidatos ao Governo do Estado do Pará na UFPA

Política

Na quarta-feira, 29 de setembro, a partir das 19h, acontecerá debate entre os candidatos ao Governo do Estado no auditório do Instituto de Ciências Jurídicas (ICJ), na Universidade Federal do Pará (UFPA). Será um momento ímpar onde a comunidade poderá conhecer as propostas dos candidatos. O espaço é democrático e todas as cinco candidaturas foram convidadas a estarem presentes e apresentarem suas propostas. O evento é uma ação organizada em conjunto pelo Diretório Central dos Estudantes da UFPA, Associação dos Docentes da UFPA, Sindicato dos Trabalhadores da UFPA (Sindtifes) e diversos Centros Acadêmicos.

Mais informações:

Anderson Castro, coordenador Geral do DCE/UFPA

www.dce-ufpa.blogspot.com