terça-feira, 13 de março de 2012

Livro sobre nova arquitetura da Tecnologia da Informação é lançado em Belém

Texto: Cleide Magalhães

Será lançado em Belém o livro “Cloud Computing: Nova arquitetura da TI”, de autoria de Manoel Veras na segunda, dia 19 de março, às 19h, na livraria Saraiva Boulevard, no Boulevard Shopping, no Reduto. Além do lançamento do livro, Manoel Veras ministra dois cursos sobre as Melhores Práticas em TI, de 19 a 22 de março, no Crowne Plaza Belém.

“Cloud Computing: Nova arquitetura da TI” é divido em 10 capítulos e possui 240 páginas. É a última de uma série mais recomendada no mundo para quem trabalha com Tecnologia da Informação (TI). As outras grandes obras de Veras são um livro sobre datacenter e outro que trata de virtualização.

Sua recente obra traz como foco todo e qualquer círculo de TI. Trata da arquitetura de cloud computing e são abordados aspectos e conceitos importantes que contribuem para a formação de profissionais na área de Tecnologia da Informação, com ênfase nesta nova arquitetura. A estratégia adotada para abordar um assunto ainda tão novo foi partir do genérico, associando a arquitetura empresarial à arquitetura de cloud computing, apontando os benefícios e os riscos e orientando a tomada de decisão no uso desta nova arquitetura.

Em seguida, trata do que se considera específico, esclarecendo questões puramente técnicas relacionadas à arquitetura tecnológica, à infraestrutura e à modalidade de serviços. Diversos exemplos utilizados reforçam os conceitos. Por fim, são abordados o modelo da Microsoft, Azure, Amazon e o Amazon AWS, que são apresentados, classificados e mostrados com detalhes.

Cloud computing é um termo em inglês que conceitua a computação em nuvem e refere-se à utilização da memória e das capacidades de armazenamento e cálculo de computadores e servidores compartilhados e interligados por meio da Internet, seguindo o princípio da computação em grade.

Curso – Além do lançamento do livro, Manoel Veras ministra, de 19 a 22 de março, no hotel Crowne Plaza Belém, em Nazaré, dois cursos sobre as Melhores Práticas em TI. De 19 a 20, será Governança da TI e, nos dias 21 e 22, Gestão de Serviços de TI. As inscrições estão abertas: www.melhorespraticasemti.com.br

Currículo - Manoel Vera é professor e especialista em Datacenter. Doutor em Administração com ênfase em Tecnologia da Informação pela Universidade de São Paulo (USP). Sua graduação foi em Engenharia Elétrica, na UFRN, e o mestrado em Engenharia Eletrônica, na Unicamp. Além de possuir as principais certificações do mercado de TI, Manoel Veras também é autor de dois livros: Data Center e Virtualização.

Contatos:

Manoel Veras

manoel@manoelveras.com.br

(84) 9926 9002.

Helder Aranha

helderaranha@yahoo.com.br

(91) 8249 8687/9139 9556.

Internet aquece o mercado

Por: Cleide Magalhães

Reportagem especial – jornal Amazônia – 11/03/2012

Compras pela rede crescem no país e impulsionam a criação de negócios específicos para o comércio na web

Hoje é quase impossível imaginar o mundo sem a internet. Apesar de relativamente recente, a rede mundial está cada vez mais presente no cotidiano das pessoas, alterando a forma como elas se relacionam, fazem negócios, compras e até conseguem um novo namorado. Há aproximadamente duas décadas a internet conquistou espaço no mundo corporativo e há pelo menos 15 passou a fazer parte dos negócios também em empresas brasileiras.

De acordo com dados da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net), ent

re 15 de novembro e 24 de dezembro de 2011 foram movimentados R$ 2,2 bilhões em vendas de bens de consumo no país. O valor representa acréscimo de 40% em relação ao mesmo período de 2009. Já o faturamento chegou a R$ 1,6 bilhões. Na Europa, mais de 80% da população adulta têm acesso a internet banda larga em casa e um terço já faz compras online regularmente.

Há quase quatro anos, a internet é considerada uma importante ferramenta de informação e ajuda a desenvolver e divulgar pequenos negócios, como o de Vivian Viana Huhn, 32 anos. "Criamos um blog, facebook, twitter e outras ferramentas. Além disso, fazemos parte de um site de compras coletivas. Tudo isso serve de vitrine para acelerar a venda dos nossos produtos de confecção - roupas e sapatos -, que entregamos a empresas e pessoas físicas em todo o mundo".

Todos os meses a internet é responsável por 80% do faturamento obtido por Vivian. Em dezembro do ano passado, foram vendidas três mil peças."Contamos ainda com todos

os equipamentos de informática, instalamos programas avançados para ajudar na atividade e a cada ano trocamos o computador para acompanhar o avanço tecnológico e garantir melhor serviço aos clientes. O comércio na internet é o futuro, logo as lojas terão seus espaços físicos somente para manter a marca e a internet fará toda a diferença na empresa", afirma a empresária.

Além do auxílio nas vendas, a internet pode ajudar na redução de despesas e a garantir mais agilidade para os negócios. Segundo Helder Aranha, mestre em Administração pela Universidade Federal do Pará, o principal atrativo da net em todo o mundo é o fato de a web ser um território aberto. "Na internet, não há barreiras para o contato, limites para a comunicação. É possível falar com um grande número de pessoas, em qualquer lugar ou horário. Além disso, existe a colaboração e personalização, que permite oferecer produtos especiais, de acordo com o gosto ou necessidade de cada um. Sites como o facebook e twitter, por exemplo, ajudam a conhecer os consumidores e a despertar novos produtos para agradá-los. Uma marca conhecida, de prestígio, pode perfeitamente ir para a internet porque terá seguidores, além disso outras terão a oportunidade de conhecê-la", explica Helder.

Estratégias para alavancar os negócios pela web

- Disponibilizar informações sobre a empresa;

- Fazer um pequeno anúncio, como numa revista ou jornal;

- Automaticamente, distribuir dados, palestras, discursos, cartas da empresa e muito mais, via e-mail - instantâneo;

- Promover produtos e serviços para o mundo;

- Mostrar novidades e lançamentos;

- Atrair novos clientes;

- Prover comunicação com prováveis e já existentes clientes, via e-mail, formulário eletrônico, blogs e redes de relacionamento;

- Responder às perguntas mais frequentes;

- Permitir que aos clientes preencher os formulários eletrônicos contendo ordens de compras dos produtos;

- Receber relatórios contendo informações e estatísticas sobre a origem das visitas e em que os visitantes estão mais interessados;

- Abrir novos mercados, impossíveis de serem atingidos sem grandes despesas com propaganda.

Fonte: Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Pará (Sebrae).

Troca de conteúdo incomoda indústria, mas satisfaz usuários

Outra característica que explica o fenômeno da web é a possibilidade de trocar conteúdos - tais como músicas, filmes, softwares e livros -, antes restritos ou até inacessíveis. Nos últimos 10 anos, esta nova maneira de consumir produtos modificou também a maneira como a cultura passa a ser acessada. Locadoras de vídeo, e em seguida de DVD, praticamente deixaram de existir, as indústrias fonográfica e cinematográfica também perderam espaço diante da mudança. Sobrevive quem se adéqua as novas regras. Empresas de software hoje disponibilizam os programas pela rede e oscilam entre versões gratuitas e outras até 1/5 abaixo do valor.

Preços mais baixos, qualidade, segurança e comodidade são alguns dos atrativos para aqueles que optam pelos cliques no computador na hora de fazer uma compra. Entretanto, é importante atentar para o excesso de facilidades e redobrar o cuidado na hora de buscar serviços pela web. "Muitas pessoas caem em fraudes porque vem determinada marca conhecida na mídia em determinado site. Para quem não tem experiência, usar a web pode trazer problemas porque muitos detalhes induzem ao erro. É melhor não comprar por impulso e pesquisar antes de confiar em um site só porque tem uma determinada marca. A internet é uma grande vitrine de produtos, mundial até, por isso exige cuidado", orienta Helder.

Entretanto, para os empresários que apostam no comércio eletrônico não há somente motivos para comemorar. Uma das maiores dificuldades enfrentadas no Brasil ainda é as poucas opções na hora de contratar um serviço de banda larga. "Além da criação das estampas, meu papel na empresa é vender pela internet e faço isso em casa onde tenho duas conexões, mas quando chove cai muito, fica fora do ar. Mesmo que, teoricamente, eu tenha 5 megabytes de velocidade, na verdade, funciona 1 megabyte, no máximo. Isso atrapalha o negócio quando, por exemplo, tenho que enviar fotografias em alta resolução do produto para o cliente", reclama a pequena empresária.

Dados recentes da pesquisa realizada pela Fundação Dom Cabral - que é um centro de desenvolvimento de executivos, empresários e gestores públicos - sobre Carências de Infraestrutura no Brasil mostra que a largura de banda larga no Brasil é citada por 54% dos entrevistados como assunto a ser resolvido com urgência e com 3,46 pontos é o fator mais citado em um ranking elaborado pelo estudo.

Governo quer tornar acessível o serviço de banda larga até 2014

No Brasil, ainda não existe uma regulamentação que indique qual é a velocidade mínima para uma conexão ser considerada de banda larga, mas essa questão será tratada no Plano Nacional de Banda Larga, sob a responsabilidade da Telecomunicações Brasileiras S.A. (Telebras), que dará o acesso à internet a pequenos provedores locais. O plano é uma iniciativa do governo brasileiro que objetiva massificar a oferta da internet mais rápida até 2014. A União Internacional de Telecomunicações define como banda larga a capacidade de transmissão superior a 1.5 ou 2 megabytes por segundo.

Segundo Téo Pires, presidente da Empresa de Processamento de Dados do Estado do Pará (Prodepa), que promove ações de tecnologia da informação e comunicação com foco principal para o governo do Estado, o Pará está inserido no Plano Nacional de Banda Larga e o serviço deverá chegar, já em 2012, ao Estado com valores mais acessíveis. A Prodepa conta com R$ 7 milhões para investir em tecnologia este ano e tem hoje um ponto fundamental para nortear seus trabalhos: o acesso público à internet, feito por meio do programa Navega Pará. O programa já conta com 184 infocentros e 127 pontos de acesso livre e pontual em espaços públicos. Atende 55 municípios e a meta é ampliar para 104 até 2015. Hoje, o Estado tem contrato com um provedor que permite até 770 megabytes de acesso à internet. Cada espaço público tem 300 kilobytes dedicados ao acesso.

Impasse na saúde vai parar em Brasília

Por: Cleide Magalhães

Texto publicado como manchete do jornal O Liberal – 13/03/2012

Continua o impasse entre o Governo do Estado e Prefeitura de Belém sobre as dívidas na área da saúde. Para resolver o problema será necessária intervenção do Governo Federal. O procurador regional dos Direitos do Cidadão, do Ministério Público Federal (MPF), Alan Rogério Mansur Silva, decidiu ontem que vai encaminhar o caso ao Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (Denasus) - órgão integrante da estrutura da Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde e componente federal do Sistema Nacional de Auditoria.

A determinação aconteceu porque em mais uma reunião com os secretários de saúde do Estado, Helio Franco, e da capital, Sylvia Santos, o MPF tentou com que chegassem a um acordo, mas não houve consenso no encontro de contas em relação aos recursos para a manutenção de serviços em média e alta complexidade, entre janeiro de 2010 e dezembro de 2011. A reunião aconteceu na manhã de ontem na sede do MPF, no Umarizal, na qual esteve presente também a promotora de Justiça Suely Aguiar Cruz, integrante da Promotoria de Direitos Constitucionais e Patrimônio Público da capital. Representou a Advocacia-Geral da União (AGU) o procurador-chefe da União no Estado do Pará, Leonardo Sirotheau.

"É com pesar que o MPF recebe a notícia de que não houve um entendimento entre as secretarias, porque um acordo administrativo é uma solução que evitaria a abertura de novos processos judiciais. O MPF vai tomar todas as providências para cobrar a regularização dos débitos entre as secretarias e qualquer que seja o andamento das negociações sobre as dívidas entre Estado e município, o MPF não vai permitir que esse tema motive a suspensão do atendimento à saúde dos cidadãos. Vamos pedir ao Denasus uma resposta mais rápida possível, mas sabemos que, mesmo se feita com urgência pelo Ministério da Saúde, é uma análise que pode demorar meses para ser concluída", avalia o procurador dos Direitos do Cidadão do MPF.

Números

Segundo a promotora de Justiça Suely Aguiar Cruz, um grupo técnico com profissionais de ambas as secretarias foi formado e, nos últimos 30 dias, discutiram sobre as dívidas. Ao final, apuraram que a Sesma deve R$ 35.201.689,46 para a Sespa e esta deve R$ 43.446.113,00 para a Sesma na área da saúde em serviços que envolvem a média e alta complexidade, no entanto, não chegaram a um acordo. "Embora o estudo tenha sido feito por uma comissão interinstitucional, formada por técnicos das duas secretarias, a Sespa não reconhece R$ 27,7 milhões dos R$ 43,4 milhões apresentados. Por outro lado, a Sesma diz que pagou o valor para a Sespa, mas esta prestou somente 54% dos serviços pagos e quer o restante de volta. Apoiamos a iniciativa no MPF e vamos acompanhar a situação para que a população não seja prejudicada", afirma a promotora de Justiça.

Em nota, a assessoria de imprensa da Sesma informou que "a Sespa possui um débito com o município no valor de R$ 8,2 milhões, e que não obteve resposta positiva sobre o pagamento deste débito". Falou também que levará o caso até o Ministério da Saúde para que haja uma solução. "Enquanto isso, a Sesma paga o valor de R$ 3,8 milhões, tirando de seu tesouro municipal, serviços de cardiologista e anestesista para pacientes dos 143 municípios do Pará que chegam em Belém para atendimento".
Sespa

Na outra ponta, a assessoria de imprensa da Sespa afirma que não reconhece R$27,7 milhões dos R$ 43,4 milhões apresentados porque estaria incluído no montante o saldo do Protocolo de Compromisso entre Entes Públicos (PECP), "pelo qual recursos de média e alta complexidade do Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (HC), Hospital Regional Abelardo Santos (HRAS), Laboratório Central do Estado (Lacen) e Unidades Especializadas (Ures) passaram a vir diretamente do Fundo Nacional de Saúde (FNS) para o Fundo Estadual da Saúde (FES) - totalizando R$ 11.500.657,37".

Estariam também incluídos aí, diz a assessoria, o saldo do PECP do Hospital Ophir Loyola (HOL) no valor de R$ 1.380.845,90; o saldo de extrapolamento de Programação Pactuada Integrada (PPI) de 2010 no valor R$ 11. 393.490,33; e os pagamentos feitos à Cooperativa dos Anestesiologistas de R$ 2.806.395,80 e à Cooperativa de Cardiologistas, R$ 632.585,78.

No que se refere ao PECP, a Sespa alega que as instituições estaduais estariam alcançando apenas 54% do teto, gerando uma sobra de recursos que fica no âmbito do Estado, enquanto o município de Belém fica sem recursos de média e alta complexidade para contratar serviços de outras instituições para sua população. "Sendo esse ponto o mais polêmico porque há interpretações diferentes do PECP no que diz respeito à apuração de valores pactuados, entendendo o Estado que deve ser considerado o valor da produção apresentada, enquanto o Município de Belém entende que deve ser considerado o valor da produção aprovada".

Segundo ainda esclarecimento da assessoria, o secretário Helio Franco, e a coordenadora de Planejamento da Sespa, Maridalva Pantoja, "entendem que a Sesma continua incluindo no cálculo pagamentos que não são de responsabilidade da Sespa, como é o caso do valor complementar à tabela do SUS que é pago às cooperativas médicas".

Por outro lado, os representantes da Sesma teriam alegado que o município de Belém está pagando a diferença de tabela para pacientes de outros municípios. Helio Franco, então propôs que essa questão seja levada à Comissão Intergestores Bipartite (CIB), cuja reunião está agendada para amanhã, 14, no auditório do HC.

Por fim, a Sespa afirma que "a Secretaria Municipal não contesta nenhum dos valores da dívida apresentada pela Sespa referentes a repasses antigos não realizados para o HC, HOL, HRAS, Lacen, Ures, Centros de Atenção Psicossocial, Unidade da Pedreira e Fundação Hemopa. Mas cobra R$ 14 milhões referentes ao cofinaciamento dos Prontos Socorros Municipais acertado com o governo do Estado".

Matérias polêmicas estão em discussão na CMB

Publicada em O Liberal e Amazônia

Por: Cleide Magalhães

Mais de 100 instituições públicas e privadas e organizações não-governamentais devem receber ofícios encaminhados pela Comissão de Obras e Urbanismo da Câmara Municipal de Belém convidando para que façam parte de um grupo técnico que está sendo formado para melhorar dois projetos polêmicos elaborados pelo Poder Executivo que ainda não constam no Plano Diretor Urbano (PDU): a Outorga Onerosa do Direito de Construir, também conhecida como "solo criado", e os Impactos de Vizinhança da cidade. A primeira conversa do grupo acontece na segunda, 19 de março, na CMB, no Marco, às 15h. Depois de a equipe fundamentar os projetos, vão ocorrer audiências públicas territoriais e somente depois serão votados na CMB, n

os próximos 90 dias.

Ambos os projetos estão na Casa há quase um ano. O primeiro refere-se à concessão emitida pelo Município para que o proprietário de um imóvel edifique acima do limite estabelecido pelo coeficiente de aproveitamento básico, mediante contrapartida financeira a ser prestada pelo beneficiário. O outro está relacionado à pertinência e delimitação de sua abrangência em face de outros estudos ambientais. Todos são instrumentos qu

e precisam ser regulamentados para fazerem parte do PDU, aprovado há quase quatro anos.

A definição em criar o grupo técnico aconteceu depois da realização de dois debates ocorridos na CMB nesta semana em que estiveram presentes dezenas de pessoas entre parlamentares, representantes da sociedade civil organizada e instituições públicas e privadas em Belém.

Durante as discussões, o promotor de justiça Raimundo Moraes, do Ministério Público do

Pará, sugeriu que o projeto seja aprimorado por meio de revisão técnica, feita por um grupo técnico de outras organizações e membros da Câmara. "Com um pouco mais de esforço os estudos ficam melhor no que diz respeito a diversos pontos como a revisão dos procedimentos, como ele será analisado, quais órgãos que vão atuar e analisar, as sanções aplicadas, fiscalização dos processos, compensações, indenizações, entre outros. Todos esses pontos podem ser melhorados em algumas rodadas técnicas e depois serem realizados debates com a sociedade para garantir qualidade política à decisão. Entendemos que o tempo em que está parado não pode ser computado como tempo de tramitação. Eles têm que ser aprovados quando estiverem bons, para não criar mais problemas e despesas. Com isso, os projetos podem ser aprovados com qualidade", orienta o promotor.

Segundo o pastor Raul Batista (PRB), presidente da Comissão de Obras e Urbanismo da CMB, que chamou a discussão na Câmara, explica que as reuniões do grupo técnico formado e a realização das audiências públicas para discutir as questões devem levar pelo menos três meses. Em seguida, a Comissão de Obras e Urbanismo da CMB dará parecer final para a votação na CMB dos projetos de Outorga Onerosa do Direito de Construir e Impacto de Vizinhança na Casa. "Temos que tratar o assunto de forma técnica para que ele saia do papel, porque se ficarmos somente no debate político vai atrasar ainda mais e isso prejudica o desenvolvimento da nossa cidade. O Ministério Público do Estado e a Procuradoria Federal também vão acompanhar as atividades e a Comissão de Obras e Urbanismo da CMB atua como facilitadora das discussões", afirma pastor Raul Batista.

Arborização - Mais um instrumento previsto no PDU foi aprovado ontem na CMB. Trata-se do Plano Municipal de Arborização, que faz parte do Sistema de Áreas Verdes da Cidade. O plano apresenta diretrizes não somente para a manutenção da arborização existente, mas critérios de expansão e manejo a respeito na área urbana de Belém, atendendo ainda Icoaraci, Outeiro e Mosqueiro. O documento foi elaborado ao longo de dois anos por 11 membros de instituições não governamentais, públicas e privadas.

PDU - O PDU serve de instrumento básico da política de desenvolvimento do município. Sua principal finalidade é orientar a atuação do poder público e da iniciativa privada na construção dos espaços urbano e rural na oferta dos serviços públicos essenciais, visando assegurar melhores condições de vida para a população.