quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Amazônia Jazz Band faz concerto de Natal

A Amazônia Jazz Band realizará no dia 20 de dezembro, segunda-feira, às 20 h, no Theatro da Paz, o Concerto Natalino do ano de 2010, que tradicionalmente recolhe alimentos não perecíveis para a Fundação Pestalozzi.

Composta por 25 integrantes, o grupo conta com o apoio do Governo do Estado do Pará, através da Secretaria Executiva de Cultura (Secult) e da Associação dos Amigos do Theatro da Paz.

No concerto haverá a participação de músicos da Orquestra Sinfônica do Teatro da Paz, músicos da Fundação Vale Música, dos pianistas Tynnoko Costa e Humberto Azulay, das cantoras Cacau Novaes, Larissa Wright e Dayse Addario, juntamente com Ziza Padilha na guitarra, que também assina o arranjo do clássico natalino "Sleigh Ride", feito especialmente para a Amazônia Jazz Band.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Doença afasta diretor do Hospital Bettina Ferro

Murilo Morhy pediu demissão do cargo, na última semana, alegando motivos de saúde. O médico ficou à frente da Unidade por um ano e meio.

Após um ano e meio de gestão, por motivos de saúde, o diretor do Hospital Universitário Bettina Ferro, da UFPA, o professor e doutor Murilo Morhy, se despediu de 40 anos de vida pública. Ele comunicou, oficialmente, através de carta, ao reitor da UFPA, o professor Carlos Maneschy, seu pedido de exoneração em caráter irrevogável, na última quinta, dia 02. No dia seguinte, 03, ele solicitou a presença dos trabalhadores e alunos do Bettina, no auditório da instituição, para agradecer a colaboração e informar sobre sua decisão. O hospital está sob a direção do diretor adjunto, o bioquímico Renato Ferreira, até que o nome do novo gestor seja anunciado pelo reitor da UFPA.

Durante a despedida, emocionado, Morhy, que é médico cardiologista e – talvez por ironia do destino - sofre problemas cardiovasculares, disse que o tempo em que esteve à frente da gestão do hospital foi importante na sua vida. “Esse tempo acrescentou muito para mim, pois reforcei laços com pessoas que já conhecia e criei novas amizades. Fazendo autocrítica, vejo que o hospital andou bem e a administração cresceu. Lamento e peço desculpa se incomodei alguém, mas agi somente pelo interesse da instituição. Desejo que continuem a missão do Bettina Ferro e mantenham seus comprometimentos com o SUS e com a população carente, porque o hospital são vocês”, disse.

Em seguida, alunos e funcionários, muitos deles também emocionados, falaram suas experiências vividas junto ao diretor, agradeceram e desejaram sucesso e melhoria na sua saúde junto à família. “Depois que se inventou a saudade a distância deixou de existir. Contem sempre comigo”, finalizou o médico Morhy.

Gestão - Preocupado em aprimorar a qualidade do atendimento à população do Sistema Único de Saúde (SUS), suas primeiras ações foram a humanização, refrigeração do hospital e agilização no atendimento. Além disso, realizou melhorias nos serviços de otorrinolaringologia, oftalmologia e o crescimento e desenvolvimento infantil, que servem de referência na região. A otimização nos meios diagnósticos e pronto atendimento, e a criação da clínica de toxina botulínica a pessoas que apresentam contraturas musculares crônicas foram serviços tratados com prioridade. Colocou ainda em prática várias iniciativas previstas no regimento do hospital, como patrimônio, infraestrutura, comissão de licitação, convênios e contratos. Todos estarão disponíveis em breve no novo site do Bettina (www.ufpa.br/bettina), para reforçar a transparência da sua gestão.

Texto e foto: Assessoria de Comunicação do HUBFS.

Tomada dos morros desperta sonho de paz

Texto: Cleide Magalhães

Edição: Ana Danin



Realidade carioca é diferente, mas medo é semelhante no Pará


A retomada do Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, em ação conjunta das polícias e das Forças Armadas, iniciada no último dia 28, ainda é tema frequente das conversas entre muitos brasileiros, que anseiam em viver bem e querem maior efetividade do Estado no combate às drogas e ao crime organizado. O domínio do tráfico que havia nos morros cariocas - e ainda se mantém em algumas favelas - impõe um medo que não está tão distante do sentido por muitos beleneneses, em especial os que moram na periferia da cidade, porque a capital paraense também está inserida nas redes criminosas e, nos últimos anos, o tráfico de drogas tem aumentado, o que justifica boa parte dos casos de homicídios que acontecem por meio de acertos de contas em bairros como a Cabanagem, Terra Firme, Guamá, entre outros. 'Essa inserção não é um fenômeno fechado e os homicídios podem ser justificados na medida em que há uma estratégia de controle desses bairros pelo tráfico de drogas, não é um controle efetivo dos bairros, mas existe o controle do comércio da droga em si, o que justificam os homicídios', afirma o mestre em planejamento do desenvolvimento Aiala Colares, que elaborou tese de dissertação intitulada 'Narcotráfico na Metrópole: das redes ilegais à ‘territorialização perversa’ na periferia de Belém', apresentada este ano no Programa de Pósgraduação em Planejamento do Desenvolvimento, do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos, da Universidade Federal do Pará (UFPA).

No estudo, Aiala apresenta a expansão do crime organizado em escala global, sobretudo, atrelado ao narcotráfico, que vem contribuindo nos últimos anos para que a Amazônia seja inserida na lógica de organização das redes ilegais. Assim, a sua localização geográfica juntos aos principais produtores de cocaína (Colômbia, Peru e Bolívia, maiores produtores do planeta) e, ao mesmo tempo, a sua proximidade em relação aos mercados da Europa e EUA despertam o interesse da economia do tráfico de drogas. Por outro lado, a droga que atravessa a Amazônia, segundo ele, também abastece os mercados locais de suas metrópoles, a exemplo de Belém, onde o narcotráfico vem se especializando e se territorializando em áreas periféricas da cidade, envolvendo a metrópole na dinâmica econômica da geográfica do crime organizado.

Tucunduba - O pesquisador avaliou ainda que os bairros periféricos do Guamá e da Terra Firme, abarcados pela bacia do Tucunduba, estão envolvidos por uma espécie de 'territórios-rede' em que o tráfico local está associado às redes do tráfico global, e ao mesmo tempo, em escala local. 'A criminalidade vem se expandindo na forma de uma territorialização perversa, pois o tráfico de drogas impõe os seus limites pelo uso força e pela lógica do medo como estratégias de dominação', explica.

Ligados - O pesquisador explica que a Amazônia representa uma área de trânsito da droga em direção aos principais mercados do mundo e do País. 'Então, o tráfico de drogas do Rio de Janeiro tem relação com o tráfico de Belém e de outras capitais, porque os traficantes atuam em redes criminosas, um crime organizado em rede, que precisa de uma base territorial, que será nas favelas e morros do Rio de Janeiro e na periferia de Belém. Aí sim terá uma questão que envolve o território fechado do tráfico e o extra tráfico, que seria essa articulação mais ampla do tráfico. A ideia é mostrar que o tráfico não nasce na periferia, mas tem relação com os produtores e o papel que a Amazônia desempenha no comercio nacional de drogas e seus rios, que têm grande importância porque envolve as cidades do Marajó, Baixo Amazonas, Abaetetuba, Belém, envolvendo ainda o contrabando e a biopirataria', afirma.

Reportagem especial publicada no jornal Amazônia, dia 05/12/10. Para ler na íntegra, clique aqui.

lançamento livro "celina..." de Marcílio Costa- Prêmio da Academia Paraense de Letras

No dia 11 de dezembro, às 18h, no Instituto de Artes do Pará (IAP), a poesia será o centro de um acontecimento voltado à sua celebração. O lançamento do livro “celina...”, do poeta e artista plástico Marcílio Costa.

“celina...” recebeu o prêmio da Academia Paraense de Letras (categoria: poesia). O livro chamou a atenção de grandes nomes da literatura brasileira, dentre eles: Paulo Henriques Britto(poeta e tradutor de Elisabeth Bishop e vencedor do Prêmio Portugal Telecom), Antônio Moura (poeta e tradutor de Joseph Beravielo), João de Jesus Paes Loureiro (poeta que recebeu o Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte – APCA) e Vicente Franz Cecim ( escritor e vencedor do Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte – APCA) e Amarlís Tupiassu (crítica literária, professora da UFPA e UNAMA).

Marcílio Costa é um dos mais expressivos nomes da atual poesia feita em nossa região. Seus poemas já foram publicados em várias antologias e revistas de poesia por todo o Brasil. Em 2009 o poeta foi comtemplado com a Bolsa FUNARTE de Criação literária, o mais importante e concorrido prêmio para a criação no território nacional, pelo projeto da obra poética “Todas as Ruas”. Recentemente ganhou o Prêmio Dalcídio Jurandir de Literatura – 2010(categoria: poesia) pelo livro “depois da sede” e Menção Honrosa na última edição do Prêmio Escriba de Poesia (Piracicaba - SP).

Como artista visual, Marcílio deixa sua marca como poeta nos trabalhos que realiza ou participa. É o caso do curta de animação “Muragens: crônicas de um muro” de 2008, em que Marcílio co-dirigiu e escreveu o roteiro final. Dirigido por Andrei Miralha, o filme foi o primeiro curta de animação paraense selecionado para a mostra competitiva do ANIMA MUNDI e já correu o mundo sendo, também, selecionado para festivais como o ANIMAZIVO no México e o MONSTRA em Portugal.

Atualmente vem desenvolvendo projetos de intervenções públicas com o artista plástico Ednaldo Britto e estão preparando para o próximo ano a exposição de gravura-instalação entitulada “TRAMPO”.

Andreev Veiga.