sábado, 31 de outubro de 2009

Pasquale Cipro Neto fala sobre Belém

Cultura
Por: Pasquale Cipro Neto

Estive em Belém, capital do Pará para proferir duas conferências. Tudo ótimo, do pessoal que organizou o evento às inúmeras pessoas que compareceram e assistiram às palestras. É claro que nessas ocasiões presto muita atenção no que ouço.

Nada de procurar erros, pelo amor de Deus! O que me fascina é descobrir as particularidades da linguagem de cada comunidade, de cada grupo social. E a linguagem dos paraenses - mais especificamente a dos belenenses - é particularmente interessante.

"Queres água?", perguntava educadamente uma das pessoas que participaram da equipe de apoio. O pronome "tu", da segunda pessoa do singular, é comum na fala dos habitantes de Belém. Com um detalhe: o verbo conjugado de acordo com o que prega a gramática normativa, ou, se você preferir, exatamente como se verifica na linguagem oral em Portugal.

Em Lisboa e em Belém, é muito comum ouvir "Foste lá?", Fizeste o que pedi?", "Trouxeste o livro?", "Queres água?", "Sabes onde fica a rua?". Inevitável lembrar uma canção de uma dupla da terra, Paulo André e Rui Barata ("Beira de mar, como um resto de sol no mar, como a brisa na preamar, tu te foste de mim"). "Tu te foste", diz a letra, certamente escrita assim pelo letrista Rui Barata, exatamente como dizem as pessoas em Belém. A cantora Fafá de Belém, equivocadamente, gravou "fostes". Uma pena! "Fostes" serve para vós: "vós fostes".

O que se ouve em Belém - "foste", "fizeste", "queres" - não é comum em qualquer região do país. Em boa parte do Brasil, é freqüente o emprego do pronome "tu" com o verbo conjugado na terceira pessoa: "Tu fez?", "Tu sempre faz isso?", "Por que tu não estuda?", "Tu comprou o remédio?". Para a gramática normativa, isso está errado. Se o pronome é "tu", o verbo deve ser conjugado na segunda pessoa do singular: "fizeste, fazes, estudas, compraste", nas frases anteriores.Na linguagem oral, a mistura de pessoas gramaticais ("Você fez o que te pedi?" ou "Tu falou", por exemplo) é tão comum no Brasil que é impossível não ficar surpreso quando se vai a Belém e se ouve a segunda pessoa do singular como se emprega em Portugal. Aliás, Belém tem forte e visível influência portuguesa, a começar pela bela arquitetura. Ainda segundo a gramática - e segundo o uso lusitano, vivíssimo -, quando se usa "tu", não se usa "lhe". E aí a roda pega, até em Belém, onde, apesar dos verbos e do sujeito na segunda pessoa, às vezes se ouve o pronome "lhe": "Foste lá? Eu lhe disse que devias ir". Qual é o problema? O pronome "lhe" se usa para "você", "senhor", "senhora", "Excelência", ou qualquer outro pronome de terceira pessoa. Na língua formal, "tu" e "lhe" não combinam. Na frase anterior, o "lhe" deveria ser substituído por "te": "Foste lá? Eu te disse que devias ir". E mais: como já expliquei em colunas anteriores, para a gramática normativa, o pronome "lhe" não deve ser empregado com verbos que não pedem a preposição "a".

Com o verbo "dizer", que pede a preposição "a" (dizer a alguém), tudo bem: "Você foi lá? O que ele lhe disse?". Mas com "admirar", "procurar", "abraçar", que não pedem a preposição "a" (admirar alguém, procurar alguém, abraçar alguém), nem pensar em "lhe" na língua culta: "Todos admiram você/Todos o admiram"; "Todos procuram você/Todos o procuram"; "Ela abraçou você/Ela o abraçou".

Não custa repetir que todas essas observações têm como base a gramática normativa, que, na linguagem oral, ou seja, na fala, como se vê, não é aplicada integralmente em nenhum canto do Brasil. O que fazer? Nada de histeria. Nem tanto ao mar, nem tanto a terra. Nada de imaginar que se deva exigir de todo brasileiro, na fala, o cumprimento irrestrito das normas lusitanas de uniformidade de tratamento. E nada de achar que não se deve ensinar isso nas escolas, que não se deve tocar no assunto. Afinal, a uniformidade de tratamento está nos clássicos brasileiros e portugueses, está na língua viva, oral de Portugal e de outros países de língua portuguesa.

Está até na poesia brasileira deste século. E também na música popular da Bossa Nova ("Apelo", de Baden e Vinicius, por exemplo: "Meu amor, não vás embora, vê a vida como chora, vê que triste esta canção; eu te peço: não te ausentes, pois a dor que agora sentes...") a Chico Buarque ("Acho que estás te fazendo de tonta, te dei meus olhos pra tomares conta, me conta agora como hei de partir" versos de "Eu Te Amo", música de Tom Jobim e letra de Chico Buarque).

Não custa repetir: na língua culta, formal, é desejável a uniformidade de tratamento. Quando se usa tu, usam-se os pronomes te, ti, contigo, teu.

Quando se usa você, senhor, Excelência, usam-se os pronomes o, a, lhe, seu.
E também não custa pesquisar um pouco, ler os clássicos e os modernos.

Ou fazer uma bela viagem a Belém e lá tomar o tacacá. E ouvir algo como "Fizeste o trabalho?".

Um beijo, Belém.
Um forte abraço .

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Projeto de Lei obriga agentes públicos eleitos matricularem filhos em escolas públicas

Educação

O Projeto de Lei nº 480, de 2007, que obriga os agentes públicos (vereador, prefeito, deputado, etc.) eleitos matricularem seus filhos e demais dependentes em escolas públicas até 2014, é mais uma iniciativa do senador Cristovam Buarque (PDT/DF).

Segundo o projeto, as conseqüências seriam as melhores possíveis quando os políticos se virem obrigados a colocar seus filhos na escola pública, pois ajudará a melhorar a qualidade do ensino no país.

O projeto está na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, desde 02 de setembro deste ano, e aguarda instalação da Comissão, a partir de 17 de abril de 2009. Caso haja pressão da opinião pública, ficará mais fácil de ser aprovado.

Então, vamos dar nosso apoio e ajudar a mudar esse país.

Para assinar a petição entre no link www.peticaopublica.com/PeticaoAssinar.aspx?pi=P2009N5

Mais detalhes sobre o projeto: www.senado.gov.br/sf/atividade/Materia/detalhes.asp?p_cod_mate=82166

Texto: Cleide Magalhães.

“Concertos para Belém” apresenta recital do Clássico Trio

Arte e Cultura

Acontecerá em Belém o recital do Clássico Trio, no próximo dia 10, às 20h, na Sala Augusto Meira Filho. O concerto, que faz parte da série "Consertos para Belém II”, trará o grupo camerístico formado pelos músicos José Medeiros (no instrumento musical oboé), Heleno Feitosa (fagote) e Ana Maria Adade (piano). No programa constarão peças de Beethoven (1770 – 1827) , Webber (1786-1826), Detilleux (1916) e Piazzola (1921-1992). A entrada é gratuita e os ingressos são limitados à capacidade do espaço. A Sala Augusto Meira Filho fica no edifício Arte Doce Hall, na avenida Magalhães Barata, 1022.

“Concertos para Belém” - A primeira temporada do projeto “Concertos para Belém” foi realizada no período de julho de 2007 a agosto de 2008. Na primeira edição, o projeto atingiu um público de aproximadamente 17 mil pessoas, alcançando assim seu objetivo que é o de apresentar, gratuitamente, à população uma série de concertos com o melhor da música clássica de artistas internacionais, nacionais e locais, contribuindo para a formação de platéia desse estilo musical. A segunda temporada do “Concertos para Belém” tem programação confirmada até maio de 2010. O projeto tem patrocínio da Vale, apoio do Ministério da Cultura, por meio da Lei Rouanet, e realização da Musikart Produções Culturais.

Serviço - "Concertos para Belém II" apresentará o Clássico Trio, no próximo dia 10, às 20 horas, na Sala Augusto Meira Filho, no edifício Arte Doce Hall, na Magalhães Barata, 1022, ao lado do Hospital Ofir Loyola. Mais informações: (91) 3249-7653.

Texto: Cleide Magalhães.

Lula sanciona projeto de Cristovam que universaliza ensino médio gratuito

Cidadania

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou na noite de terça-feira (27) o projeto de lei que garante a qualquer pessoa o acesso ao ensino médio público e gratuito. Essa é a quinta proposta de autoria do senador Cristovam Buarque (PDT-DF) a ser transformada em lei - todas as cinco matérias visam aperfeiçoar a educação no país.

Ao defender a nova lei (Lei 12.061, de 27 de outubro de 2009), Cristovam argumenta que, "sem o ensino médio, que é o antigo segundo grau, os jovens não podem entrar na universidade nem se tornar cientistas; sem o ensino médio, portanto, o Brasil não tem futuro". - Obrigar os governos a garantir vagas a todos os que quiserem cursar o segundo grau é uma questão de decência e eficiência nacional - declarou ele em entrevista à Agência Senado, acrescentando que, atualmente, apenas um terço dos jovens brasileiros conclui essa etapa dos estudos.

O texto sancionado altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996, também conhecida como LDB). Até então, a LDB obrigava o poder público a garantir somente o acesso ao ensino fundamental - que é responsabilidade dos municípios. Agora, qualquer pessoa pode exigir vaga no ensino médio, que é responsabilidade dos estados. No Senado, a proposta de Cristovam tramitou como PLS 6/06. Posteriormente, na Câmara dos Deputados, esse mesmo texto foi examinado sob a forma do PL 7.409/06.

Os beneficiados - Cristovam avalia que, "lamentavelmente, aqueles que terminaram o ensino fundamental há mais tempo dificilmente tentarão se matricular no ensino médio, inclusive porque nem pretendem mais estudar, como é o caso dos que já estão trabalhando". - Para eles, infelizmente, a mudança na lei não trará muitos benefícios - disse ele. Por isso, o senador acredita que os principais beneficiados serão os jovens que cursam o último ano do ensino fundamental e estão prestes a entrar no ensino médio - mas que normalmente não o fariam devido à falta de vagas em escolas públicas ou devido à falta de recursos para pagar uma escola privada. A nova lei, portanto, seria uma forma de combater a evasão escolar. - Uma parte da evasão é causada pela pobreza, que induz o jovem a trabalhar. Outra parte é provocada pela péssima qualidade das escolas, que, por essa razão, não seguram os alunos. E há ainda a evasão provocada pela falta de vagas; é esta que pretendemos atacar agora - explicou.

Recursos - Ao ser questionado sobre a viabilidade financeira de sua proposta, Cristovam respondeu com uma crítica: ele disse que, "quando se trata da Copa do Mundo, das Olimpíadas no Brasil ou dos investimentos no pré-sal, ninguém pergunta de onde virão os recursos". Em seguida, o senador lembrou que o ensino médio público é responsabilidade dos estados, mas ressaltou que, para universalizá-lo, o governo federal também terá de investir no setor. - A União tem de participar, inclusive porque há desigualdade de condições entre os estados - argumentou ele. Por outro lado, Cristovam ressaltou que os primeiros aportes "não precisam ser altos, pois a demanda inicial por matrículas não será tão grande, restringindo-se basicamente àqueles que estão concluindo o ensino fundamental". - É um investimento que poderá ser ampliado aos poucos - avaliou.

Leis Buarque - Com a sanção desse projeto, já somam cinco as propostas de Cristovam transformadas em lei - duas neste ano e três no ano passado, todas relacionadas à educação. - Aos poucos, apesar da lentidão do Congresso Nacional, estou conseguindo aprovar os projetos que apresentei quando era ministro da Educação. Propostas que foram engavetadas por José Dirceu e ignoradas por Tarso Genro, que me substituiu no ministério - declarou o senador. Cristovam Buarque chama esse conjunto de normas de "Leis Buarque": - Lei 11.700, de 13 de junho de 2008: assegura vaga na escola pública mais próxima da casa da criança a partir do dia em que ela completar quatro anos de idade. - Lei 11.738, de 16 de julho de 2008: institui o piso salarial nacional de R$ 950 para os professores da educação básica em escolas públicas. - Lei 11.899, de 8 de janeiro de 2009: institui o Dia Nacional da Leitura, a ser comemorado em 12 de outubro, e a Semana Nacional da Leitura e da Literatura, a ser celebrada na semana em que recair o Dia Nacional da Leitura. - Lei 12.013, de 6 de agosto de 2009: obriga as escolas a informarem aos pais, mesmo quando um deles não more com o filho, sobre o desempenho escolar do aluno.

Cristovam observou que, somadas, as exigências da Lei 11.700/08, da obrigatoriedade de oferta do ensino fundamental e, agora, da universalização do ensino médio, "se completam, pois tentam cobrir o período que vai dos 4 aos 18 anos". Além da obrigatoriedade da oferta de vagas, o senador defende ainda outra medida: no futuro, todos deveriam ser obrigados a estudar até os 18 anos (aproximando, assim, "oferta" e "demanda"). Mas ele reconheceu que "isso exige que as escolas sejam boas, pois do contrário estaremos 'condenando' os alunos a estudar, em vez de lhes oferecer um benefício". Nesse sentido, ele afirmou que a Lei 11.738/08, ao garantir o piso salarial de R$ 950, "contribui para que as escolas tenham professores melhores".

Fonte: Agência Senado, 29/10/09

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Pedrinho Cavalléro faz show com artista carioca em Belém

Arte e Cultura

O cantor e compositor paraense Pedrinho Cavalléro completa 30 anos de carreira em 2009. Para comemorar, ele cria shows solo, com parceiros locais e de fora do estado. O primeiro deles será no próximo dia 04, às 20h, no projeto ¼ de Música, no Teatro Margarida Schivasappa, no Centur, em Nazaré. Nele, Cavalléro dividirá o palco com Clarisse Grova, do Rio de Janeiro, amiga do artista e uma das cantoras mais requisitadas das noites cariocas.
Pedrinho conta um pouco da trajetória de Clarisse. “Ela trabalhou muito tempo no Chico's Bar com Luizinho Eça e foi convidada por Aldir Blanc e Cristovão Bastos para ser intérprete de um CD com obra dos dois e, por fim, foi a voz da Maysa, mini série da TV Globo, quando se ouvia canções com violão e voz”, lembra.

Texto: Cleide Magalhães, com informações de Pedrinho Cavalléro.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Inclusão social em debate no Fonoped 2009

Cidadania

A médica pediatra Fátima Dourado, da Casa Esperança, organização não-governamental fundada em 1993, em Fortaleza, por um grupo de mães de crianças com autismo, falará sobre a experiência do trabalho de inclusão social de portadores de necessidades especiais durante o Fonoped, que será realizado de 5 a 7 de novembro, na Computer Hall.

O Fonoped compreenderá o I Congresso Paraense Multidisciplinar de Crescimento e Desenvolvimento Infantil, I Congresso Internacional de Audição e Linguagem, o IV Fórum Amazônico Multidisciplinar sobre Audição e Deficiência Auditiva e o I Fórum sobre Desenvolvimento Infantil para Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Cuidadores de Creches. As inscrições podem ser feitas no site http://www.fonoped.com.br/. Mais informações na Sociedade Paraense de Pediatria e na Associação dos Fonoaudiólogos Pará.

Texto: Kid dos Reis, jornalista e assessor de imprensa.

UFPA abre inscrições para mestrado em Artes

Arte

A Universidade Federal do Pará (UFPA) abre inscrições para mestrado em Artes. As inscrições acontecerão de 15 de novembro a 15 de dezembro deste ano, no Instituto de Ciências da Arte, na Praça da República, em Belém. As linhas de pesquisa são: Processos de Criação, Transmissão e Recepção em Artes e Arte Contemporânea. Mais informações: http://www.ica.ufpa.br/

Diploma para jornalista volta à pauta na CCJ

Mídia e Política

Entre as mais de 200 propostas no Congresso Nacional que tratam da regulamentação de profissões, uma das mais polêmicas é a emenda constitucional que tenta reativar a exigência do diploma de jornalismo para o exercício da profissão. A matéria pode ser aprovada nesta quarta-feira (28) pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados. Com outros dois textos semelhantes, a proposta foi apresentada após o STF (Supremo Tribunal Federal) derrubar, em junho, a obrigatoriedade do diploma - um resquício da regulamentação da comunicação feita durante o Regime Militar (1964-1985).

Na ocasião, o entendimento da maioria dos ministros foi o de que restringir o exercício do jornalismo a quem tem diploma afronta o princípio constitucional da liberdade de expressão. O relator de uma das propostas na Câmara, deputado Maurício Rands (PT-PE), no entanto, entende que a decisão do Supremo gerou "uma grave insegurança jurídica para uma imensidade de profissionais jornalistas, milhares de estudantes de jornalismo e, sobretudo, para a própria ordem democrática".

A existência de cursos universitários, porém, independe de a profissão ser ou não regulamentada. Em 2006, o Congresso chegou a aprovar projeto que regulamentava a profissão de jornalista de forma a exigir diploma universitário de todos os profissionais que atuam na área, incluindo os que fazem comentários, narrações, análise e crônicas. O projeto levou apenas dois anos para ser aprovado pela Câmara e Senado, mas foi vetado pelo Executivo. O governo alegou na época que a exigência do diploma para todas as funções é um "equívoco, um excesso na regulamentação da profissão", citando o artigo 5º da Constituição Federal, que garante o livre exercício da atividade de comunicação, e ponderou que o texto "limita o exercício do direito à liberdade de informação".

Fonte: Folha de São Paulo, 25/10/09.

Cultura pop japonesa é a nova atração entre os jovens em Belém

Cultura

A cultura pop japonesa ganha cada vez mais adeptos em Belém. Anime, mangá, música e até moda do Japão estão populares entre jovens e adolescentes que buscam informações na Internet e na televisão. Com as comemorações dos 80 anos de imigração japonesa na Amazônia, esse movimento se tornou ainda mais forte em Belém. Do mês de agosto até outubro foram realizados sete eventos sobre cultura japonesa, entre os mais importantes, ocorrido no último sábado (24), no Colégio Ipiranga, em comemoração aos 40 anos de carreira da fundadora do estilo Animemusic no mundo, Mitsuko Horie.

A cantora e dubladora de personagens de desenhos animados veio pela primeira vez ao Brasil a convite do Consulado Internacional do Japão para estreitar os laços entre os países, divulgando a cultura japonesa através do Animemusic. O evento “Nihon no Matsuri Preview” foi bem recebido pelo público “otaku” de Belém, ou seja, os fãs de anime japonês. Apesar de o Festival ser voltado para a cultura nipônica, no público de pouco mais de 200 pessoas quase não havia nipo-descendentes. “Muitas pessoas confundem que esses eventos são somente para o público rockeiro ou emo, mas nós estamos aqui porque gostamos de desenho animado japonês”, diz o estudante de medicina, Andrew Matos.

O radialista e assessor do evento, Carlos Amorim, afirma que apesar dos esforços entre o Consulado Japonês e o Brasil para consolidar a parceria entre países, os veículos de comunicação ainda dão pouca importância para o assunto, que em Belém já é realidade em expansão: “Muita gente gosta da cultura japonesa e eventos como esse acontecem há muito tempo em Belém, mas infelizmente ainda não está na pauta da mídia”.

No Brasil o número de grupos que tocam animemusic tem crescido consideravelmente. A maioria das músicas é cantada em japonês, mas algumas bandas já estão adaptando novas línguas como o inglês e até o português. “Em Belém já existem seis bandas de animemusic e a tendência é que esse número cresça ainda mais. Nós estamos trabalhando muito na divulgação e já temos músicas autorais”, relata Cláudio Fly, baixista da banda Shinobi 88.

O montante arrecadado no mercado informal de animes, incluindo vendas de produtos como brinquedos, acessórios, jogos, CDs e DVDs, é estimado 500 bilhões de ienes (moeda japonesa) por ano. No Brasil um dos animes de grande sucesso atualmente é o Naruto, personagem ninja que vive em busca da própria superação. Outros desenhos animados ao estilo japonês também estiveram nas telinhas brasileiras e fizeram grande sucesso, a exemplo de “Cavaleiros do Zodíaco”, exibido no Brasil no início da década de 90 e hoje lembrado pelo público adulto.

Otakumania - Com o crescente sucesso dos animes surgiu a ‘otakumania’, movimento de expressão dos fãs de animes. Em Belém, uma das maiores expressões dos otakus são os concursos de fantasias. O “Nihon no Matsuri Preview” foi mais uma oportunidade de usar a moda dos desenhos animados. Regis Rodrigues, 14 anos, explica que existem várias categorias para quem gosta de fantasias ao estilo japonês. “Uma das vertentes são os “cosplay” que se vestem de personagens de animes japoneses. As pessoas querem se vestir dos seus heróis preferidos, ou criam seus próprios personagens, esses são os chamados ‘decora’”. Para os otakus, a intenção é concorrer com outros participantes pelo título de melhor fantasia. E sobre isso existem campeonatos nacionais e até mundiais, como o World Cosplay Summit, realizado anualmente no Japão e que conferiu ao Brasil o título de único país bicampeão. Já para os “decora” não existe concurso, apenas a vontade de estar fantasiado em um evento.
No Pará, o maior festival de concurso de “cosplayers” é o Animazon, que acontece todo ano, geralmente no mês de setembro.

Sobre Mitsuko Horie – A cantora foi contratada aos nove anos por uma empresa de discos. A intenção era interpretar músicas para as crianças de uma nova geração. Desde então, sua carreira se voltou principalmente para o público infanto-juvenil e em poucos anos ela lançava um novo estilo musical: o animemusic, que é uma mistura do estilo Enka (tradicional japonês) com o J-Rock. Sua primeira música tema de anime foi lançada em 1969 no desenho Kurenai Sanshiro. Ao longo da carreira, ela chegou a cantar mais de 1.200 músicas: “Houve época na TV, que em uma única semana, dez desenhos animados tinham música minha como abertura”, comenta Mitsuko.

A artista escreveu livros e também participou da dublagem de diversos desenhos, entre os mais conhecidos, Dragon Ball e Cavaleiros do Zodíaco, onde dublou o personagem Hilda de Polaris. Apesar dos trabalhos realizados, Mitsuko Horie conta que sua grande preocupação sempre foi a música: “Em certo momento quando eu era mais jovem fiquei em crise pensando se meu lado artístico seria aceito, já que canto músicas para animes. Mas em 1977 a música ‘Candy Candy’ mudou a minha vida, pois as vendas superaram um milhão de cópias. Nas Filipinas, outra música de minha autoria se tornou tão conhecida quanto o hino nacional”.

Em dezembro deste ano, a cantora vai lançar um CD e um DVD em comemoração aos 40 anos de carreira.

História do anime - o pioneiro dos desenhos animados no mundo foi o empresário Walt Disney, na década de 40. Com fim da Segunda Guerra Mundial, muitos artistas japoneses tiveram contato com a cultura ocidental e, influenciados por ela desenvolveram uma nova animação, baseada em desenhos com traços mais estilizados, incorporando elementos da tradição japonesa. Foi aí que surgiu o primeiro anime japonês, o Astroboy.

No Japão, a palavra anime é utilizada para todo desenho animado. Já no Brasil recebe um significado diferente: anime é todo o desenho animado que venha do Japão. Hoje existem 10 gêneros e 11 sub-gêneros de anime, muitos deles disponíveis para download gratuito na Internet.
Contatos:
Cláudio Fly (banda Shinobi 88): 91186900
Carlos Amorim (Assessor do evento): carlosamorimadv@yahoo.com.br

Informações adicionais:
O próximo evento será o “Otaku no Matsuri’09” e acontecerá nos dias 14 e 15 de novembro, das 10h às 20h, no CESEP (Av. Pedro Miranda, 100). Ingressos (por dia): R$ 7,00 (antecipado) / R$ 8,00 (no local). Mais informações: http://shogunclube.wordpress.com/

Texto: Leila Negrão, jornalista diplomada pela Universidade Federal do Pará (UFPA). DRT/PA: 1954.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Editais abertos apoiam estudantes da UFPA

A Universidade Federal do Pará (UFPA), por intermédio da Pró-Reitoria de Extensão (PROEX), está lançando, no âmbito do Programa de Apoio aos Estudantes, dois novos editais de seleção pública que pretendem estimular a produção acadêmica e a política dos estudantes da Universidade. Os editais apoiam a organização de eventos e a participação de alunos em eventos científicos, tecnológicos ou culturais. Leia a notícia completa em http://www.portal.ufpa.br/imprensa/noticia.php?cod=3300

Fonte: Ascom/UFPA.

Prefeito de São Paulo na mira da Justiça Eleitoral

Política
Marta Suplicy e Alckmin podem se tornar inelegíveis
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), é alvo de investigação da Justiça Eleitoral e pode ser cassado. A Justiça Eleitoral de São Paulo tornou inelegíveis por três anos 13 vereadores –- todos da base de apoio do prefeito -- acusados de receber doação ilegal da AIB (Associação Imobiliária Brasileira). Os vereadores ainda podem recorrer ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral). Assim que recorrerem, a decisão do juiz será imediatamente suspensa.

Kassab e outros 46 candidatos a vereador receberam, juntos, R$ 10,6 milhões na campanha eleitoral do ano passado. A irregularidade está no fato de a Lei Eleitoral limitar a doação das entidades a 2% de sua receita no ano anterior. Para fazer essa doação, no entanto, a entidade teria de ter arrecadado pelo menos R$ 325 milhões em 2007. A associação, no entanto, não tinha fonte de renda, e, por isso, não poderia fazer as doações.

Além do prefeito, a promotoria denunciou os então candidatos a prefeito Marta Suplicy (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB), que também receberam doações da associação.

Se condenados, eles podem acabar impedidos de se candidatar nas próximas eleições. Alckmin é um dos tucanos mais cotados a disputar o governo do Estado em 2010.

Fonte: Blog Pelos Corredores do Planalto.

Pará recebe embaixadores da União Europeia

Política e Economia

Uma delegação formada por embaixadores de 11 países que integram a União Europeia visita o Pará nesses dias 21, 22 e 23, ocasião em que pretendem conhecer de perto a realidade socioeconômica do estado no âmbito das atividades produtivas, o modo de vida de populações tradicionais, e o trabalho de algumas organizações da sociedade civil que atuam na área ambiental, além das ações do governo federal no ordenamento territorial e no fomento à pesquisa, inovação tecnológica e regularização ambiental do governo estadual.

A comitiva é liderada pela embaixadora da Suécia, Annika Markovic. O Parlamento Europeu está sob a presidência da Suécia, que organiza esta missão de caráter institucional. Integram a comitiva os embaixadores Hans-Peter Glanzer (Áustria), Claude Misson (Bélgica), Nikolay Tzatchev (Bulgária), Svend Roed Nielsen (Dinamarca, a partir de Santarém), Ilpo Manninen (Finlândia), minisro Hermann-Josef Sausen (Alemanha), Kees Peter Rade (Holanda), Jacek Junosza Kisielewski (Polônia), Branislav Hitka (Eslováquia), Alan Charlton (Reino Unido) e João José Soares Pacheco (União Européia).

A visita se inicia nesta quarta-feira (21), em Marabá, com reuniões de apresentação sobre seus sistemas produtivos e investimentos, feitas pelo Grupo Bertin, pela Sinobras e Vale. Ao final do dia a Superintendência Regional do Incra apresenta o programa de ordenamento territorial que está sendo executada no estado do Pará. Está prevista ainda um encontro com lideranças ligadas aos movimentos sociais.

A comitiva, que viaja em vôo comercial, será recepcionada pelo secretário de Governo Edilson Rodrigues, que representa a governadora Ana Júlia Carepa, pelo prefeito Maurino Magalhães e lideranças políticas e representantes de entidades locais. A agenda em Marabá se inicia por volta das 11h50.

Na quinta-feira (22), a comitiva estará em Santarém, onde será recepcionada pela prefeita Maria do Carmo e pelo diretor geral do Instituto de Desenvolvimento Florestal do Estado do Pará (Ideflor), Jorge Yared, representando o governo estadual. Eles visitam a Escola Floresta, em Alter-do-Chão e a comunidade Maripá, onde conhecerão um programa de saúde desenvolvido pelo município. Jorge Yared vai discorrer sobre a política de gestão florestal do Estado. A delegação fará inda passeio de barco pelo rio Tapajós.

Na sexta-feira (23), a agenda será realizada em Belém, começando por uma visita guiada ao Museu Paraense Emílio Goeldi e até o final da manhã se reúnem no auditório do museu, no centro da cidade, para conhecer algumas ações das organizações Imazon, que vai falar sobre o monitoramento do desmatamento e o programa Município Verde, desenvolvido em Paragominas; The Nature Conservancy, que vai demonstrar o projeto soja sustentável no Oeste do Pará e projetos de Redução por Desmatamento e Degradação Evitados (REDD) em São Félix do Xingu; Conservação Internacional, que vai discorrer sobre mecanismos de REDD nas unidades de conservação da Calha Norte.

O MPEG também vai demonstrar suas pesquisas na Amazônia, com ênfase no Pará e a Secretaria de Meio Ambiente (Sema) vai apresentar os resultados dos Planos de Manejos das áreas protegidas sob responsabilidade do Estado, na Calha Norte.

No período da tarde, a comitiva vai conhecer um projeto de reflorestamento no município de Vigia, da empresa Pampa Exportações e, ao final do dia, se encontra com a governadora Ana Júlia, no Palácio dos Despachos, para uma reunião de avaliação e eventuais encaminhamentos. A visita oficial se encerra após essa audiência.

Fonte: Agência Pará.

Fotógrafo paraense João Ramid expõe belezas do Pará


Arte e Cultura

Nesta quinta-feira (22), o fotógrafo paraense João Ramid abre exposição fotográfica cujo foco são as belezas do potencial turístico do Pará, captados por sua viajada lente. O evento será lançado às 19h, no salão de beleza Beauty, no bairro de São Braz, em Belém. A exposição segue até o dia 15 de novembro. O salão Beauty tornou-se mais um dos espaços culturais da capital paraense disponibilizar em suas dependências exposições fotográficas, abrindo a possibilidade de entretenimento na cidade.

Ramid é um dos principais profissionais do mundo da fotografia brasileira e possui vasta experiência em clicar as peculiaridades da Amazônia brasileira. Entre as principais experiências profissionais pelas quais já passou destacam-se os trabalhos realizados, como fotógrafo especial, para alguns dos mais importantes jornais e revistas do país.
Além disso, Ramid mantém uma empresa de notícias e fotografia, talvez, uma das mais antigas em funcionamento na Amazônia Brasileira. Como resultado de um trabalho singular no mundo mágico da fotografia, ele tem hoje no Amazon Image Bank, um dos maiores bancos de imagem da Amazônia, na região.

Resultado de uma parceria com o salão de beleza Beauty, que acredita no potencial artístico da nossa região, a exposição objetiva proporcionar ao público em geral a oportunidade de conhecer um pouco mais do potencial turistico e as belezas naturais do Pará.

A exposição faz parte do projeto denominado de “Beleza em Arte”, implantado no ano passado pelo salão, que realiza sua terceira exposição de fotografias em menos de um ano. O projeto estreou com a participação do fotógrafo francês Bruno Pelerrin, especialista em clicar imagens do segmento da moda, seguido pela fotógrafa carioca Kzan, mostrou as imagens da performance do Ballet Stagium no espetáculo Stagium Dança o Movimento Armorial.

Serviço: A exposição será aberta ao público, de 9h às 19h, e acontece até o dia 15 de novembro. O salão Beauty fica na travessa 14 de abril, 1246, entre as avenidas José Malcher e Magalhães Barata. Entrada Franca. Mais informações: (91) 3249 3071.
Texto: Emanuel Jadir, jornalista e assessor de imprensa
Foto: Divulgação.

Espetáculo PRC-5 estará no Theatro da Paz


terça-feira, 20 de outubro de 2009

Orquestra do Theatro da Paz lança projeto Maestro Por Um Dia


Arte e Cultura

Nesta quarta (21) e quinta-feira (22), a Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz (OSTP) promove um concerto sinfônico no Theatro da Paz, com uma novidade: o lançamento do projeto Maestro Por Um Dia. O projeto, pioneiro entre orquestras brasileiras, sorteará duas pessoas da platéia para reger a OSTP nos concertos de 11 e 12 de novembro.

Outro grande atrativo do concerto é o repertório que homenageará o Ano da França no Brasil, com músicas dos compositores franceses Georges Bizet, Maurice Ravel e Claude Debussy, além de comemorar os 200 anos de nascimento de Felix Mendelsohn.

O projeto Maestro por Um Dia foi idealizado pelo novo diretor artístico da OSTP, maestro Enaldo Oliveira, para aproximar o trabalho da orquestra do público que a acompanha, além de estimular a formação de novos músicos. “Nestas apresentações, vamos sortear uma pessoa da platéia uma para reger a OSTP em uma das músicas do programa de 11 e 12 de novembro”, explica Enaldo. “Vou ensinar os rudimentos da regência e fazer um treinamento com as pessoas sorteadas para que os Maestros Por Um Dia tenham essa experiência musical”.

Enaldo explica que essa dinâmica populariza a música clássica e deve trazer novo público para as apresentações. “Queremos popularizar o nosso trabalho e aproximar a Orquestra do seu público via a figura do maestro, cuja função muita gente já não entende”, reitera. “Vamos fazer isso em todas as apresentações da Orquestra e também deveremos convidar celebridades para participar do Maestro Por um Dia”, promete.

Os dois concertos sinfônicos serão os primeiros que Enaldo Oliveira irá reger, na sede da Orquestra, como seu novo diretor artístico, desde que assumiu a função, em julho deste ano. Antes, ele apenas esteve à frente da OSTP durante o III Festival Internacional de Ópera da Amazônia.

Serviço: Apresentação da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz. Dias 21 e 22 de outubro, às 20h, com entrada franca, no Theatro da Paz. Retirada de ingressos no dia de cada espetáculo, na bilheteria do Theatro. Realização: Secretaria de Estado de Cultura (Secult) e Associação de Amigos do Theatro da Paz (ATP).


Texto: Associação de Amigos do Theatro da Paz.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Aprovada meia passagem intermunicipal para estudantes

Cidadania

"Quando nós começamos a luta, sabíamos que teríamos que ceder alguma coisa. Garantimos a meia passagem para os estudantes e a cota de 10% de assentos. Foi uma vitória dos estudantes", declarou a presidente da União Paraense dos Estudantes (Upes), Nilma Neves, no início da tarde desta quarta-feira (14), após a Assembleia Legislativa do Pará aprovar a concessão da meia passagem intermunicipal aos estudantes.

Desde a semana passada o projeto de lei de iniciativa do Executivo, que regulamenta o artigo 284 da Constituição do Pará, alterado pela Emenda Constitucional número 35, de 24 de janeiro de 2007, estava em discussão e já havia sido aprovado em primeiro turno. Agora, vai à sanção da governadora Ana Júlia Carepa, e tem 60 dias para entrar em vigor.

Emendas - Sete emendas foram aprovadas, juntamente com o projeto de lei, que ajudaram a finalizar as polêmicas em torno do projeto de lei. Em uma das emendas, de iniciativa do Executivo, ficou acertado que o valor do benefício poderá ser total ou parcialmente deduzido do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) ou do Imposto Sobre Veículos Automotores (IPVA). A dedução não poderá ultrapassar um terço do valor do benefício.

Outra emenda aprovada, fruto de acordo, prevê que o estudante de ensino técnico, superior e pós-graduação, incluindo mestrado e doutorado, que esteja matriculado em escola com distância superior àquela estabelecida no texto da lei (250 quilômetros), terá direito ao benefício da tarifa reduzida à metade para deslocamento ao município onde reside, "oito vezes ao mês e/ou o correspondente a quatro finais de semana".

Também foi aprovada emenda estabelecendo que o estudante, para renovar a meia passagem, terá que comprovar 60% da frequência no período que recebeu o benefício. Estudantes de ensino médio terão direito ao benefício quando o órgão estadual de educação que abrange o município declarar que não dispõe de vagas suficientes para atendê-los.

Aos estudantes caberá um percentual de 10% dos assentos nos coletivos, mas as situações específicas serão atendidas por meio de resolução, caso seja necessário estabelecer um número de assentos superior ao estabelecido.

A criação da Comissão Gestora Tripartite da meia passagem estudantil intermunicipal também foi aprovada por emenda. Com mandato de dois anos, a Comissão é composta de seis membros, de modo paritário, sendo dois representantes de entidades estudantis, dois de representantes do Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário Intermunipal de Passageiros do Pará e dois de representantes do Governo do Estado, entre os quais um da Arcon (Agência Estadual de Regulação e Controle de Serviços Públicos no Estado do Pará).

Fonte: Agência Pará.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Pianista japonês Kumi Mikami se apresenta em Belém




Guajará Instrumental Festival acontece nesta semana


O Guajará Instrumental Festival trará os artistas Ney Conceição e Group, Delcley Machado Quarteto, MG Calibre 5TET, Trio Manari, Toninho Abenatar, Tynôkko Costa e Grupo Timbres. A participação especial será de Paulinho Trompete. O evento acontecerá no Gold Mar Hotel, na rua Prof. Nelson Ribeiro, 132, próximo à Fundação Curro Velho, nos dias 16 e 17 de outubro, às 21h30. Ingressos: Ná Figueiredo. Mais informações: 8874-9709 e 8209-9045.

sábado, 10 de outubro de 2009

Pesquisador lança ''A Cidade dos Encantados''

História, Cultura e Memória

O pesquisador Aldrin Moura de Figueiredo lançou recentemente, pela Editora de Universidade Federal do Pará (Edufpa), o livro “A cidade dos encantados: pajelanças, feitiçarias e religiões afro-brasileiras na Amazônia, 1870-1950”. A obra é resultado do estudo sobre a história cultural das práticas religiosas na Amazônia e da leitura de gerações de intelectuais que estudaram essa temática ao longo dos últimos 150 anos.

Aldrin reconta a história das religiões amazônicas e de como essas manifestações se tornaram o tema predileto de antropólogos e historiadores desde o século XIX até meados do século XX. “Nos jornais de antigamente, este tipo de religiosidade era considerada ‘feitiçaria’, já que havia uma grande incompreensão por parte dos jornalistas e da sociedade na época”, diz o pesquisador.

Segundo Moura, a abordagem sobre a prática das religiões afro-amazônicas ganhou novos horizontes, quando o assunto virou alvo de estudos acadêmicos. “Ao longo do tempo a perspectiva dos intelectuais sobre o tema foi mudando. Enquanto José Veríssimo, na década de 1870, criticava a existência e a disseminação da pajelança como sintoma de barbárie, Eduardo Galvão, na década de 1950, via nos rituais dos pajés uma marca fundamental da concepção de vida do caboclo e do homem da Amazônia.

A partir dos anos 70, uma inclusão política desses grupos tem sido notada, com a participação de lideranças afro nos fóruns de debates municipais, estaduais e federais”, explica Aldrin. Curiosidades. Entre os fatos curiosos apontados na obra, estão os documentos mais antigos sobre a lenda da princesa de Maiandeua, na vila de Algodoal, registrada pelo folclorista Antonio de Pádua Carvalho (1860-1889). Antônio não deixou nenhum livro publicado, a não ser algumas matérias que circularam nos jornais de Belém no século XIX.

“A cidade dos encantados” também traz importantes informações sobre Satiro Ferreira de Barros, um dos mais conhecidos pajés de Belém nas primeiras décadas do século XX. O pajé recebeu em seu terreiro, em 1927, o escritor Mário de Andrade, na famosa viagem do poeta à Amazônia, quando trabalhava no projeto do livro “Macunaíma”.

O livro ainda analisa escritos sobre práticas culturais associadas ao universo dos terreiros, como o carimbó, o boi-bumbá, festas de santos. E histórias sobre matinta-pereira, rasga-mortalha, curupiras e outros encantados do imaginário popular de Belém. Seres que sobreviveram em documentos da imprensa e da polícia, guardados nos arquivos paraenses.

O autor

Aldrin Moura de Figueiredo é graduado em História e possui aperfeiçoamento científico em Antropologia Social. Ele possui mestrado e doutorado em História pela Unicamp. E dedica-se há 20 anos ao estudo da religiosidade popular na Amazônia, em especial sobre a história da pajelança cabocla e das religiões afro-brasileiras na região. Atualmente coordena o programa de pós-graduação em História Social da Amazônia, da Faculdade de História da Universidade Federal do Pará e é bolsista de Produtividade em Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Brasil.

Fonte: http://www.guiart.com.br/
Fotos: Divulgação.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

''Surra de Arte'' no Corredor Polonês


Arte e Cultura

Nelson Rodrigues dizia: “Mulher gosta é mesmo de apanhar”. Mas se a “porrada” em questão for artística ou estética, ela se estende a todos, independentemente do sexo. Porque o ateliê cultural Corredor Polonês promove nesta semana o Surra de Arte. Três dias de muita atividade nas áreas de fotografia, cinema de rua, teatro, artes plásticas, música, literatura entre outras vertentes. Uma temporada para deixar marcas pelo corpo e pela mente.
A casa que abriga o Corredor Polonês tem dois andares e mistura ateliê e salão de arte. O espaço comporta salas de sobra, teto-lunar, palco, jardim interno e sacadas para a arte se deleitar em pancadas aos visitantes.

Neste sábado (10), acontece a última noite. O espancamento inicia pelos bailados das saias rodadas em ritmo de carimbó, com o grupo Mandinga da Amazônia, formado a partir de oficinas com jovens no bairro do Guamá. Em seguida, tem a Procissão de Carimbó, marcando o fim das atividades do Corredor Polonês até a Festa da Chiquita.

Já na sexta-feira (9), o Corredor homenageou os 109 anos de Ismael Nery (1900 – 1934) com a exposição de suas principais obras. O lançamento da revista PZZ (Pará Zero Zero) ocorreu no mesmo local. A publicação traz em sua nova edição reportagem especial sobre o artista plástico paraense. A mostra fica até o dia 10.

A banda Lisérgio e VenDaWal Loureiro com influências de MPB e rock psicodélico garantiu a música ao vivo na noite. Ao lado do grupo Brihat com música experimental de sons distorcidos, percussão em instrumentos étnicos e sintetização eletrônica. E para completar, se apresentou Benshi e Bonde Andando com teatro, música, poesia e contos, e antenada na sustentabilidade, os instrumentos da banda são feitos de materiais reutilizados.

Corredor Campina trocou de DJ e trouxe a peia sessions/avant-guarde do DJ Luan. O cineclube exibe “Degeneração” (Marginalia e’ Churume), “O Tempo da Laranja” (Marginalia) e “Jabiraca” (Fernando e Bruna).

No dia 8, quinta-feira, teve a surra começou com a exposição fotográfica dos artistas Mayara Domingues (DF) e José Viana (PA). A dupla apresentou leitura inédita de seus trabalhos na capital paraense. No campo das artes plásticas, o público pode conferir as bofetadas da mostra do acervo “Ateliê em Processo”, do Corredor Polonês. Com a curadoria de Karlo Rômulo, pinturas em óleo, aquarelas, gravuras, esculturas e objetos espalharam-se por todos os cantos do lugar.

Para os apreciadores de raridades, o sebo Elefante Branco ofereceu uma verdadeira sessão de sadomasoquismo com os livros e vinis disponibilizados. Prazer para quem gosta de ver o sofrimento alheio diante da dúvida de qual artigo levar. E prazer pra quem ficar se contorcendo de dor pela incerteza da escolha. Para climatizar o espaço, teve a rádio Corredor Campina, com programação musical, poesia e informação com o DJ B’zarro, em ritmo oitentista.

Os cinéfilos não precisaram se preocupar. Houve hematomas reservados para eles também. Ainda no dia 8, teve cineclube de rua com as produções do Corredor Polonês “A Origem é o Fim” e “Música, lendas e crenças em Soure (Marajó)”.As fotografias do acervo Ateliê em Processo, e o sebo Elefante Branco seguem até o último dia do evento.

No domingo (11), é só contar as marcas das pancadas ou deixar para a segunda-feira, depois do Círio.

Serviço: Surra da Arte, no Corredor Polonês, que fica na rua General Gurjão, 253, a partir das 20h. Entrada Franca. Mais informações: 9623-5320ou pelo blog http://www.surradearte.blogspot.com/

Texto: Yorranna Oliveira
Foto: Divulgação.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Poeta paraense Clei de Souza lança livro de contos

Arte, Cultura e Memória

A noite apresenta suas paisagens e seus passantes, respira-se um ambiente de sonhos, pesadelos, pensamentos, memórias. Atenta a tudo isso, a escrita do poeta paraense Clei de Souza - não menos andarilha - atravessa esse diálogo noturno com personagens estranhos à normalidade do dia no livro de contos “Caminhando dentro da noite”, que será lançado às 20h, no próximo sábado (10), no Cine Club Pub Mix, em Ananindeua.

No livro personagens como o estrangeiro, o bêbado, a prostituta e os anjos movem-se nessa paisagem à procura de uma saída diante da árdua realidade de suportarem a si mesmos como seres traídos em seus desejos.

Segundo o autor, a noite surge como símbolo de um percurso, das negações advindas da vida e morte, estando mesmo em planos temporais e espaciais, no discurso de seus personagens sobre as questões efêmeras & eternas, de um certo lance de aproximações e distanciamentos. “Quem caminha dentro da noite termina por descobrir muitas paisagens porque faz um percurso de mão dupla como quem se move diante de um espelho. Percorrer a noite é sujeitar-se à sua absorção, destinar-se a muitos de seus atalhos para continuar sobrevivendo”, relata.

Nesse sentido, a noite sustenta a itinerância desses personagens noturnos, abre-se como um caminho que essa escrita pernoita, afoga mágoas e faz ressurgir alguma esperança das cinzas da própria noite anterior. “O ‘caminho...’ é simultaneamente substantivo [espaço sobre o qual todas as paisagens se apresentam] e verbo [tempo, porque verbo é deslocamento/ação]. E esse binômio está também na noite. Afinal, é ela o fim e início de um dia [e vice-versa], mas sendo mais possível pensá-la como princípio de todas as coisas. Não esquecendo que na simbologia a noite tem por filho, o destino”, conta Clei de Souza.

É nesse espaço-tempo do livro de contos “Caminhando dentro da noite” que o poeta finca o pé com seus sapatos russos para uma caminhada marcada e destinada aos percalços, tramas, conflitos, desilusões e alguns prazeres guardados dentro dessa noite.

Sobre o autor – O poeta paraense Clei de Souza faz livros independentes há dez anos e já conta com três antologias. Já foi premiado no concurso literário da escola de governo. Possui graduação em Letras pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e mestrado em Letras: Estudos Literários pela UFPA. É professor e tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura, atuando principalmente nos seguintes temas: erotismo, identidade, imagem de leitor, cultura, literatura e outras linguagens.

Serviço - Lançamento do livro de contos “Caminhando dentro da noite”, às 20h, sábado (10), no Cine Club Pub Mix, na Cidade Nova II, nº 01, na Cidade Nova II, nº 01, em Ananindeua. Mais informações: (91) 87115527.

Texto e foto: Divulgação
Edição de texto: Cleide Magalhães.

Lia Sophia tem shows em outubro


Arte e Cultura

A cantora e compositora paraense Lia Sophia tem shows em outubro, no Relicário. Será às quintas-feiras, nos dias 08 e 29, início às 21h. Os ingressos custam apenas R$10,00. Mais informações: 3241-1188 ou visite o site: http://www.liasophia.com.br/

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Grupo Verbus estreia novo espetáculo com mudanças estruturais

Arte e Cultura

Seis meses depois da última temporada, depois da partida de três integrantes: Landa de Mendonça, Stéfano Paixão e Thales Branche, que foram desenvolver projetos em outros estados, o Grupo Verbus – A poesia se fez carne, agora, somente com Armando Mendonça, Carlos Vera Cruz e Felipe Cordeiro, convida cinco artistas paraenses: Ana Nunes, Luiza Braga, Adelaide Teixeira, Raquel Leão e Gláfira Lobo, para integrarem seu novo espetáculo: Clichê Maldito.

A mudança também é visível na própria temática. Se antes o grupo personificava poetas e compositores brasileiros a cantar a vida com uma pitada de boêmia; dessa vez, personifica a poesia maldita e a poesia marginal. Com obras que vão desde Rimbaud, Artaud e Baudelaire, passando por Augusto dos Anjos, Ferreira Goulart, Paulo Leminsk, Caio Fernando Abreu, até chegar à poesia urbana de Belém, com Pedro Viana, Dand M. e Edyr Augusto Proença, dentre outros autores.

Dessa vez, Verbus não se limita somente à poesia, ampliando o leque de possibilidades dramatúrgicas a trechos de contos, romances e até mesmo peças, como no caso de Hamlet de Shakespeare. Sempre embalados pela música.

Outro diferencial de Clichê Maldito é o repertório. O grupo procurou não só selecionar o que há de maldito dentro da música popular brasileira, mas também resignificar músicas nas quais identificava temática ou atitude maldita. Para Verbus, Asa Branca, do imortal Luiz Gonzaga, também pode ser maldita.

Divido em blocos, o espetáculo traz à tona temas como o Existencialismo, Revolta e Luta, Sexo e Fazer Marginal. No entanto, o espetáculo não deixa de cantar a vida e a poesia em momento algum, como é característica do Verbus. O próprio uso da palavra “clichê” no título já desmistifica a concepção do sombrio nessa montagem, que não se prende a figurinos e interpretações nebulosas, o que corriqueiramente é associado a esse tipo de poesia. Nesse espetáculo, o Maldito e o Marginal estarão personificados na poesia, na música, no que se é falado e cantado, e não em estereótipos.

Com direção musical de Felipe Cordeiro e direção cênica de Carlos Vera Cruz, Verbus – Clichê Maldito faz sua pré-estréia dia 09 de outubro, às 21 h no Teatro da Paz, abrindo o show do cantor e compositor Paulinho Moska. E a partir do dia 14 do mesmo mês, entra em temporada no Boteco São Matheus, todas as quartas até o final de novembro.

E para quem quiser matar a saudade dos integrantes Landa, Thales e Stéfano, poderá adquirir o primeiro DVD do grupo com o espetáculo “Sobre o Amor”, uma parceria com a Produtora Multi AB e o selo Ná Music, a ser lançado no dia 07 de outubro, também no Boteco São Matheus, em Belém.

Agora, fica a curiosidade no ar para rever Verbus em sua nova versão.

Sobre o grupo
- Composto agora somente pelo ator Carlos Vera Cruz e pelos músicos Armando Mendonça e Felipe Cordeiro, o Grupo “Verbus A poesia se fez carne” é a corporificação da poesia. Com quase dois anos de criação, Verbus apresenta uma proposta poético-musical em que atores e músicos interpretam e cantam poesias, num confronto de estilos e períodos diferentes. E assim, a cada espetáculo o grupo dialoga poesia e música de forma bastante peculiar e intimista, o que permite a cada artista o empréstimo do seu “eu-lírico” à poesia, e conseqüentemente, a multiplicação das interpretações, dos poetas e das obras.

Contatos e Informações:

Fone: (91) 9184-6772
grupoverbus@gmail.com
Visite: http://www.verbus.blogspot.com/
Siga: http://twitter.com/grupoverbus

Texto e foto: Divulgação.

sábado, 3 de outubro de 2009

O outro lado do pré-sal

Meio Ambiente

Por João Alfredo Telles Melo

No momento em que o Congresso Nacional discute os projetos referentes ao marco regulatório do pré-sal, se faz necessário fugir do lugar-comum do ufanismo dominante e debater as implicações ambientais desse tipo de exploração.

Primeiro, é importante saber que, por ser uma formação mais profunda e antiga, a concentração de CO2 (principal gás de efeito-estufa) pode ser entre 3 e 4 vezes superior à dos campos do pós-sal. Assim, supondo reservas de 80 barris (correção: 80 bilhões de barris) e considerando as altas concentrações de CO2 dos poços do pré-sal, se o nosso país utilizar o combustível em um período de 40 anos, teremos uma liberação anual de 1,3 bilhão de toneladas equivalentes de carbono, ou seja, o dobro das atuais emissões do país (o que pode nos colocar no topo dos países mais poluentes do planeta).

O mais grave é que parece não haver ainda métodos disponíveis no mundo para evitar que a exploração do pré-sal venha a poluir ainda mais o planeta. Há, inclusive, controvérsias quanto ao custo de captura do CO2, que pode variar de 10 a 100 dólares por tonelada, segundo o Greenpeace. Pela previsão mais conservadora, a emissão potencial de 18 bilhões de toneladas de CO2 do pré-sal pode levar esse custo a mais de 100 bilhões de dólares, valor próximo ao investimento que a Petrobras planeja para o pré-sal até 2020.

Ora, se quisermos evitar que a temperatura média do planeta se eleve acima de 2°C até o fim do século XXI, não poderemos queimar mais do que um quarto das reservas descobertas de petróleo no mundo. Por outro lado, o pré-sal só entrará em ritmo comercial entre o meio e o fim da próxima década, provavelmente em uma época em que as restrições sobre as emissões de CO2 serão muito maiores e a difusão de outras formas de energia e a redução do consumo de petróleo também.

Lamentavelmente, o que está ocorrendo já, neste momento, é que os trabalhos legislativos da comissão especial de energias renováveis têm sido atrasados por conta da tramitação dos projetos de lei do pré-sal. Em termos de investimentos, ainda que as receitas do pré-sal possam vir a auxiliar o desenvolvimento de pesquisas e subsidiar as energias limpas, os gastos com a exploração do óleo e, posteriormente, com a captura de carbono, poderão vir a comprometer os investimentos nacionais em renováveis. A descoberta do pré-sal está levando a uma aposta ainda maior na matriz suja, vide o anúncio do Ministério de Minas e Energia de propor o diesel em carros de passeio.

O investimento no petróleo do pré-sal – em tempos de aquecimento global e mudanças climáticas -, pode vir a ser um atraso, em um país que, rico em mega-diversidade e com um potencial fantástico em energias limpas (como a solar, a eólica e a de biomassa), deveria estar na vanguarda da nova economia pós-carbono, que se faz necessária e urgente para a manutenção da vida em nosso planeta.

João Alfredo Telles Melo – Vereador de Fortaleza/PSOL. Professor de Direito Ambiental e ex-consultor de Políticas Públicas do Greenpeace Brasil.

Fonte: Jornal “O Povo”

No Brasil quem paga impostos são os pobres

Por Lúcia Rodrigues

A carga tributária brasileira é profundamente injusta. Os trabalhadores que recebem salários mais baixos trabalham três meses a mais do que os ricos, para pagar tributos. A propriedade e o capital sofrem baixa taxação. E os latifundiários praticamente não pagam imposto sobre a terra. Leia o assunto na íntegra: http://psolsp.org.br/?p=2887

Contracorrente estreia e fala sobre o jornalista Lúcio Flávio Pinto

Mídia e Política

O Movimento Cultural da Marambaia (Mocuma) e o Cineclube Amazonas Douro convidam a comunidade paraense para a estreia do filme Contracorrente, de Francisco Weyl, no dia 5 de outubro, na passagem Bem, próximo à praça Tancredo Neves, no bairro da Marambaia, às 20 horas.

Um pouco antes do evento, às 18h, haverá ainda encontro dos interessados no Bar do Parque, na Praça da República, de onde sairão até a praça.

O documentário, segundo o seu realizador, é um ato político-cultural em solidariedade ao jornalista paraense Lúcio Flávio Pinto, que fala sobre liberdade de imprensa, mídia e poder, jornalismo e política.

O jornalista, crítico pela sua própria natureza, é diretor do Jornal Pessoal e tem se destacado na luta pela liberdade de expressão e pelos direitos humanos, colocando a sua vida e a sua profissão ao serviço das causas mais importantes do seu tempo.

Antes da sessão, haverá leitura de poesias pelo poeta Caeté. Depois da sessão, ocorrerá um debate sobre o cinema e direitos humanos. A realização é do Mocuma, Projeto de Tela de Rua, Cineclube Amazonas Douro e Projeto de Cinema de Rua e o apoio é da Rede Aparelho, Revista PZZ, Asssociação Paraense de Jovens Críticos de Cinema (APJCC) e o Projeto Resistência Marajoara.

Serviço: Estreia do filme Contracorrente, de Francisco Weyl, na passagem Bem, próximo à praça Tancredo Neves, na Marambaia, dia 5 de outubro, às 20 horas.

Texto: Divulgação
Edição de texto: Cleide Magalhães.

OAB defende na CCJ do Senado regulamentação da profissão de jornalista

Mídia e Política

Brasília, 01/10/2009 - O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, defendeu hoje (01) a necessidade do diploma para jornalista e a rápida regulamentação da profissão como forma de garantir a prestação de informações ao cidadão de forma profissionalizada e responsável. Na audiência que tratou hoje (01) do tema na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Britto afirmou o Jornalismo é uma profissão que está implicitamente constitucionalizada. "Há todo um arcabouço na Constituição que garante a liberdade de expressão, mas a lei pode e deve estabelecer requisitos profissionais para tal liberdade. Um deles é a necessidade de regulamentação da profissão daquele que lida diariamente com o direito de imagem e com a vida das pessoas", afirmou.

Ainda ao debater a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 33/09 na CCJ, Britto defendeu a regulamentação em nome da garantia de qualidade das informações de que tem direito a receber todo e qualquer cidadão e ainda com relação à garantia do sigilo da fonte, aplicável, segundo Britto, somente ao comunicador. "Se dissermos que o diploma não é mais exigível para o jornalista, todos poderão alegar o sigilo da fonte na hora de depor como testemunha de um crime. Quem não quiser se manifestar bastará dizer que ali estava na qualidade de jornalista free lancer", afirmou Britto aos senadores presentes.

Durante a audiência, a OAB ainda foi instada a se manifestar sobre a questão de ordem que foi apresentada por alguns deputados e senadores - entre eles os deputados Aldo Rebelo (PCdoB-SP), Edgar Moury (PMDB-PE) e Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) e o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) - sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que recentemente declarou a não obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista. Britto recebeu os termos da questão de ordem e informou que a entidade deverá apresentar seu parecer jurídico nos próximos dias.

Integraram a mesa de debates, além do presidente da OAB, o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas, Sérgio Murillo de Andrade, o presidente do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ), Edson Spenthof, e o presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor), Carlos Franciscato. Conduziu os trabalhos o senador Wellington Salgado (PMDB-MG). Também acompanhou os debates a presidente da Seccional da OAB do Pará, Angela Sales.