sábado, 29 de outubro de 2011

AVC pode se tornar um desastre à saúde

Por: Cleide Magalhães

Reportagem publicada em O Liberal e Amazônia, em 28/10/2011.


O Acidente Vascular Cerebral (AVC), conhecido popularmente como "derrame cerebral", poderá ser um desastre à saúde pública, caso não seja tratado com seriedade em ações conjuntas entre o poder público e a sociedade. No Brasil, segundo estudo do movimento “Action for Stroke Prevention” (Ação para a prevenção do AVC), cerca de 1,5 milhão de pacientes convivem com fibrilação atrial (FA), tipo de arritmia cardíaca que é uma das principais causas de derrame cerebral. O país lidera ainda o ranking latino-americano de mortes por acidente vascular cerebral, com mais de 129 mil casos por ano.

Dados da Organização Mundial do AVC (World Stroke Organization) também trazem dados de alerta: uma em cada seis pessoas terá um AVC durante a vida. Hoje, a doença já é considerada a segunda causa de morte no mundo, perdendo apenas para o câncer, e a primeira causa de morte e sequelas neurológicas no Brasil.

Neste sábado, 29, é o Dia Mundial do AVC, e o médico e cirurgião Milton Francisco de Souza Júnior, que atua em hospitais da rede pública e privada em Belém, explica que o acidente vascular cerebral são comprometimentos vasculares isquêmicos e vasculares, que ocorrem diante de fatores predisponentes. Entre os mais acentuados hoje estão a pressão arterial, diabetes, obesidade, estresse, drogas lícitas e ilícitas, em especial a cocaína, entre outros. O AVC hemorrágico é mais comum nas pessoas entre 25 e 55 anos. Após os 60, é o AVC isquêmico.

"O AVC é caracterizado por uma lesão aguda por um dos vasos sanguíneos que irrigam o cérebro. O isquêmico ocorre quando não há passagem de sangue para determinada área, por uma obstrução no vaso ou redução no fluxo sanguíneo do corpo. Já no vascular o vaso sanguíneo se rompe, extravasando sangue. Só para se ter idéia pela artéria carótida, vasos sanguíneos que levam sangue arterial do coração para o cérebro, passam 350 mililitros de sangue por minuto comprometendo várias funções cerebrais. No adulto há uma caixa craniana inelástica, não temcomo o sangue se acomodar e ameaça com mais facilidade a vida da pessoa. Com o aumento nos casos de obesidade, a tendência é que a grande maioria da população chegue a esse quadro", afirma o neurocirurgião.

É importante ainda esclarecer que o AVC, embora tenha caído no linguajar popular com esse nome, possui nomenclatura equivocada, "pois não se trata de um acidente, pois pode ser prevenido". A prevenção é convencional e está nas questões básicas, as quais até chegam a ser discutidas, porém que muita gente não coloca em prática: ter boa alimentação, atividade física, reduzir a sobrecarga emocional, não usar drogas lícitas e ilícitas, entre outras.

Terapia - Segundo Walace Gomes Leal, coordenador do Laboratório de Neuroproteção e Neurorregeneração Experimental (LNNE) do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Pará (ICB/UFPA), a única terapia disponível para o AVC isquêmico no Brasil e no mundo, atualmente, é o uso de substâncias conhecidas como trombolíticos, responsáveis por dissolver o coágulo de obstrução do vaso sanguíneo prejudicado. Os trombolíticos deveriam restabelecer o fluxo sanguíneo e minimizar as perdas teciduais e funcionais do cérebro. "No entanto este tratamento é muito pouco eficaz, considerando que o tratamento tem que iniciar até quatro horas e meia após o início dos sintomas e a maior parte dos pacientes chega ao hospital muito depois deste período", explica.

O uso tardio de trombolíticos pode agravar o quadro dos pacientes ao agir nos vasos sanguíneos e induzir o rompimento destes, a partir do efeito colateral conhecido como "transformação hemorrágica". O procedimento cirúrgico é indicado mais comumente para alguns casos de AVC hemorrágico.

Walace Leal informa ainda que pesquisadores no mundo inteiro, incluindo o LNNE, investigam uma forma de diminuir a lesão cerebral após AVC, mas droga eficaz ao ser humano ainda não foi encontrada, exceto dos trombolíticos. Por outro lado, pesquisas com células-tronco e terapias antiinflamatórias apresentaram resultados promissores em animais de experimentação testados nos Estados Unidos, Reino Unido e Brasil.

Dia Mundial - Para conscientizar a população sobre a doença, no Dia Mundial do AVC, neste sábado, 29, diversas cidades do mundo, incluindo várias capitais brasileiras promoveram diversas ações. Em Belém, o Dia Mundial do AVC conta com apoio do LNNE, que programou mesas-redondas, ações educativas e laboratoriais. As ações envolvem, ainda, atos públicos, com a distribuição de material informativo, como folders e banners a respeito da doença, aferição de pressão arterial e prestação de informações sobre os fatores de riscos da doença.

Algumas atividades ocorreram na sexta, 28, no auditório do Centro Universitário do Pará (Cesupa), em Nazaré. O momento contou com a participação da médica neurologista do Hospital Bettina Ferro, Madacilina de Melo Teixeira, que falou sobre a terapia e o tratamento adequados para a doença, como o uso de trombolíticos, fármacos utilizados para dissolver os trombos sanguíneos, a única terapia aprovada em humanos, porém, com diversos efeitos colaterais que limitam a sua utilização.

No domingo, 30, a partir das 8h30, tem atividade na praça Batista Campos, em Belém. Ao longo da semana acontecem ações no ICB da UFPA, nos hospitais universitários e no Instituto de Ciências da Saúde da UFPA, com o apoio da Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares e do Programa de Educação Tutorial de Medicina e Enfermagem da UFPA.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Bettina é o 1º HU da região a realizar transplante de córnea

Mais um marco para a Medicina regional. Foram realizados os dois primeiros transplantes de córnea em um hospital universitário da Amazônia, este mês. As cirurgias aconteceram no Hospital Bettina Ferro de Souza (HUBFS) da Universidade Federal do Pará (UFPA), que é referência em Oftalmologia na região. O transplante possibilita que pessoas com problema de córnea opaca voltem a enxergar, ou seja, tenham a oportunidade de redescobrir o mundo das imagens.

Leia a notícia completa: http://is.gd/xBV03X

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Falta informação sobre a menopausa

Por: Cleide Magalhães

Reportagem publicada nos jornais O Liberal e Amazônia

No último dia 18, foi o Dia Mundial da Menopasua e dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) estimam que até 2030 mais de 1 bilhão de mulheres estarão na menopausa. No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) avalia que mais de 13,5 milhões passam pelo climatério atualmente. A ginecologista Alba Grobério, da Unidade de Referência Especializada Materno Infantil e Adolescente (Uremia), da Secretaria de Estado de Saúde, em Nazaré, afirma que a menopausa não é doença e é preciso que as mulheres sejam mais bem orientadas, pois a palavra provoca medo em muitas delas.

"Não precisa fazer tratamento da menopausa, ela não é doença, mas uma questão fisiológica e normal na vida de toda mulher. É o dia em que a menstruação parou e para entrar na menopausa precisa ficar um ano sem menstruar. Já o climatério, acontece entre os 42 e 55 anos, é a fase que acontece antes, durante e depois da menopausa. É um período da vida da mulher caracterizado pela perda progressiva da fertilidade e que acarreta a queda dos níveis de estrogênio, principal hormônio feminino", explica a médica.

Nessa fase, problemas cardiovasculares podem ocorrer, mas outras questões também implicam como alimentação. Devido desequilíbrio do centro de controle da temperatura corporal a mulher pode apresentar as ondas de calor, irregularidade menstrual, diminuição da libido, entre outros sintomas.

"Há mulheres que não sentem nada, e um dos sintomas mais presente e preocupante é a diminuição da libido, porque, geralmente, coincide com o 'ninho vazio', época em que os filhos começam a se afastar da casa e dos pais, e a mulher é sensível e sente essa ausência, então pode sofrer depressão e ansiedade. Mais difícil ainda é conviver em uma sociedade machista, pois muitos homens não acompanham suas parceiras aos exames periódicos. Com isso, ele não se dá conta do problema que ela enfrenta e começa a questionar sobre a diminuição da libido, aí começam os problemas em casa. Isso não deveria ocorrer se ambos estivessem preparados para isso", avalia a ginecologista.

A diretora da Uremia, Tatiane Santos, informa que a instituição conta com cerca de duas mil mulheres cadastradas há 15 anos no Programa do Climatério. As usuárias são encaminhadas pelas Unidades Básicas de Saúde de todo o Estado recebem acolhimento, submete-se a exames para verificar se trata-se do climatério.

"Se o diagnóstico mostrar que ela está nessa fase, a mulher é incluída no programa, tem acompanhamento não só na reposição hormonal, mas recebe agendamento de consultas em outras unidades e tudo o que precisar em termos de especialidades médicas. O programa está sendo ampliado a todas as Unidades Básicas de Saúde, por meio de treinamento, para facilitar o acesso a todas as mulheres, entre 45 e 60 anos", diz.

Hemopa suspende campanhas externas

Por: Cleide Magalhães

Reportagem publicada em O Liberal e Amazônia, em 19/10/2011

As campanhas externas de doação de sangue e cadastro de doadores de medula óssea estão suspensas até final deste ano na Fundação Hemopa. No entanto, as ações continuam acontecendo em parceria com instituições públicas e privadas que disponibilizarem espaços e/ou salas para montagem de estrutura para a coleta do sangue. A suspensão aconteceu por motivos de revisão técnica nas unidades móveis da Fundação Hemopa, que aliada aos feriados prolongados de outubro, já provocam redução de cerca de 30% do número de bolsas no estoque estratégico do hemocentro.

A doação de sangue é o processo pelo qual um doador voluntário tem seu sangue coletado para armazenamento em um banco de sangue ou para um uso subsequente em uma transfusão de sangue. Trata-se de um processo importante para o funcionamento de um hospital e, nesse caso em especial, do hemocentro. O transplante de medula óssea é a única esperança de cura para muitos portadores de leucemias e outras doenças do sangue.

A gerente de Captação de Doadores do Hemopa, assistente social Juciara Farias, afirma que, em 2010, foram coletadas 13 mil doações de sangue em 136 campanhas externas com as unidades móveis. Até o mês passado, o saldo de doações foram de 10 bolsas de sangue em 98 campanhas externas. “Isso reforça a importância dessas ações para o estoque do hemocentro”, comentou, enfatizando que com apenas uma doação, o hemocentro atende até quatro pacientes adultos.

Neste mês, três campanhas externas com salas montadas estão programadas para doação de sangue e cadastro de doadores de medula óssea. Dia 20 aconteceu no Serviço Social da Indústria (Sesi), na travessa Quintino Bocaiúva, das 8h às 16h. Dia 26, entre 8h e 16h, será no Hospital Divina Providência, no município de Marituba. Dia 27, no Departamento de Trânsito do Pará (Detran/PA), das 8h às 16h.

Diante das dificuldades, Juciara convida antigos e novos doadores para restaurar o banco de sangue, qual sofre significativo impacto nas coletas diárias, que vai exigir o uso antecipado do tema da campanha de novembro: “Nosso banco precisa do seu depósito. Doe sangue e invista na vida”. "O Hemopa solicita mais investimentos na vida, aos doadores do Pará. O nosso banco nunca deixa de funcionar. Tem sempre alguém precisando de transfusão para sobreviver nos milhares de leitos hospitalares dos 218 hospitais espalhados no Estado", lembra a gerente.

Sangue

Podem doar sangue pessoas com boa saúde, idade entre 16 anos completos e 67 anos e peso acima de 50 kg. É necessário portar documento de identidade original e com foto. Não precisa estar em jejum. Com a doação são realizados exames para diversas doenças, entre elas a Aids, Sífilis, Doença de Chagas, Hepatites, HTLV I e II, além de tipagem sanguínea. O homem pode doar a cada dois meses e a mulher a cada três meses. O doador deve estar bem alimentado.

Medula óssea

Pode fazer cadastro de doação de medula óssea o homem ou mulher saudáveis e com faixa etária entre 18 e 55 anos. Necessário portar documento de identidade original e com foto.

Serviço

O Hemopa espera por você na travessa Padre Eutíquio, 2109. Funcionamento para coleta: de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 18h, e aos sábados das 7h30 às 17h. Mais informações: 08002808118.

Cervejas artesanais para todos os gostos

Belém ganha espaço na produção de venda do produto

Por: Cleide Magalhães

Foto 1: Carlos Borges

Reportagem especial publicada no jornal Amazônia, 23/10/2011

Apesar de as referências para se fazer cervejas especiais no país serem europeias, o Brasil não deixa a desejar para o mundo e Belém também começa a ganhar espaço na produção e comercialização de cervejas artesanais ou especiais, as quais não têm conservantes e são fabricadas de acordo com a Lei de Pureza Alemã, que data de 1.500 e determina apenas água, lúpulo, levedura e malte de cevada ou trigo nas suas fórmulas.

No ramos das cervejas, os números são astronômicos. Segundo dados recentes da revista Pequenas Empresas & Grandes Negócio, em 2010, o Brasil fabricou mais de 12 bilhões de litros. É o terceiro maior produtor do mundo. Perde somente para a China e Estados Unidos. As cervejas especiais representam 5% desse mercado.

Entre centenas de rótulos que circulam por aí, uma das novidades é a Bacuri Bier, que começou a ganhar eco no mercado de cervejas nacionais, já circula pelos bares de São Paulo e chegou às prateleiras de supermercados, quiosques, bares, empórios e lojas de bebidas de Belém. A cerveja, como seu nome já sinaliza, é regionalizada e tem aroma de bacuri, fruta típica da Amazônia, é clara, suave e seu teor alcoólico é o mais baixos entre as produzidas em Belém: 1,8%.

A Bacuri Bier, considerada como "Princesinha da Casa", é uma das seis cervejas artesanais fabricadas exclusivamente pela Amazon Bier, na
Estação das Docas, um dos principais pontos turísticos da cidade. Antes a cerveja sofisticada era servida como chope, mas o negócio se expandiu e passou a ser somente em garrafa long neck com 355 mililitros.

"Prezamos pela qualidade, nossa produção é artesanal e não industrial. Há três meses, engarrafamos a Amazon Forest e River, mas devido grande aceitação da Bacuri em forma de chope, principalmente pelos turistas internacionais e nacionais, e pela falta de espaço para manter a produção de todas as seis cervejas (as outras são a Black, Red e Weiss) na fábrica na Estação, decidimos mantê-la somente na garrafa e inseri-la no mercado com seu grande diferencial: o aroma da fruta. Pois, muitos brasileiros e estrangeiros não conhecem o bacuri e quem a conhece tem mais uma opção de sentir seu cheiro e gosto", disse Izair Traverssin, cervejeiro prático da Amazon Bier.

Izair Traverssin revela que a produção da cerveja é delicada e exige bastante atenção. "Por ser leve em graduação alcoólica e o bacuri ser um produto natural, o preparo requer dedicação e cuidados especiais. Por isso, temos adquirimos o fruto, o manipulamos e fazemos a higienização. Depois, o processo segue similar ao das outras cervejas: fermentação, maturação e filtração. Em seguida, são conservadas em tanques de aço inox com frio calibrado e servidas ao público", conta.

Todo o trabalho de produção da Bacuri Bier reflete ainda no seu preço. Na Estação das Docas, hoje, uma unidade custa R$ 6,30, porém no mercado de Belém está mais baixo. Até agosto deste ano, foram comercializados em torno de 3,5 mil litros de chope da Bacuri Bier. Durante o Círio de Nazaré, em outubro, quando a cidade recebe milhões visitantes, o consumo sobe para pelo menos 5 mil litros.

O mineiro Eustaquio Barbosa, 46 anos, esteve em Belém a negócios e aproveitou para experimentar a cerveja em um estande à disposição dos turistas na Estação. "Nunca tinha ouvido falar nessa cerveja. Achei um gosto diferente, meio adocicada, mas é gostosa. Conheço a fruta e na cerveja consigo identificar o cheiro e o gosto do bacuri. O preço não é tão acessível, mas vale a pena porque é exclusiva e especial. Engarrafada dá para levar para amigos e familiares conhecerem o produto que é diferenciado no mercado", disse.

Loja em Batista Campos tem 50 tipos especiais

O Empório Kami Sama, no bairro da Batista Campos, é um dos pontos em Belém que já conta com as cervejas paraenses especiais que chegaram ao mercado há cerca de três meses. As regionais dividem espaço na prateleira com mais de 50 tipos de cervejas nacionais e internacionais - o que há de melhor no mundo, com e sem teor alcoólico, que varia entre 1,8% e 14%, este apresenta três vezes menos teor alcoólico que um uísque de qualidade - para atender a gostos variados do público, que compra cerca de 10 mil litros por mês, no local. Os preços vão de R$ 5,50 (cerveja Stella, de origem Belga comercializada no Brasil) a R$ 42,50 (cerveja Amadeus, da França).

Fábio Começanha, proprietário do Empório, conta que já disponibilizou em sua loja mais de 100 rótulos de cervejas especiais, mas acabou reduzindo de acordo com a seleção e preferência de seus clientes e devido às altas taxas de impostos nos produtos. "As cervejas especiais ainda não atingem preços mais baixos no mercado de Belém devido aos tributos, que sã
o quase 55% do seu valor. Fazemos o pedido, o qual chega por meio de transporte rodoviário e leva quase 20 dias para a entrega. Se o transporte fosse aéreo, chegaria mais rápido, entretanto o preço fica elevado", informa.

Na prateleira do Empório, a decoração é feita com as próprias cervejas, várias taças e copos sendo um para cada tipo de cerveja. Fábio observa que produtos requintados precisam ser servidos seguindo a tradição de vários países - o que pode mudar bastante o
resultado da degustação. "Cada cerveja tem um copo específico e precisa estar gelado para ajudar na conservação e dar corpo para a cerveja. É essencial ainda sacudi-la antes de colocar no copo porque os sedimentos ficam concentrados no fundo da garrafa ou lata", orienta.

Bebidas pedem comidas; cervejeiros oferecem até pratos exóticos


Sem dúvida alguma, em um bar, as cervejas especiais inspiram a gastronomia. Por isso, as casas oferecem ainda cardápio especial e promoções. No Empório, há pratos exóticos como carnes de rã, coelho e javali, todas certificadas vindas de São Paulo. "Investir na venda de cervejas especiais é um negócio perigoso. É preciso ser criativo e buscar harmonia entre a venda de bebida e comida. Aqui, oferecemos pratos exclusivos para quem quer beliscar, almoçar ou jantar. São carnes de animais, pasteis e sanduíches", enumera Fábio.

Na Amazon Bier há vários pratos e linha de tira-gosto que combinam com o chope e cerveja especial. O espaço oferece ainda happy hour de segunda a quarta-feira, das 18h30 às 21h, que traz comida e bebida à vontade pelo valor fixo de R$ 33,00.

Dicas para apreciar bem

1 - Como servir


Como as cervejas são cremosas, não precisa inclinar o copo para evitar o colarinho. A espuma é amiga.

2 - Copos adequados

O copo bem longo é indicado para a cerveja de trigo, pois o ideal é servir o conteúdo todo de uma vez, já que o sedimento no final da garrafa faz parte da experiência. O resto é preciosismo atrelado ao marketing.

3 - Temperatura

Estupidamente gelada nem pensar. Isso mascara o sabor, o que é contraindicado para boas cervejas.

4 - Como guardar


Não beba assim que comprar. O ideal é evitar que ela fique chacoalhando. Deve ser guardada em pé na geladeira por ao menos um dia antes de consumir.

Atenção

Quanto maior o teor alcoólico, mais alta deve ser a temperatura de consumo.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Resistência: Seminário Mundial contra Belo Monte acontece em Altamira

Por: Comitê Xingu Vivo para Sempre

Seminário Mundial contra Belo Monte: “Territórios, ambiente e desenvolvimento na Amazônia: a luta contra os grandes projetos hidrelétricos na bacia do Xingu” - dias 25, 26 e 27 de outubro de 2011 – Altamira/Pará.

Belo Monte vai expulsar de seus lotes e residências mais de 50 mil pessoas; vai secar mais de 100 km do rio Xingu; impactar diretamente 04 comunidades indígenas e afetar mais de 15 mil indígenas; entregar no mínimo 30 bilhões para empreiteiras e amigos do governo; emitir toneladas de gás metano, gás 25 vezes mais impactante ao meio ambiente que o carbônico. Tudo isso para beneficiar mineradoras, indústrias do centro-sul do país e políticos de conduta muito questionável.

Diversas organizações, comunidades ribeirinhas, pescadores, indígenas, estudantes, sindicalistas, trabalhadores das zonas rurais e urbanas já bradaram em alto e bom som: não aceitaremos Belo Monte!

O Seminário Mundial contra Belo Monte é mais um momento de resistência. Sua construção entra na reta final.

Outros outubros sempre virão, porém, antes deste terminar, todos à Altamira, todos ao Xingu. Em defesa da floresta, dos rios e da vida.

LOCAL DO EVENTO

Ginásio da Paróquia Catedral

Endereço: Rua Coronel Jose Porfírio, 1322 – Bairro: Centro

Altamira – Pará - Brasil

INSCRIÇÃO

Pedimos que os participantes do Seminário contribuam com a quantia de R$15,00 para subsidiar a alimentação e demais gastos com a estrutura do Seminário. O pagamento deverá ser realizado no momento do credenciamento em Altamira.

FICHA DE PRÉ-INSCRIÇÃO

Nome completo:

Endereço Completo:

Cidade: UF: País:

Nº de Identidade:

Telefones:

E-mail:

Em caso de emergência, avisar (nome / telefone):

Participa de alguma entidade, grupo ou algum movimento social? Qual (is)?

Porque deseja participar do Seminário Mundial contra Belo Monte?

Alimentação Vegetariana? ( ) Sim ( ) Não

Usará camping? ( ) Sim ( ) Não

OBS: Envie os dados para: comitexinguvivo@hotmail.com

PROGRAMAÇÃO DO SEMINÁRIO MUNDIAL CONTRA BELO MONTE

1º DIA – 25.10.2011

Manhã

MESA DE ABERTURA: SAUDAÇÃO AOS PARTICIPANTES

PAINEL 1 - IMPACTOS DOS GRANDES PROJETOS HIDRELÉTRICOS NA AMAZÔNIA: A UHE BELO MONTE E SUAS CONSEQUÊNCIAS

Tarde

PAINEL 2 – VIOLAÇÃO DOS DIREITOS DOS POVOS DA AMAZÔNIA: A UHE BELO MONTE E SUAS CONSEQUENCIAS

Noite

PROGRAMAÇÃO CULTURAL

2º DIA – 26.10.2011

Manhã

OFICINAS TEMÁTICAS

MANIFESTAÇÃO PÚBLICA EM SINTONIA COM A AUDIENCIA NA CIDH/OEA

Tarde

GRUPOS DE TRABALHO: DEFINIR MOBILIZAÇÕES A PARTIR DA CONJUNTURA ATUAL

Noite

PROGRAMAÇÃO CULTURAL

3º DIA – 27.10.2011

Manhã

PLENÁRIA: RESULTADO DOS GRUPOS DE TRABALHO

Tarde

ENCAMINHAMENTOS DO SEMINÁRIO: CARTA DE ALTAMIRA.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

13º Salário NUNCA Existiu...

Vale a pena avaliar essa colocação.

13º Salário NUNCA Existiu...

Os trabalhadores ingleses recebem os ordenados semanalmente!

Mas há sempre uma razão para as coisas e os trabalhadores ingleses, membros de uma sociedade mais amadurecida e crítica do que a nossa, não fazem nada por acaso!

Ora bem, cá está um exemplo aritmético simples que não exige altos conhecimentos de Matemática, mas talvez necessite de conhecimentos médios de desmontagem de retórica enganosa.

Lembrando que o 13º no Brasil foi uma inovação de Getúlio Vargas, o “pai dos pobres” e que nenhum governo depois do dele mexeu nisso.

Porquê? Porque o 13º salário não existe.

13º salário é uma das mais escandalosas de todas as mentiras dos donos do poder, quer se
intitulem “capitalistas” ou “socialistas”, e é justamente aquela que os trabalhadores mais acreditam.

Suponhamos que você ganha R$ 700,00 por mês. Multiplicando-se esse salário por 12 meses, você recebe um total de R$ 8.400,00 por um ano de doze meses.

R$ 700,00 X 12 = R$ 8.400,00

Em Dezembro, o generoso governo manda
então pagar-lhe o conhecido 13º salário.

R$ 8.400,00 + 13º salário = R$ 9.100,00
R$ 8.400,00 (Salário anual)
+ R$ 700,00 (13º salário)
= R$ 9.100,00 (Salário anual mais o
13º salário)

... e o trabalhador vai para casa todo feliz com o governo que mandou o patrão pagar o 13º.

Façamos agora um rápido cálculo aritmético:

Se o trabalhador recebe R$ 700,00 mês e o mês tem 4 semanas, significa que ganha por semana R$ 175,00.

R$ 700,00 (Salário mensal)
dividido por 4 (semanas do mês)
= R$ 175,00 (Salário semanal)

O ano tem 52 semanas (confira no calendário se tens dúvida!). Se multiplicarmos R$ 175,00 (Salário semanal) por 52 (número de semanas anuais) o resultado será R$
9.100,00.

R$ 175,00 (Salário semanal) X 52 (número de semanas anuais) = R$ 9.100,00

O resultado acima é o mesmo valor do Salário anual mais o 13º salário

Surpresa!!

Onde está, portanto, o 13º Salário?

A resposta é que o governo, que faz as leis, lhe rouba uma parte do salário durante todo o ano, pela simples razão de que há meses com 30 dias, outros com 31 e também meses com
quatro ou cinco semanas (ainda assim, apesar de cinco semanas o governo só manda o patrão pagar quatro semanas) o salário é o mesmo tenha o mês 30 ou 31 dias, quatro ou cinco semanas.

No final do ano o generoso governo presenteia o trabalhador com um 13º salário, cujo dinheiro saiu do próprio bolso do trabalhador.

Se o governo retirar o 13º salário dos trabalhadores da função pública, o roubo é duplo.

Daí que não existe nenhum 13º salário.

O governo apenas manda o patrão devolver o que sorrateiramente foi tirado do salário anual.

Conclusão: Os Trabalhadores recebem oque já trabalharam e não um adicional.

13º NÃO É PRÊMIO, NEM GENTILEZA, NEM CONCESSÃO.

É SIMPLES PAGAMENTO PELO TEMPO TRABALHADO NO ANO!


TRABALHE PELA CIDADANIA!

CIRCULE ISSO!

Autor desconhecido.

Fotógrafos dividem experiências com público sobre a cobertura do Círio

Retratar uma experiência inesquecível através de imagens. Este é o objetivo de muitos profissionais que participam da cobertura do Círio de Nazaré, entre eles os fotojornalistas Ary Souza e Oswaldo Forte (que fez a fotografia ao lado). Há anos estes profissionais trabalham na cobertura da quadra nazarena e desta vez são convidados a participarem de um bate papo com o público, mediado pelo também fotógrafo Bob Menezes, um apaixonado pelas manifestações culturais. O encontro é neste sábado, 15, às 10 horas no Centro Cultural SESC Boulevard, em frente à Estação das Docas.

"Na Berlinda" é mais uma ação do projeto “Círio de Memórias”, que apresenta anualmente diferentes versões sobre a cultura do Círio, com o objetivo de estimular a prática da preservação e valorização da memória como bem cultural de responsabilidade coletiva.O bate papo com Ary Souza, Bob Menezes e Oswaldo Forte será aberto ao público do SESC Boulevard e tem entrada franca.


O evento acontecerá nesta sábado a partir das 10 horas. Para saber mais e acompanhar as atrações acesse o blog http://sescboulevard.blogspot.com/. A programação do SESC Boulevard acontece sempre de terça a domingo com entrada franca. O Centro Cultural SESC Boulevard fica localizado na Avenida Boulevard Castilho França, 522/523, em frente à Estação das Docas.

Serviço:

“Na Berlinda”, bate papo com Ary Souza, Bob Menezes e Oswaldo Forte.

Data: 15 de outubro de 2011

Horário: 10 horas

Local: Centro Cultural SESC Boulevard (Av. Boulevard Castilho França, 522/523)

Informações: (91) 3224-5654/5305 (Centro Cultural SESC Boulevard)

(91) 4005-9584/9587 (Assessoria de Comunicação do Sistema Fecomércio/SESC/SENAC-PA)

Outros contatos:

Twitter: @sescpa

Facebook: SESC Pará

Email: fecomercio.sesc.senac@gmail.com

ENTRADA FRANCA


quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Advogado defende o fim das estações na corda do Círio

Por: Cleide Magalhães

Reportagem publicada nos jornais O Liberal e Amazônia, 13/10/2011.

A corda é um dos maiores ícones da grande procissão e
Trasladação do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, em Belém. Puxada pelos promesseiros, ao longo de sua história, ela já sofreu algumas alterações e há sete anos deixou de ter formato em polígono e voltou a ser linear, seccionada por peças de alumínio, que deu origem a seis estações. Desde então o advogado Manoel Vitalino Martins busca fazer com que as estações sejam retiradas da corda do Círio, a qual tem 4
00 metros de comprimento.

Por meio de um documento intitulado "A Corda
do Círio - Corpos Estranhos", Manoel Martins apresenta argumentos contrários à permanência das estações na procissão. "As estações são absurdas e sem utilidade, porque atrapalham o fluxo e atrita com a massa humana. A procissão não anda melhor porque não há penetrabilidade, não é por falta de força. O projeto de criação das estações concebido se reportou a outro cenário e não ao do Círio de Nazaré. A finalidade era que as estações ajudassem a tracionar a corda, mas há diversas ocasiões na procissão em que a corda aparece folgada e ainda levantada pelos romeiros, os quais suspendem a própria esta

ção. Minha sugestão é retirá-las e deixar a corda linear, isso funciona melhor. Além disso, as estações tiram a estética e o sentido religioso do Círio, que deve ser de uma corrente humana, e pode até machucar pessoas", alerta.

Observação

Após 2004, quando as estações foram introduzidas na corda, o advogado conta que passou a acompanhar o Círio pela televisão para buscar avaliar melhor a situação. Na procissão do Círio deste ano, ele esteve pessoalmente em frente ao Clube do Remo, próximo ao colégio Santa Catarina, na avenida Nazaré, onde estava previsto o fim da corda e relata o que observou. "A corda do Círio não sobreviveu até a chegada ao colégio Santa Catarina e o problema com a estação foi o que previ. Era um transtorno, a primeira estação vinha sozinha porque a corda foi cortada antes, em frente ao colégio Nazaré, distante alguns metros antes do ponto estipulado pela organização da procissão", verifica.

O documento foi entregue em 1996 ao então arcebispo de Belém, Dom Vicente Zico, hoje arcebispo emérito da cidade; e, dia 06 de outubro deste ano, encaminhado ao atual arcebispo metropolitano, Dom Alberto Taveira. "Todo paraense deve zelar pelo Círio, porque ele é um patrimônio nosso. Tenho admiração, vejo a importância que a festa tem para muita gente e entendo que no formato linear da corda não deve haver corpos estranhos intercalados em seu caudal; sob pena de profunda e inadmissível deturpação de suas raízes históricas e essência religiosa. Espero que minha verificação seja levada em conta".

Corda

Promesseiros enfileirados puxam a corda, que faz a berlinda com a imagem da Sant
a se movimentar. Anteriormente amarrada à berlinda, a partir de 1999 ela passou a ser atrelada através de uma argola metálica. O atrelamento ocorre no Boulervard Castilhos França, 400 metros depois do início da procissão. Como são os promesseiros da corda que dão ritmo à procissão, em alguns anos ela precisou ser desatrelada antes do término da romaria para que o Círio pudesse seguir mais rapidamente. Até 2003, o formato da corda era de “U”, ou seja, as duas extremidades da corda eram atreladas à berlinda. A partir de 2004, por motivos de segurança, ganhou formato linear.

História

Durante a procissão de 1855, quando a berlinda ficou atolada por conta de uma grande chuva, a Diretoria da Festa teve a ideia de arranjar uma grande corda, emprestada às pressas de um comerciante, para que os fiéis puxassem a berlinda. A partir daí, os organizadores do Círio começaram a se prevenir, levando sempre uma corda durante a romaria. Mas só no ano de 1885, a corda foi oficializada no Círio, substituindo definitivamente os animais que puxavam a berlinda.

No Círio de 1926, o arcebispo Dom Irineu Jofilly suprimiu a corda do Círio, já que “não compreendia o comportamento na corda, onde homens e mulheres se empurravam em atitudes nada devotas”. A proibição gerou várias manifestações populares e políticas, mas chegou a durar cinco anos. Só em 1931, com intervenção pessoal de Magalhães Barata, então governador do Estado, a corda voltou a fazer parte do Círio.

Parque Ita é atração no Círio

Por: Cleide Magalhães

Reportagem Especial publicada no jornal Amazônia, dia 09/10/2011.


Há duas décadas, uma das tradições no Círio de Nazaré é o parque Ita, considerado um dos maiores parques de diversões do Brasil, instalado no Arraial de Nazaré, este ano oferece 22 brinquedos para atender ao público de todas as idades. O diretor de Recursos Econômicos Sociofilantrópico do Círio, Maurício Bitar, conta que direção da Festa de Nazaré busca sempre oferecer inovação, tecnologia e atrações no parque, e a orientação, por uma questão de segurança e prevenção, é não disponibilizar brinquedos radicais. Neste Círio, a expectativa da gerência do parque é atrair 190 mil pessoas. A movimentação deve ser maior neste final de semana.

O gerente do parque Ita, Geraldo Costa, conta que as novidades são a minhoquinha, para atender às crianças, e o cinema 5B, que fornece ao jovem e adulto uma viagem em cinco dimensões, com sessão que dura cerca de três minutos e tem nove poltronas, exclusivo para a Quadra Nazarena. “Belém foi a primeira cidade brasileira a receber o cinema. É uma promessa feita pelo Ita à diretoria do Círio, foi bem aceito e já é sucesso em apenas uma semana de funcionamento. Apesar de não ter os brinquedos radicais, o arraial é bonito, está cada vez melhor e sempre oferecemos algo novo com tecnologia de ponta para entreter a população de Belém no Círio”, disse.

Tradição

Os brinquedos mais procurados pelo público ainda são os tradicionais como a roda gigante, montanha russa e autopista. A autopista é um dos que mais atrai atenção dos três filhos de Rogildo Siqueira, estivador, e Joci Costa, doméstica. Eles moram na Marambaia e este ano já passaram pelo parque. “Viemos aqui mais para conhecer os brinquedos deste ano e avaliar os preços. Ficamos interessados de entrar no cinema 5D e levar as crianças em outros mais simples, mas deveremos retornar no final da Festa de Nazaré, porque os preços caem e fica mais barato para garantir a diversão de uma família grande como a nossa”, disse Rogildo.

Neste ano, a estudante do ensino médio, Nádja Barbosa, 19 anos, já esteve no parque Ita duas vezes. Ao final da aula, ela aproveita para dar uma volta pelo espaço para conhecer as novidades e promete voltar lá para ir no King Loop, que dá giros na horizontal e vertical. “Gosto de me divertir nos brinquedos em que o coração só falta sair pela boca. Nesse com certeza eu vou depois do Círio e junto com os amigos, porque é mais divertido”, alegra-se.

Valores

No parque Ita oito dos brinquedos custam R$ 5,00 e os demais R$ 6,00. O cinema 5D é R$ 10,00. O espaço está disponível ao público das 16h às 23h30, todos os dias até novembro deste ano. Está instalado no Arraial de Nazaré, próximo à Basílica.

Casa de Plácido acolhe romeiros do Círio de Nazaré

Por: Cleide Magalhães

Reportagem Especial publicada No jornal Amazônia, dia 09/10/2011.


Centenas de romeiros já foram atendidos na Casa de Plácido, na Praça Santuário, desde a noite de quarta, 05 de outubro, quando os primeiros fiéis de Nossa Senhora de Nazaré começaram a chegar para o Círio 2011, em Belém. João Santos, 52 anos, que veio de Castanhal para pagar uma promessa feita pedindo ajuda na saúde de seu filho, foi uma das pessoas recebidas no espaço. “A caminhada é longa, mas foi tranquila. Tudo vale a pena para retribuir a graça alcançada”, disse.

A Casa de Plácido foi inaugurada há dois anos com intuito de melhorar o atendimento dos romeiros, que são pessoas que vêm para o Círio caminhando pelas estradas do Estado pagando promessas. O local recebe ainda turistas que querem conhecer sobre a manifestação religiosa. A expectativa é que cerca de 10 mil romeiros sejam recebidos na Casa no Círio.

“Durante todo o mês do Círio é feito atendimento específico dos romeiros. Oferecemos atendimento médico, alimentação e descanso, sem que ele possa pernoitar, pois não dispomos de quartos e camas. Temos somente colchonetes para repousar por algum tempo e depois precisa ir, porque recebemos muita gente. Nos outros meses, oferecemos o espaço à realização de reuniões e palestras, para garantir renda e manter o local”, explica Jane Jacques, atendente na Casa de Plácido.

A casa sobrevive por doações de devotos e precisa, principalmente, de materiais de primeiros socorros, estoque de soro fisiológico, alimento e água mineral. O mineiro Lara Rezende, militar da reserva, 68 anos, distribuía alimentos aos romeiros pelas estradas há muitos anos e, pelo segundo ano consecutivo, passou a entregá-los na Casa de Plácido.

“No ano passado, trouxe carne e neste resolvi doar bananas e água mineral, porque minha filha é voluntária aqui e me disse que em 2010 faltaram esses produtos. Precisei parar de doar pelas estradas de Castanhal devido problemas de saúde, mas venho entregar aqui e não vou deixar de fazer, porque a Casa faz um trabalho bonito às pessoas que necessitam de apoio. Desde que cheguei no Pará, pedi para Nossa Senhora de Nazaré me abençoar, aqui obtive muitas graças e todos meus sonhos realizados: formei família e sou até bisavô”, reconhece.

Exposição

Na Casa de Plácido há exposições permanentes na Sala dos Milagres, onde estão centenas de ex-votos trazidos pelos romeiros como objetos de cera, de miriti, e outros. Há quadros que são artes de cartazes de alguns Círios. Entre eles, o mais antigo data de 1909.

O local é dividido no ambiente da enfermaria, sala de descanso e de massagem, 20 banheiros, refeitórios que comportam 200 pessoas e área para lavar os pés dos romeiros, mas no Círio os espaços são divididos para atender a todos.

“Não usamos mais bacias de plástico no lava pés. A novidade é uma rampa de inox, com água corrente onde o romeiro coloca os pés estando sentado em uma cadeira. Depois, entregamos a ele a toalha usada (que foi doada) para levar como lembrança de sua fé”, disse Margarida Teixeira, coordenadora do lava pés.

Os profissionais são da área da saúde e cozinha. Além da equipe de voluntariado que faz o acolhimento, distribui água, faz credenciamento, limpeza, enfim.

A casa não funciona no dia do Círio. Após o Círio, todos os finais de semana atende os romeiros que vem para outras romarias.

Os profissionais remunerados são da área da saúde e os que atuam na cozinha. Há ainda equipe de voluntariado, que faz o acolhimento, distribui água, faz credenciamento, limpeza, enfim.

Serviço


Casa de Plácido, mais informações pelo telefone: 91 - 3202 4860. Fica no Arraial de Nazaré, ao lado do Centro Social, em Belém.

Grupo Experimental de Ópera: “Cantores em Cena”

Nesta quarta, 13, e quinta, 14, tem o Grupo Experimental de Ópera: “Cantores em Cena”, com a ópera Bastião e Bastiana, de W.A.Mozart e livre adaptação em português, no novo Centro Cultural Sesc Boulevard, em frente à Estação das Docas ao lado da Antiga Capitania dos Portos. A entrada é franca. A recomendação é chegar uma hora antes. Fone: (91) 3224-5654.

Grupo

O grupo Experimental de Ópera "Cantores em Cena" é uma criação de Madalena Jorge Aliverti e artistas convidados, tem a honra de estrear seu primeiro espetáculo para o dia das crianças a livre adaptação da ópera Bastião e Bastiana de W.A.Mozart (Bastian unt Bastienne).

Bastião e Bastiana é a primeira ópera de W. A Mozart, escrita na idade de 12 anos. A história conta as desventuras do amor de dois jovens camponeses. Que adaptada pelo 'Grupo Experimental Cantores em Cena' trouxe a história para a amazônia, cantada em Português e adaptada para nossos costumes.

O amor entre 'Bastião e Bastiana' (jovens ribeirinhos), sofre um tumulto depois que Bastião resolve conhecer a cidade e acaba se encantando por uma moça. Bastiana, por sua vez, ao sentir-se só, abandonada e insegura por achar que perdeu seu amado Bastião, almeja reconquistar seu grande amor e recorre à ajuda do místico Colas.

Ficha Técnica

Madalena Jorge Aliverti (soprano)

Thaina Souza (soprano)

Maurício de Souza Jr (tenor)

Severo Almeida (tenor)

Diogo Monteiro (barítono)

Leandra Vital (piano)

Carimbó Tema (violão/sonoplastia/autor )

Edir Paes (bastião e bastiana)

Helena Medeiros e Sofia Vital (araras)

Madalena Jorge Aliverti (direção, tradução, costumes)

Verena Juliana, Edir Paes (produção)

Contatos com o grupo pelo telefone: 91 - 8118-2330/8148-9993.

6ª Mostra Cinema e Direitos Humanos chega a Belém

A Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul chega em sua sexta edição alcançando um sonho colocado desde a sua criação em 2006: estar presente nas 27 capitais brasileiras. Em Belém, o evento acontece de 19 a 30 de outubro, no Cine Líbero Luxardo, no Centur. A entrada é franca. As recém-chegadas cidades são Macapá, Vitória, Boa Vista, Campo Grande, Porto Velho, Florianópolis e Palmas vibraram por fazer parte da maior mostra de cinema do gênero no mundo.

Hoje, o evento nacional é possível em tais proporções pelo trabalho incansável de inúmeras pessoas, autoridades e anônimos, que acreditaram e acreditam que o fim das violações aos Direitos Humanos é uma meta a ser perseguida, principalmente com ações de promoção e divulgação das garantias e direitos fundamentais de nosso povo, numa verdadeira estratégia de formação de uma massa crítica dona de seu próprio destino.

Continua em http://www.cinedireitoshumanos.org.br/2011/html/apresentacao.html


Programação Belém

19/10 - QUARTA-FEIRA

19h

Sessão de Abertura
DOCE DE COCO - Allan Deberton (Brasil, 20 min, 2010, fic).
TEMPO DE CRIANÇA - Wagner Novais (Brasil, 12 min, 2010, fic).
MÁSCARA NEGRA - Rene Brasil (Brasil, 15 min, 2010, fic).
Classificação indicativa: 14 anos

20/10 - QUINTA-FEIRA

17h
TEMPO DE CRIANÇA - Wagner Novais (Brasil, 12 min, 2010, fic).
ARQUITETOS DA NATUREZA - Cléa Lúcia (Peru/ Brasil, 25min, 2011, doc).
TAVA - PARAGUAI TERRA ADENTRO - Lucas Keese/ Lucía Martin/ Mariela Vilchez (Argentina/ Brasil/ Paraguai, 70 min, 2011, doc).
Classificação indicativa: 10 anos

19h
BALA PERDIDA - Maurício Durán Blacut (Bolívia, 52 min, 2010, doc).
NO FUTURO - Mauro Andrizzi (Argentina, 60min, 2010, fic).
Classificação indicativa: 10 anos

21/10 - SEXTA-FEIRA

17h
ORQUESTRA DO SOM CEGO - Lucas Gervilla (Brasil, 13 min, 2010, doc).
POLIAMOR - José Agripino (Brasil, 15 min, 2010, doc).
CAMPONESES DO ARAGUAIA - GUERRILHA VISTA POR DENTRO - Vandré Fernandes (Brasil, 73 min, 2010, doc).
Classificação indicativa: 10 anos

19h
ARAGUAYA - A CONSPIRAÇÃO DO SILÊNCIO - Ronaldo Duque (Brasil, 105 min, 2005, fic).
Classificação indicativa: 12 anos

22/10 - SÁBADO

15h
DOCE DE COCO - Allan Deberton (Brasil, 20 min, 2010, fic).
CORTINA DE FUMAÇA - Rodrigo Mac Niven (Brasil, 88 min, 2010, doc).
Classificação indicativa: 12 anos

17h
CABRA CEGA - Toni Venturi (Brasil, 107 min, 2005, fic).
Classificação indicativa: 14 anos

19h
BICHO DE SETE CABEÇAS - Laís Bodanzky (Brasil, 74 min, 2000, fic).
Classificação indicativa: 14 anos

21h
CENTRAL DO BRASIL - Walter Salles (Brasil, 112 min, 1998, fic).
Classificação indicativa: 16 anos

23/10 - DOMINGO

15h
SOBRA UMA LEI - Daiana Di Candia/ Denisse Legrand (Uruguai, 36 min, 2011, doc).
PEQUENAS VOZES - Óscar Andrade e Jairo Eduardo Carrillo (Colômbia, 76 min, 2010, doc).
Classificação indicativa: 10 anos

17h
CHUVAS DE VERÃO - Carlos Diegues (Brasil, 93 min, 1977, fic).
Classificação indicativa: 16 anos

19h
MORANGO E CHOCOLATE - Tomás Gutiérrez Alea/ Juan Carlos Tabío (Cuba/ México, 110 min, 1993, fic).
Classificação indicativa: 14 anos

26/10 - QUARTA-FEIRA

17h

Sessão de Audiodescrição
DOCE DE COCO - Allan Deberton (Brasil, 20 min, 2010, fic).
TEMPO DE CRIANÇA - Wagner Novais (Brasil, 12 min, 2010, fic).
MÁSCARA NEGRA - Rene Brasil (Brasil, 15 min, 2010, fic).
A GRANDE VIAGEM - Caroline Fioratti (Brasil, 15 min, 2011, fic).
GAROTO BARBA - Christopher Faust (Brasil, 14 min, 2010, fic).
O PLANTADOR DE QUIABOS - Coletivo Santa Madeira (Brasil, 15 min, 2010, fic).
Classificação indicativa: 14 anos

19h
GAROTO BARBA - Christopher Faust (Brasil, 14 min, 2010, fic).
ASSUNTO DE FAMÍLIA - Caru Alves de Souza (Brasil, 13 min, 2011, fic).
COPA VIDIGAL - Luciano Vidigal (Brasil, 75 min, 2010, doc).
Classificação indicativa: 12 anos

27/10 - QUINTA-FEIRA

17h

Sessão Audiodescrição
DIÁRIO DE UMA BUSCA - Flávia Castro (Brasil/ França, 105 min, 2010, doc).
Classificação indicativa: 10 anos

19h
D.O.R - Leandro Goddinho (Brasil, 4 min, 2010, doc).
SILÊNCIO 63 - Fábio Nascimento (Brasil , 23 min, 2011, doc).
E A TERRA SE FEZ VERBO - Erika Bauer (Brasil, 77 min, 2011, doc).
Classificação indicativa: 12 anos

28/10 - SEXTA-FEIRA

17h
A GRANDE VIAGEM - Caroline Fioratti (Brasil, 15 min, 2011, fic).
AVÓS - Carla Valencia Dávila (Equador/ Chile, 93 min, 2010, doc).
Classificação indicativa: Livre

19h
CAFÉ AURORA - Pablo Polo (Brasil, 19 min, 2010, fic).
CONFISSÕES - Gualberto Ferrari (Argentina/ Brasil/ França, 90 min, 2011, doc).
Classificação indicativa: Livre

29/10 - SÁBADO

15h
BARRAS E BARREIRAS, RETRATO DE KELLY ALVES - Riccardo Migliore (Brasil, 38 min, 2011, doc).
QUATRO LITROS POR TONEL - Belimar Román Rojas (Argentina/ Venezuela, 70 min, 2010, doc).
Classificação indicativa: 12 anos

17h
DO OUTRO LADO DO MURO - Eleonora Menutti (Argentina, 12 min, 2010, doc).
ENTRE VÃOS - Luísa Caetano (Brasil, 20 min, 2010, doc).
VOCACIONAL, UMA AVENTURA HUMANA - Toni Venturi (Brasil, 77 min, 2011, doc).
Classificação indicativa: Livre

19h
DAMA DO PEIXOTO - Allan Ribeiro/ Douglas Soares (Brasil, 11 min, 2011, doc).
QUEM SE IMPORTA - Mara Mourão (Brasil, 96 min, 2011, doc).
Classificação indicativa: 10 anos

21h
A TERRA A GASTAR - Cássia Mary Itamoto/ Celina Kurihara (Brasil, 6 min, 2009, animação).
OS INQUILINOS (OS INCOMODADOS QUE SE MUDEM) - Sérgio Bianchi (Brasil, 103 min, 2010, fic).
Classificação indicativa: 14 anos

30/10 - DOMINGO

15h
ACERCADACANA - Felipe Peres Calheiros (Brasil, 20 min, 2010, doc).
A OCUPAÇÃO - Angus Gibson/ Miguel Salazar (Colômbia/ EUA/ França, 88 min, 2011, doc).
Classificação indicativa: 12 anos

17h
O PLANTADOR DE QUIABOS - Coletivo Santa Madeira (Brasil, 15 min, 2010, fic).
MÁSCARA NEGRA - Rene Brasil (Brasil, 15 min, 2010, fic).
UMA NOVA DANÇA - Nicolás Lasnibat (Chile/ França, 23 min, 2010, fic).
Classificação indicativa: 14 anos

19h
GRAFFITI QUE MEXE - Coletivo Graffiti com Pipoca (Brasil, 13 min, 2011, animação).
LICURI SURF - Guilherme Martins (Brasil, 15 min, 2011, doc).
CÉU SEM ETERNIDADE - Eliane Caffé (Brasil, 70 min, 2011, doc).
Classificação indicativa: 10 anos

Cine Líbero Luxardo / CENTUR
90 lugares
Av. Gentil Bittencourt, 650 - Nazaré
(91) 3202-4321
ENTRADA FRANCA

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Associação apresenta documentário sobre o rio Xingu

Nesta quarta, 12 de outubro, às 19h, a Associação Brasileira de Documentaristas e Curtametragistas do Pará apresenta o documentário "A Margem do Xingu - Vozes Não Consideradas", com 90 minutos de duração, vencedor do prêmio de "Melhor Documentário" (Júri Popular) do Festival de Cinema de Paulínia 2011. O evento documentário tem direção de Damiá Puig e fotografia do paraense Bruno Assis.

Depois da sessão, que acontece no Sesc Boulevard, na Boulevard Castilho França, em frente à Estação das Docas, haverá debate com a equipe de produção do filme, incluindo o diretor e um representante do Ministério Público Federal. Estará também a equipe do programa Curta Doc, que veio a Belém especialmente para gravar depoimentos dos cineastas, produtores e realizadores paraenses.


O programa CurtaDoc é uma janela para exibição de documentários em formato curta-metragem. A série produzida pela Contraponto, em Florianópolis, desde 2009 tem exibição semanal no SESCTV. Na primeira temporada foram produzidos 37 programas temáticos de 52 minutos cada e nesta segunda edição serão 52 episódios.

Para conhecer um pouco mais sobre o projeto Curta Doc e seu acervo on-line, acesse o site http://www.blogger.com/www.curtadoc.tv.


Sinopse “A Margem do Xingu”


"Em viagem pelo rio Xingu encontramos inúmeras pessoas, moradores de toda uma vida, que serão atingidos pela possível construção da hidrelétrica de Belo Monte. Relatos de ribeirinhos, indígenas, agricultores, habitantes da região de Altamira na Amazônia, assim como especialistas da área compõem parte deste complexo quebra-cabeça. São reflexões sobre o passado obscuro deste polêmico projeto e que elucidam o futuro incerto da região e destas pessoas às margens do Xingu".

Teaser:
http://www.vimeo.com/24443990