quinta-feira, 14 de julho de 2011

Musicoterapia ajuda na melhoria da qualidade de vida

Por: Cleide Magalhães

Criado há 25 anos, o projeto "Comunicação em outro tom", que atende pessoas especias ou não, traz nova roupagem: a musicoterapia. "É um aprendizado do instrumento como objeto de desenvolvimento à concentração, percepção e autoestima", explica Reginaldo Cruz, professor de educação física e idealizador do projeto.

O projeto acontece no Umarizal, em Belém, e já atendeu cerca de três mil pessoas, entre crianças, jovens, adultos e idosos, que recebem orientações individualizadas sobre instrumentos de todos os estilos musicais. A aula acontece uma ou duas vezes por semana. No caso dos alunos especiais, depois de receberem alguns ensinamentos eles são integrados aos demais participantes, eis aí um dos aspectos de inclusão social incubido no projeto.

O trabalho é também acompanhado pela equipe multidisciplinar que já atende o especial e o método utilizado é o feedback, que "faz a resposta do que o aluno tem de cognitivo para oferecer ao professor. A participação da família é importante para que o trabalho seja mais coeso. Por isso, é fundamental que ela acompanhe o especial porque ajuda no seu melhor desenvolvimento", afirma Reginaldo.

Além da musicoterapia, "Comunicação em outro tom" oferece musicosofia, que é a forma de como se escutar a melodia; bateroterapia, a qual envolve o ritmo, trabalha a coordenação motora fina e global como aprendizado de instrumento e terapia; cantoterapia, que oferece aulas de canto que ajuda a relaxar e musicologoterapia, cuja a música é adaptada para o bem-estar da pessoa. "A musicologoterapia pode também ajudar a trabalhar o bullying nas escolas, porque contribuiu para melhorar a autoestima do aluno, que passa a sair da rotina melhorando o aprendizado e concentração", disse Reginaldo, que é doutor em regência.

O arquiteto Maurício Toscana, 35 anos, é um dos alunos do projeto. Neste mês, ele teve sua primeira aula de bateroterapia e conta que procurou o curso porque quer aprender a tocar bateria e melhorar o estresse do cotidiano. "Quero aprender a tocar por hobby e ajudar a diminuir a tensão. O método individual dá retorno mais rápido e satisfatório. Eu nunca toquei nada, e me surpreendi ao tocar seis músicas na primeira aula. Voltei para casa animado, mais concentrado e com ânimo para fazer outras coisas".

Mais informações sobre o projeto "Comunicação em outro tom", ligue: 91 - 3222 1501/ 9603 6015.

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