Audiovisual, Arte e Cultura
"Carnaval Atlântida" foi uma produção que marcou a história da companhia. Dirigida por José Carlos Burle em 1952, "Carnaval Atlântida" é uma paródia sobre a própria chanchada, definindo-a como opção num país em que a superprodução é inviável. A história gira em torno de uma produtora de filmes que quer fazer um longa-metragem sobre a guerra de troia.
A produção de "Carnaval Atlântida" foi um grande sucesso que desencadeou uma série de outros filmes já montados sobre a fórmula da nova fase da chanchada. Recursos técnicos elaborados, personagens com características bem definidas, o aproveitamento de atores em alta cotação entre o público, e, principalmente, a sátira, como elemento condutor da trama.
Surgiram então obras-primas do cinema brasileiro, "Nem Sansão nem Dalila" (1954) e "Matar ou Correr" (1954), obras que apresentam uma visão política muito sofisticada, satirizando o governo getulista ao mesmo tempo que parodiam superproduções americanas, "Sansão e Dalila" de Cecil B. de Mille e "Matar ou Morrer", de Fred Zinnemann.
Outra grande surpresa desta fase da Atlântida foi a descoberta de Carlos Manga, que dirigiu justamente as paródias brasileiras com extremo bom senso. Na verdade, Manga era praticamente um iniciante quando teve a oportunidade de dirigir trabalhos tão sérios. Mas havia sido indicado por Cyll Farney, e, tendo participado de várias produções anteriores nas mais diversas funções, confiaram-lhe a que faltava, diretor.
Logo após a exibição, haverá debate para discutir o carnaval em Belém: os blocos, os bailes de salão e as escolas de samba.
Serviço - Segunda sessão Cine Na memória, dia 28 de janeiro de 2010, às 19h, no mini-auditório do Museu de Arte Sacra, na rua Padre Champagnat, s/n, Cidade Velha). ENTRADA FRANCA.
Texto: Divulgação.
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