quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Ato protesta construção de Belo Monte

Meio Ambiente e Cidadania

O Diretório Central dos Estudantes (DCE), da Universidade Federal do Pará (UFPA),
organiza, no próximo dia 11, manifestação em protesto à construção da Usina Hidrelétrica (UHE) de Belo Monte, no rio Xingu, sudoeste do Pará. Um ato, que terá concentração às 9h, no terceiro portão da UFPA, percorrerá deste até a sede da Eletronorte, na avenida Perimetral.

Ainda na segunda-feira (07/12), às 18h, na sede do Instituto Universidade Popular (Unipop), na avenida Senador Lemos, 557, no Umarizal, haverá mais uma reunião do Comitê Metropolitano Xingu Vivo para Sempre para articular a construção do ato em Belém. "Na defesa de soluções sustentáveis, por meio de energias renováveis, que não polui o meio ambiente e nem causa impactos ambientais, e em defesa da vida da população originária da região do Xingu e dos povos tradicionais, chamamos os movimentos sociais e a população em geral a se somar na luta pela vida e contra a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte", convida Anderson Castro, coordenador geral do DCE.

O indicativo do ato aconteceu depois do debate aberto que discutiu a problemática no último dia 17, à tarde, no Centro de Convenções da UFPA. Compuseram a mesa de discussão Dion Monteiro, do Comitê Metropolitano Xingu Vivo Para Sempre, e Nirvea Ravena, do Comitê de Especialista do Núcleo de Altos Estudos da Amazônia da UFPA (Naea).

Anderson avalia o debate de forma positiva. “Quem esteve presente pode ter acesso a estudos ao histórico de tentativa de construção da Usina, aos impactos ambientais que Belo Monte que trará aos povos indígenas, ribeirinhos e populações tradicionais que vivem ao entorno do rio Xingu. Os dados técnicos contrapõem os Estudos de Impactos Ambientais (EIA) apresentados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). São informações fundamentais que reforçam a importância de estarmos nos contrapondo à construção dessa e de qualquer outra barragem. Agora é correr contra o tempo para barrar a construção de Belo Monte a favor da vida do Rio Xingu e dos povos que ali habitam”, alerta.

Embora a grande mídia não tenha aberto espaço como deveria para tratar sobre o assunto (o que garantiria ainda mais a possibilidade de a sociedade debater a questão que é complicada e séria), participaram do evento 80 pessoas das áreas de Oceanografia, Turismo, Direito, Biotecnologia, Ciências Sociais, Jornalismo, Pedagogia, História, Física, Artes Visuais, Farmácia, Meteorologia, Biologia, Química, Engenharia Civil, Geografia, Arquivologia, Engenharia Florestal da UFRA e um grupo de jovens do bairro da Terra Firme.

Texto: Cleide Magalhães, com informações de Anderson Castro, coordenador geral do DCE da UFPA.
Foto: Marquinho Mota, assessor de comunicação do Fórum da Amazônia Oriental (FAOR).

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