Propagandas para TV e rádio, além de peças gráficas, alertam os consumidores para a importância de saber a origem da carne que se consome
Qual a origem da carne que eu consumo? Desmata a Amazônia? Foi produzida com trabalho escravo? Foi temperada com lavagem de dinheiro?, pergunta o MPF em algumas das peças gráficas que começam a circular hoje (01/06). Tudo para despertar nos consumidores a reflexão sobre os problemas ambientais, trabalhistas e sociais associados à criação de gado.
A campanha Carne Legal quer chamar a sociedade brasileira a refletir e a impulsionar supermercados, frigoríficos e pecuaristas, mas também as instituições do governo, para que a informação sobre a origem da carne esteja disponível para todos no momento da venda. Até agora, apesar dos avanços obtidos, essa informação é encontrada apenas em alguns pontos de comercialização.
O trabalho tem o apoio do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor e da Repórter Brasil, organização que trabalha para a erradicação do trabalho escravo. As duas instituições vão ajudar a disseminar a preocupação com a sustentabilidade da pecuária entre os consumidores.
Além das peças gráficas, foram produzidos três filmetes de 30 segundos para veiculação na televisão e três spots para rádio, nos quais é evidenciada a relação entre carne, fazendas ilegais, desmatamento, trabalho escravo e lavagem de dinheiro. (as peças estão disponíveis para download no site www.carnelegal.mpf.gov.br). A Carne Legal também vai estar no twitter (www.twitter.com/carnelegal) e no YouTube.
A ideia de buscar o esclarecimento direto dos consumidores sobre as consequências da falta de informações sobre a origem da carne começou a ser debatida pelo MPF em 2009, após a assinatura, no Pará, dos acordos pela pecuária sustentável, pelos quais os frigoríficos se obrigaram a exigir cuidado socioambiental de seus fornecedores.
O trabalho no Pará, quinto maior rebanho do país, foi apenas o início. Recentemente, no Mato Grosso, maior produtor de gado do Brasil, o MPF também conseguiu entrar em acordo com dois frigoríficos, o Independência e o Marfrig, ambos agora parceiros na briga para que a atividade pecuária deixe de representar risco ambiental na Amazônia.
Procuradoria da República no Pará/Assessoria de Comunicação.
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