terça-feira, 6 de outubro de 2009

Grupo Verbus estreia novo espetáculo com mudanças estruturais

Arte e Cultura

Seis meses depois da última temporada, depois da partida de três integrantes: Landa de Mendonça, Stéfano Paixão e Thales Branche, que foram desenvolver projetos em outros estados, o Grupo Verbus – A poesia se fez carne, agora, somente com Armando Mendonça, Carlos Vera Cruz e Felipe Cordeiro, convida cinco artistas paraenses: Ana Nunes, Luiza Braga, Adelaide Teixeira, Raquel Leão e Gláfira Lobo, para integrarem seu novo espetáculo: Clichê Maldito.

A mudança também é visível na própria temática. Se antes o grupo personificava poetas e compositores brasileiros a cantar a vida com uma pitada de boêmia; dessa vez, personifica a poesia maldita e a poesia marginal. Com obras que vão desde Rimbaud, Artaud e Baudelaire, passando por Augusto dos Anjos, Ferreira Goulart, Paulo Leminsk, Caio Fernando Abreu, até chegar à poesia urbana de Belém, com Pedro Viana, Dand M. e Edyr Augusto Proença, dentre outros autores.

Dessa vez, Verbus não se limita somente à poesia, ampliando o leque de possibilidades dramatúrgicas a trechos de contos, romances e até mesmo peças, como no caso de Hamlet de Shakespeare. Sempre embalados pela música.

Outro diferencial de Clichê Maldito é o repertório. O grupo procurou não só selecionar o que há de maldito dentro da música popular brasileira, mas também resignificar músicas nas quais identificava temática ou atitude maldita. Para Verbus, Asa Branca, do imortal Luiz Gonzaga, também pode ser maldita.

Divido em blocos, o espetáculo traz à tona temas como o Existencialismo, Revolta e Luta, Sexo e Fazer Marginal. No entanto, o espetáculo não deixa de cantar a vida e a poesia em momento algum, como é característica do Verbus. O próprio uso da palavra “clichê” no título já desmistifica a concepção do sombrio nessa montagem, que não se prende a figurinos e interpretações nebulosas, o que corriqueiramente é associado a esse tipo de poesia. Nesse espetáculo, o Maldito e o Marginal estarão personificados na poesia, na música, no que se é falado e cantado, e não em estereótipos.

Com direção musical de Felipe Cordeiro e direção cênica de Carlos Vera Cruz, Verbus – Clichê Maldito faz sua pré-estréia dia 09 de outubro, às 21 h no Teatro da Paz, abrindo o show do cantor e compositor Paulinho Moska. E a partir do dia 14 do mesmo mês, entra em temporada no Boteco São Matheus, todas as quartas até o final de novembro.

E para quem quiser matar a saudade dos integrantes Landa, Thales e Stéfano, poderá adquirir o primeiro DVD do grupo com o espetáculo “Sobre o Amor”, uma parceria com a Produtora Multi AB e o selo Ná Music, a ser lançado no dia 07 de outubro, também no Boteco São Matheus, em Belém.

Agora, fica a curiosidade no ar para rever Verbus em sua nova versão.

Sobre o grupo
- Composto agora somente pelo ator Carlos Vera Cruz e pelos músicos Armando Mendonça e Felipe Cordeiro, o Grupo “Verbus A poesia se fez carne” é a corporificação da poesia. Com quase dois anos de criação, Verbus apresenta uma proposta poético-musical em que atores e músicos interpretam e cantam poesias, num confronto de estilos e períodos diferentes. E assim, a cada espetáculo o grupo dialoga poesia e música de forma bastante peculiar e intimista, o que permite a cada artista o empréstimo do seu “eu-lírico” à poesia, e conseqüentemente, a multiplicação das interpretações, dos poetas e das obras.

Contatos e Informações:

Fone: (91) 9184-6772
grupoverbus@gmail.com
Visite: http://www.verbus.blogspot.com/
Siga: http://twitter.com/grupoverbus

Texto e foto: Divulgação.

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