domingo, 20 de maio de 2012

UFPA negocia cooperação internacional com 35 universidades dos EUA


Por Cleide Magalhães

A Universidade Federal do Pará (UFPA) tem a possibilidade de realizar cooperação internacional com mais 35 universidades americanas, as quais assinaram este ano nos Estados Unidos, convênio com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), por meio Programa Ciências Sem Fronteiras, do Governo Federal. A iniciativa prevê a utilização de até 101 mil bolsas em quatro anos para promover intercâmbio entre alunos brasileiros de graduação e pós-graduação. Até agosto deste ano, 40 estudantes da UFPA vão vivenciar a experiência. A assinatura do convênio foi resultado da visita que a presidente Dilma Rousseff fez, em abril deste ano, ao país norte-americano em missão de expandir as relações do governo brasileiro.

A presidente estava acompanhada do reitor da UFPA, Carlos Maneschy, o qual fez parte de uma comitiva que contava ainda com a presença de representantes das Universidades Federais de Santa Catarina, Ouro Preto, Goiás e do Ceará. Delegações das agências de fomento e institutos de pesquisa também integraram a comitiva, que discutira possibilidades de interação nas áreas de Ciência, Tecnologia, Educação e Negócios com o país anfitrião.

Ciência sem Fronteiras é um programa que busca promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional. O projeto prevê a utilização de até 101 mil bolsas em quatro anos para promover intercâmbio, de forma que alunos de graduação e pós-graduação façam estágio no exterior com a finalidade de manter contato com sistemas educacionais competitivos em relação à tecnologia e inovação. 

Além disso, busca atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar no Brasil ou estabelecer parcerias com os pesquisadores brasileiros nas áreas prioritárias definidas no Programa, bem como criar oportunidade para que pesquisadores de empresas recebam treinamento especializado no exterior. Segundo o reitor Carlos Maneschy, por meio do edital do Programa Ciência sem Fronteiras, hoje seis alunos de graduação da UFPA já realizam o intercâmbio. A partir de agosto deste ano, serão mais 34. A maior parte deles acontece nos Estados Unidos, em especial nas áreas de biologia, socioeconômica e engenharia.

"Não temos quantidade exata de alunos para intercâmbio. A meta é fazer com que a cooperação internacional seja presente e permanente na UFPA. Nossas ações não implicam em recursos da UFPA, pois se tratam também de apoio de fontes parceiras como o Santander e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Queremos aproveitar o holofote que o mundo coloca sobre a Amazônia para beneficiar nossa comunidade e o foco maior é o aluno de graduação. Que a cooperação internacional seja um elemento presente e estimulador na vida dos estudantes, porque a experiência acumulada pode ser aplicada como um elemento transformador e ser incorporada nos nossos processos pedagógicos e de ensino", ressalta o reitor.

Nos últimos cinco anos, a UFPA tem ampliado seus resultados em termos de oferta de vagas. De 2011 a 2012, foram abertas 2,5 mil novas em curso de graduação. Hoje são 29 programas de curso de doutorado. Há dois anos eram 18 - um acréscimo de quase 40%. Por meio das outras parcerias, a universidade tem mais de 100 alunos com experiência de cooperação internacional em 2011. "Foi um salto em termos histórico na UFPA, porque muitas relações internacionais que foram feitas aqui estavam  isoladas e restritas a relações de pesquisadores". 

Para saber mais sobre as possibilidades de relações de cooperação internacional, acesse o site www.portal.ufpa.br, entre no link "Pró-Reitorias", e clique em Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesp), Pró-Reitoria de Extensão (Proex) e Pró-Reitoria de Relações Internacionais (Prointer).

Reportagem publicada em O Liberal e Amazônia, 20/04/2012.

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