Por Cleide
Magalhães
A Universidade
Federal do Pará (UFPA) tem a possibilidade de realizar cooperação internacional
com mais 35 universidades americanas, as quais assinaram este ano nos Estados
Unidos, convênio com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(Capes), por meio Programa Ciências Sem Fronteiras, do Governo Federal. A
iniciativa prevê a utilização de até 101 mil bolsas em quatro anos para
promover intercâmbio entre alunos brasileiros de graduação e pós-graduação. Até
agosto deste ano, 40 estudantes da UFPA vão vivenciar a experiência. A
assinatura do convênio foi resultado da visita que a presidente Dilma Rousseff
fez, em abril deste ano, ao país norte-americano em missão de expandir as
relações do governo brasileiro.
A presidente
estava acompanhada do reitor da UFPA, Carlos Maneschy, o qual fez parte de uma
comitiva que contava ainda com a presença de representantes das Universidades
Federais de Santa Catarina, Ouro Preto, Goiás e do Ceará. Delegações das
agências de fomento e institutos de pesquisa também integraram a comitiva, que
discutira possibilidades de interação nas áreas de Ciência, Tecnologia,
Educação e Negócios com o país anfitrião.
Ciência sem
Fronteiras é um programa que busca promover a consolidação, expansão e
internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade
brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional. O projeto
prevê a utilização de até 101 mil bolsas em quatro anos para promover
intercâmbio, de forma que alunos de graduação e pós-graduação façam estágio no
exterior com a finalidade de manter contato com sistemas educacionais
competitivos em relação à tecnologia e inovação.
Além disso,
busca atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar no Brasil ou
estabelecer parcerias com os pesquisadores brasileiros nas áreas prioritárias
definidas no Programa, bem como criar oportunidade para que pesquisadores de
empresas recebam treinamento especializado no exterior. Segundo o reitor Carlos
Maneschy, por meio do edital do Programa Ciência sem Fronteiras, hoje seis
alunos de graduação da UFPA já realizam o intercâmbio. A partir de agosto deste
ano, serão mais 34. A maior parte deles acontece nos Estados Unidos, em
especial nas áreas de biologia, socioeconômica e engenharia.
"Não temos
quantidade exata de alunos para intercâmbio. A meta é fazer com que a
cooperação internacional seja presente e permanente na UFPA. Nossas ações não
implicam em recursos da UFPA, pois se tratam também de apoio de fontes
parceiras como o Santander e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq). Queremos aproveitar o holofote que o mundo coloca sobre a
Amazônia para beneficiar nossa comunidade e o foco maior é o aluno de
graduação. Que a cooperação internacional seja um elemento presente e
estimulador na vida dos estudantes, porque a experiência acumulada pode ser
aplicada como um elemento transformador e ser incorporada nos nossos processos
pedagógicos e de ensino", ressalta o reitor.
Nos últimos
cinco anos, a UFPA tem ampliado seus resultados em termos de oferta de vagas.
De 2011 a 2012, foram abertas 2,5 mil novas em curso de graduação. Hoje são 29
programas de curso de doutorado. Há dois anos eram 18 - um acréscimo de quase
40%. Por meio das outras parcerias, a universidade tem mais de 100 alunos com
experiência de cooperação internacional em 2011. "Foi um salto em termos
histórico na UFPA, porque muitas relações internacionais que foram feitas aqui
estavam isoladas e restritas a relações de pesquisadores".
Para saber mais
sobre as possibilidades de relações de cooperação internacional, acesse o site www.portal.ufpa.br,
entre no link "Pró-Reitorias", e clique em Pró-Reitoria de Pesquisa e
Pós-Graduação (Propesp), Pró-Reitoria de Extensão (Proex) e Pró-Reitoria de
Relações Internacionais (Prointer).
Reportagem publicada em O Liberal e Amazônia, 20/04/2012.
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