quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Campanha reivindica 10% do PIB nacional à educação pública já!

Estou envolvida na campanha brasileira que traz como slogan “10% do PIB nacional para a educação pública já!”. Hoje, o país aplica em torno de 4,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação em todos os níveis e setores públicos e privados, embora esteja previsto 7% no Plano Nacional de Educação (PNE), que vigorou de 2001 a 2010. Para o novo PNE, entidades indicam que os investimentos implicam ser, no mínimo, 10% do PIB nacional. A falta de investimento se reflete ainda nas condições de ensino, na infraestrutura precária das escolas, nos salários baixos dos trabalhadores e nos mais de 14 milhões de analfabetos totais e 29,5 milhões de analfabetos funcionais. Mais informações sobre a campanha, visitem os sites www.dezporcentoja.blogspot.com e www.adufpa.org.br

Juiz decide sobre a greve dos professores no Pará

Por: Cleide Magalhães
Reportagem publicada no jornal Amazônia, 03/11/2011.

O juiz da Vara da Fazenda Pública de Belém, Elder Lisboa, sentencia nesta sexta, 04, se a greve dos professores estaduais é abusiva e se o desconto dos dias parados, iniciado pelo Governo do Estado atingindo cerca de 10 escolas em Belém, é legal. Nesta aquinta, 03, o Ministério Público do Estado encaminha o processo ao juiz. A paralisação envolve cerca de 27 mil professores e completa 38 dias.

Segundo a coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp), Conceição Holanda, a expectativa da categoria é que a sentença do juiz beneficie os professores e coloque fim à greve. Caso contrário, o sindicato afirma que vai recorrer da decisão junto ao Tribunal de Justiça do Estado (TJ) e há possibilidade de os professores saírem da greve, mas já com anúncio de uma nova paralisação.

"Esperamos que o magistrado não considere a greve abusiva, porque tanto a greve quanto a reivindicação do piso salarial são direitos previstos em lei. Se a sentença for negativa para o movimento, vamos recorrer na Justiça. Podemos até sair da greve e, se o Estado não sinalizar o piso salarial, já no começo do ano letivo, em 2012, começaremos outra paralisação. Mas tudo vai ser decidido em assembleia pela categoria", disse.

A decisão ficou por conta do juiz depois que ocorreram três audiências de conciliação convocadas pelo TJ, em outubro, para buscar solução entre o Governo e o Sintepp, porém não houve acordo. Na mais recente delas, o Estado se propôs pagar o piso até dezembro de 2012. O sindicato refutou e fez contraproposta de receber o valor até abril de 2012.

Os professores querem o pagamento integral do piso salarial, instituído pelo Ministério da Educação (MEC) e aprovado pelo Senado (Lei 11.738/2008). O piso nacional integral para docentes é de R$ 1.187. Atualmente, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) paga, pelo vencimento-base, cerca de 94,5% do valor do piso.

A próxima assembleia dos professores acontece na segunda, 07, no Centro Social de Nazaré, às 9h. A finalidade é avaliar a sentença judicial e tratar dos passos a serem dados.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Regras devem supervisionar Instituições de Ensino Superior

Por: Cleide Magalhães

Reportagem publicada no jornal O Liberal, dia 30/10/2011.

Hoje, o Brasil possui em torno de 2,3 mil Instituições de Ensino Superior (IES), públicas e privadas, com crescimento médio entre 150 e 200 anual. Em 2010, ficou em menos de 100. De acordo com o último Censo do IBGE, as IES são responsáveis por cerca de 6,3 milhões de matrículas, das quais 4 milhões estão na rede privada e 2,3 milhões na pública. A previsão do Plano Nacional de Educação (PNE) é que o país chegue a 10 milhões de matrículas em uma década.

Para atingir o quantitativo, o governo federal afirma que necessária combinação entre recursos públicos e privados deixando distante o sonho de muitos brasileiros: o acesso universal à educação superior pública. "O PNE não estabelece como meta o acesso universal à educação superior pública. Por mais que se deseje, a capacidade de investimento do Estado não permite com que os investimentos públicos dêem conta da demanda social ao ensino superior. É preciso que haja investimento público e privado com exigência inegociável da qualidade de ensino, para atingir o número de universitários que o país precisa", disse Luis Fernando Massoneto, secretário de Regulação e Supervisão da Educação Superior, da Secretaria (Seres) do Ministério da Educação (MEC). A Seres foi criada no governo Dilma Rousseff, antes o trabalho era tocado pela Secretaria de Educação Superior (Sesu).

O secretário veio a Belém recentemente para participar da abertura de 5º Encontro Regional da Associação Brasileira das Mantenedoras das Faculdades Isoladas e Integradas (Abrafi) - Amazônia legal no Pará. A visita teve como escopo uma conversa com representantes das faculdades isoladas integradas, as quais são basicamente as universidades particulares – somando 33 instaladas no Estado, sobre as linhas gerais do trabalho desenvolvido pela Secretaria, que tem como foco duas vertentes.

"A Seres tem finalidade de atender às expectativas dos isolados quanto à expansão do ensino superior, mas a Secretaria não pode se descuidar de atender à expectativa geral da sociedade, que é a expansão feita com qualidade. Então, a finalidade é não frustrar a capacidade empreendedora dos agentes que atuam na educação superior e preservar o interesse da sociedade. O esforço à expansão conta com investimentos públicos nas instituições federais e privados nas instituições de ensino superior", afirma.

Regras - Para isso, Luis Massoneto explica que a Seres atua normatizando processo de expansão das IES, por meio de regras predefinidas e supervisionadas. "Agimos para que haja adequação das instituições às normas editadas. Um agente que queira entrar no mercado tem que se conformar com as regras da regulação", ressalta.

O funcionamento da instituição e sua permanência depende da observação dessas regras e quando há desconformidade a supervisão age para fazer adequação e trazer a instituição à realidade da norma em busca da qualidade no ensino. Às públicas é seguida ainda a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e, de acordo com esta, o MEC oficia que a Seres aporte mais recursos investindo na qualidade, evitando, assim, seu fechamento.

Luis Massoneto conta também que a Secretaria trabalhando para que haja possibilidade de retirada do sistema das instituições que têm pouca qualidade de ensino, da mesma forma que há eficiência na entrada de novas instituições. "Hoje a norma é aperfeiçoada para excluir as instituições sem qualidade. Em um primeiro momento, a Seres age diminuindo os números de vagas, depois fechando os cursos que têm mais problemas até o descredenciamento da instituição, o que é um caso extremo e feito com cuidado porque tem repercussão social e gera impacto nos alunos. Mas o MEC acompanha esse trabalho para que os alunos não sejam prejudicados", afirma.

Para Jorge Bernardo, presidente da Abrafi, a criação da nova Secretaria auxilia as instituições na base da relação com o MEC, que se dá na autorização, avaliação e supervisão da instituição. "Como a Seres atua em uma área específica, somos acompanhados de perto aumentando a interlocução".

Encontro - O 5º Encontro Regional da Abrafi terminou ontem na Escola de Governo, no Souza, e teve como tema "O Ensino Superior Brasileiro: Avaliação, Supervisão e Regulação". Objetivou fortalecer os vínculos da Abrafi e do MEC com as IES, trazendo soluções aos problemas enfrentados no cotidiano das instituições. Contou com a participação de representantes das IES da Amazônia Legal, mantenedores, gestores, acadêmicos, pesquisadores, entre outros.

sábado, 29 de outubro de 2011

AVC pode se tornar um desastre à saúde

Por: Cleide Magalhães

Reportagem publicada em O Liberal e Amazônia, em 28/10/2011.


O Acidente Vascular Cerebral (AVC), conhecido popularmente como "derrame cerebral", poderá ser um desastre à saúde pública, caso não seja tratado com seriedade em ações conjuntas entre o poder público e a sociedade. No Brasil, segundo estudo do movimento “Action for Stroke Prevention” (Ação para a prevenção do AVC), cerca de 1,5 milhão de pacientes convivem com fibrilação atrial (FA), tipo de arritmia cardíaca que é uma das principais causas de derrame cerebral. O país lidera ainda o ranking latino-americano de mortes por acidente vascular cerebral, com mais de 129 mil casos por ano.

Dados da Organização Mundial do AVC (World Stroke Organization) também trazem dados de alerta: uma em cada seis pessoas terá um AVC durante a vida. Hoje, a doença já é considerada a segunda causa de morte no mundo, perdendo apenas para o câncer, e a primeira causa de morte e sequelas neurológicas no Brasil.

Neste sábado, 29, é o Dia Mundial do AVC, e o médico e cirurgião Milton Francisco de Souza Júnior, que atua em hospitais da rede pública e privada em Belém, explica que o acidente vascular cerebral são comprometimentos vasculares isquêmicos e vasculares, que ocorrem diante de fatores predisponentes. Entre os mais acentuados hoje estão a pressão arterial, diabetes, obesidade, estresse, drogas lícitas e ilícitas, em especial a cocaína, entre outros. O AVC hemorrágico é mais comum nas pessoas entre 25 e 55 anos. Após os 60, é o AVC isquêmico.

"O AVC é caracterizado por uma lesão aguda por um dos vasos sanguíneos que irrigam o cérebro. O isquêmico ocorre quando não há passagem de sangue para determinada área, por uma obstrução no vaso ou redução no fluxo sanguíneo do corpo. Já no vascular o vaso sanguíneo se rompe, extravasando sangue. Só para se ter idéia pela artéria carótida, vasos sanguíneos que levam sangue arterial do coração para o cérebro, passam 350 mililitros de sangue por minuto comprometendo várias funções cerebrais. No adulto há uma caixa craniana inelástica, não temcomo o sangue se acomodar e ameaça com mais facilidade a vida da pessoa. Com o aumento nos casos de obesidade, a tendência é que a grande maioria da população chegue a esse quadro", afirma o neurocirurgião.

É importante ainda esclarecer que o AVC, embora tenha caído no linguajar popular com esse nome, possui nomenclatura equivocada, "pois não se trata de um acidente, pois pode ser prevenido". A prevenção é convencional e está nas questões básicas, as quais até chegam a ser discutidas, porém que muita gente não coloca em prática: ter boa alimentação, atividade física, reduzir a sobrecarga emocional, não usar drogas lícitas e ilícitas, entre outras.

Terapia - Segundo Walace Gomes Leal, coordenador do Laboratório de Neuroproteção e Neurorregeneração Experimental (LNNE) do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Pará (ICB/UFPA), a única terapia disponível para o AVC isquêmico no Brasil e no mundo, atualmente, é o uso de substâncias conhecidas como trombolíticos, responsáveis por dissolver o coágulo de obstrução do vaso sanguíneo prejudicado. Os trombolíticos deveriam restabelecer o fluxo sanguíneo e minimizar as perdas teciduais e funcionais do cérebro. "No entanto este tratamento é muito pouco eficaz, considerando que o tratamento tem que iniciar até quatro horas e meia após o início dos sintomas e a maior parte dos pacientes chega ao hospital muito depois deste período", explica.

O uso tardio de trombolíticos pode agravar o quadro dos pacientes ao agir nos vasos sanguíneos e induzir o rompimento destes, a partir do efeito colateral conhecido como "transformação hemorrágica". O procedimento cirúrgico é indicado mais comumente para alguns casos de AVC hemorrágico.

Walace Leal informa ainda que pesquisadores no mundo inteiro, incluindo o LNNE, investigam uma forma de diminuir a lesão cerebral após AVC, mas droga eficaz ao ser humano ainda não foi encontrada, exceto dos trombolíticos. Por outro lado, pesquisas com células-tronco e terapias antiinflamatórias apresentaram resultados promissores em animais de experimentação testados nos Estados Unidos, Reino Unido e Brasil.

Dia Mundial - Para conscientizar a população sobre a doença, no Dia Mundial do AVC, neste sábado, 29, diversas cidades do mundo, incluindo várias capitais brasileiras promoveram diversas ações. Em Belém, o Dia Mundial do AVC conta com apoio do LNNE, que programou mesas-redondas, ações educativas e laboratoriais. As ações envolvem, ainda, atos públicos, com a distribuição de material informativo, como folders e banners a respeito da doença, aferição de pressão arterial e prestação de informações sobre os fatores de riscos da doença.

Algumas atividades ocorreram na sexta, 28, no auditório do Centro Universitário do Pará (Cesupa), em Nazaré. O momento contou com a participação da médica neurologista do Hospital Bettina Ferro, Madacilina de Melo Teixeira, que falou sobre a terapia e o tratamento adequados para a doença, como o uso de trombolíticos, fármacos utilizados para dissolver os trombos sanguíneos, a única terapia aprovada em humanos, porém, com diversos efeitos colaterais que limitam a sua utilização.

No domingo, 30, a partir das 8h30, tem atividade na praça Batista Campos, em Belém. Ao longo da semana acontecem ações no ICB da UFPA, nos hospitais universitários e no Instituto de Ciências da Saúde da UFPA, com o apoio da Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares e do Programa de Educação Tutorial de Medicina e Enfermagem da UFPA.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Bettina é o 1º HU da região a realizar transplante de córnea

Mais um marco para a Medicina regional. Foram realizados os dois primeiros transplantes de córnea em um hospital universitário da Amazônia, este mês. As cirurgias aconteceram no Hospital Bettina Ferro de Souza (HUBFS) da Universidade Federal do Pará (UFPA), que é referência em Oftalmologia na região. O transplante possibilita que pessoas com problema de córnea opaca voltem a enxergar, ou seja, tenham a oportunidade de redescobrir o mundo das imagens.

Leia a notícia completa: http://is.gd/xBV03X

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Falta informação sobre a menopausa

Por: Cleide Magalhães

Reportagem publicada nos jornais O Liberal e Amazônia

No último dia 18, foi o Dia Mundial da Menopasua e dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) estimam que até 2030 mais de 1 bilhão de mulheres estarão na menopausa. No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) avalia que mais de 13,5 milhões passam pelo climatério atualmente. A ginecologista Alba Grobério, da Unidade de Referência Especializada Materno Infantil e Adolescente (Uremia), da Secretaria de Estado de Saúde, em Nazaré, afirma que a menopausa não é doença e é preciso que as mulheres sejam mais bem orientadas, pois a palavra provoca medo em muitas delas.

"Não precisa fazer tratamento da menopausa, ela não é doença, mas uma questão fisiológica e normal na vida de toda mulher. É o dia em que a menstruação parou e para entrar na menopausa precisa ficar um ano sem menstruar. Já o climatério, acontece entre os 42 e 55 anos, é a fase que acontece antes, durante e depois da menopausa. É um período da vida da mulher caracterizado pela perda progressiva da fertilidade e que acarreta a queda dos níveis de estrogênio, principal hormônio feminino", explica a médica.

Nessa fase, problemas cardiovasculares podem ocorrer, mas outras questões também implicam como alimentação. Devido desequilíbrio do centro de controle da temperatura corporal a mulher pode apresentar as ondas de calor, irregularidade menstrual, diminuição da libido, entre outros sintomas.

"Há mulheres que não sentem nada, e um dos sintomas mais presente e preocupante é a diminuição da libido, porque, geralmente, coincide com o 'ninho vazio', época em que os filhos começam a se afastar da casa e dos pais, e a mulher é sensível e sente essa ausência, então pode sofrer depressão e ansiedade. Mais difícil ainda é conviver em uma sociedade machista, pois muitos homens não acompanham suas parceiras aos exames periódicos. Com isso, ele não se dá conta do problema que ela enfrenta e começa a questionar sobre a diminuição da libido, aí começam os problemas em casa. Isso não deveria ocorrer se ambos estivessem preparados para isso", avalia a ginecologista.

A diretora da Uremia, Tatiane Santos, informa que a instituição conta com cerca de duas mil mulheres cadastradas há 15 anos no Programa do Climatério. As usuárias são encaminhadas pelas Unidades Básicas de Saúde de todo o Estado recebem acolhimento, submete-se a exames para verificar se trata-se do climatério.

"Se o diagnóstico mostrar que ela está nessa fase, a mulher é incluída no programa, tem acompanhamento não só na reposição hormonal, mas recebe agendamento de consultas em outras unidades e tudo o que precisar em termos de especialidades médicas. O programa está sendo ampliado a todas as Unidades Básicas de Saúde, por meio de treinamento, para facilitar o acesso a todas as mulheres, entre 45 e 60 anos", diz.

Hemopa suspende campanhas externas

Por: Cleide Magalhães

Reportagem publicada em O Liberal e Amazônia, em 19/10/2011

As campanhas externas de doação de sangue e cadastro de doadores de medula óssea estão suspensas até final deste ano na Fundação Hemopa. No entanto, as ações continuam acontecendo em parceria com instituições públicas e privadas que disponibilizarem espaços e/ou salas para montagem de estrutura para a coleta do sangue. A suspensão aconteceu por motivos de revisão técnica nas unidades móveis da Fundação Hemopa, que aliada aos feriados prolongados de outubro, já provocam redução de cerca de 30% do número de bolsas no estoque estratégico do hemocentro.

A doação de sangue é o processo pelo qual um doador voluntário tem seu sangue coletado para armazenamento em um banco de sangue ou para um uso subsequente em uma transfusão de sangue. Trata-se de um processo importante para o funcionamento de um hospital e, nesse caso em especial, do hemocentro. O transplante de medula óssea é a única esperança de cura para muitos portadores de leucemias e outras doenças do sangue.

A gerente de Captação de Doadores do Hemopa, assistente social Juciara Farias, afirma que, em 2010, foram coletadas 13 mil doações de sangue em 136 campanhas externas com as unidades móveis. Até o mês passado, o saldo de doações foram de 10 bolsas de sangue em 98 campanhas externas. “Isso reforça a importância dessas ações para o estoque do hemocentro”, comentou, enfatizando que com apenas uma doação, o hemocentro atende até quatro pacientes adultos.

Neste mês, três campanhas externas com salas montadas estão programadas para doação de sangue e cadastro de doadores de medula óssea. Dia 20 aconteceu no Serviço Social da Indústria (Sesi), na travessa Quintino Bocaiúva, das 8h às 16h. Dia 26, entre 8h e 16h, será no Hospital Divina Providência, no município de Marituba. Dia 27, no Departamento de Trânsito do Pará (Detran/PA), das 8h às 16h.

Diante das dificuldades, Juciara convida antigos e novos doadores para restaurar o banco de sangue, qual sofre significativo impacto nas coletas diárias, que vai exigir o uso antecipado do tema da campanha de novembro: “Nosso banco precisa do seu depósito. Doe sangue e invista na vida”. "O Hemopa solicita mais investimentos na vida, aos doadores do Pará. O nosso banco nunca deixa de funcionar. Tem sempre alguém precisando de transfusão para sobreviver nos milhares de leitos hospitalares dos 218 hospitais espalhados no Estado", lembra a gerente.

Sangue

Podem doar sangue pessoas com boa saúde, idade entre 16 anos completos e 67 anos e peso acima de 50 kg. É necessário portar documento de identidade original e com foto. Não precisa estar em jejum. Com a doação são realizados exames para diversas doenças, entre elas a Aids, Sífilis, Doença de Chagas, Hepatites, HTLV I e II, além de tipagem sanguínea. O homem pode doar a cada dois meses e a mulher a cada três meses. O doador deve estar bem alimentado.

Medula óssea

Pode fazer cadastro de doação de medula óssea o homem ou mulher saudáveis e com faixa etária entre 18 e 55 anos. Necessário portar documento de identidade original e com foto.

Serviço

O Hemopa espera por você na travessa Padre Eutíquio, 2109. Funcionamento para coleta: de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 18h, e aos sábados das 7h30 às 17h. Mais informações: 08002808118.

Cervejas artesanais para todos os gostos

Belém ganha espaço na produção de venda do produto

Por: Cleide Magalhães

Foto 1: Carlos Borges

Reportagem especial publicada no jornal Amazônia, 23/10/2011

Apesar de as referências para se fazer cervejas especiais no país serem europeias, o Brasil não deixa a desejar para o mundo e Belém também começa a ganhar espaço na produção e comercialização de cervejas artesanais ou especiais, as quais não têm conservantes e são fabricadas de acordo com a Lei de Pureza Alemã, que data de 1.500 e determina apenas água, lúpulo, levedura e malte de cevada ou trigo nas suas fórmulas.

No ramos das cervejas, os números são astronômicos. Segundo dados recentes da revista Pequenas Empresas & Grandes Negócio, em 2010, o Brasil fabricou mais de 12 bilhões de litros. É o terceiro maior produtor do mundo. Perde somente para a China e Estados Unidos. As cervejas especiais representam 5% desse mercado.

Entre centenas de rótulos que circulam por aí, uma das novidades é a Bacuri Bier, que começou a ganhar eco no mercado de cervejas nacionais, já circula pelos bares de São Paulo e chegou às prateleiras de supermercados, quiosques, bares, empórios e lojas de bebidas de Belém. A cerveja, como seu nome já sinaliza, é regionalizada e tem aroma de bacuri, fruta típica da Amazônia, é clara, suave e seu teor alcoólico é o mais baixos entre as produzidas em Belém: 1,8%.

A Bacuri Bier, considerada como "Princesinha da Casa", é uma das seis cervejas artesanais fabricadas exclusivamente pela Amazon Bier, na
Estação das Docas, um dos principais pontos turísticos da cidade. Antes a cerveja sofisticada era servida como chope, mas o negócio se expandiu e passou a ser somente em garrafa long neck com 355 mililitros.

"Prezamos pela qualidade, nossa produção é artesanal e não industrial. Há três meses, engarrafamos a Amazon Forest e River, mas devido grande aceitação da Bacuri em forma de chope, principalmente pelos turistas internacionais e nacionais, e pela falta de espaço para manter a produção de todas as seis cervejas (as outras são a Black, Red e Weiss) na fábrica na Estação, decidimos mantê-la somente na garrafa e inseri-la no mercado com seu grande diferencial: o aroma da fruta. Pois, muitos brasileiros e estrangeiros não conhecem o bacuri e quem a conhece tem mais uma opção de sentir seu cheiro e gosto", disse Izair Traverssin, cervejeiro prático da Amazon Bier.

Izair Traverssin revela que a produção da cerveja é delicada e exige bastante atenção. "Por ser leve em graduação alcoólica e o bacuri ser um produto natural, o preparo requer dedicação e cuidados especiais. Por isso, temos adquirimos o fruto, o manipulamos e fazemos a higienização. Depois, o processo segue similar ao das outras cervejas: fermentação, maturação e filtração. Em seguida, são conservadas em tanques de aço inox com frio calibrado e servidas ao público", conta.

Todo o trabalho de produção da Bacuri Bier reflete ainda no seu preço. Na Estação das Docas, hoje, uma unidade custa R$ 6,30, porém no mercado de Belém está mais baixo. Até agosto deste ano, foram comercializados em torno de 3,5 mil litros de chope da Bacuri Bier. Durante o Círio de Nazaré, em outubro, quando a cidade recebe milhões visitantes, o consumo sobe para pelo menos 5 mil litros.

O mineiro Eustaquio Barbosa, 46 anos, esteve em Belém a negócios e aproveitou para experimentar a cerveja em um estande à disposição dos turistas na Estação. "Nunca tinha ouvido falar nessa cerveja. Achei um gosto diferente, meio adocicada, mas é gostosa. Conheço a fruta e na cerveja consigo identificar o cheiro e o gosto do bacuri. O preço não é tão acessível, mas vale a pena porque é exclusiva e especial. Engarrafada dá para levar para amigos e familiares conhecerem o produto que é diferenciado no mercado", disse.

Loja em Batista Campos tem 50 tipos especiais

O Empório Kami Sama, no bairro da Batista Campos, é um dos pontos em Belém que já conta com as cervejas paraenses especiais que chegaram ao mercado há cerca de três meses. As regionais dividem espaço na prateleira com mais de 50 tipos de cervejas nacionais e internacionais - o que há de melhor no mundo, com e sem teor alcoólico, que varia entre 1,8% e 14%, este apresenta três vezes menos teor alcoólico que um uísque de qualidade - para atender a gostos variados do público, que compra cerca de 10 mil litros por mês, no local. Os preços vão de R$ 5,50 (cerveja Stella, de origem Belga comercializada no Brasil) a R$ 42,50 (cerveja Amadeus, da França).

Fábio Começanha, proprietário do Empório, conta que já disponibilizou em sua loja mais de 100 rótulos de cervejas especiais, mas acabou reduzindo de acordo com a seleção e preferência de seus clientes e devido às altas taxas de impostos nos produtos. "As cervejas especiais ainda não atingem preços mais baixos no mercado de Belém devido aos tributos, que sã
o quase 55% do seu valor. Fazemos o pedido, o qual chega por meio de transporte rodoviário e leva quase 20 dias para a entrega. Se o transporte fosse aéreo, chegaria mais rápido, entretanto o preço fica elevado", informa.

Na prateleira do Empório, a decoração é feita com as próprias cervejas, várias taças e copos sendo um para cada tipo de cerveja. Fábio observa que produtos requintados precisam ser servidos seguindo a tradição de vários países - o que pode mudar bastante o
resultado da degustação. "Cada cerveja tem um copo específico e precisa estar gelado para ajudar na conservação e dar corpo para a cerveja. É essencial ainda sacudi-la antes de colocar no copo porque os sedimentos ficam concentrados no fundo da garrafa ou lata", orienta.

Bebidas pedem comidas; cervejeiros oferecem até pratos exóticos


Sem dúvida alguma, em um bar, as cervejas especiais inspiram a gastronomia. Por isso, as casas oferecem ainda cardápio especial e promoções. No Empório, há pratos exóticos como carnes de rã, coelho e javali, todas certificadas vindas de São Paulo. "Investir na venda de cervejas especiais é um negócio perigoso. É preciso ser criativo e buscar harmonia entre a venda de bebida e comida. Aqui, oferecemos pratos exclusivos para quem quer beliscar, almoçar ou jantar. São carnes de animais, pasteis e sanduíches", enumera Fábio.

Na Amazon Bier há vários pratos e linha de tira-gosto que combinam com o chope e cerveja especial. O espaço oferece ainda happy hour de segunda a quarta-feira, das 18h30 às 21h, que traz comida e bebida à vontade pelo valor fixo de R$ 33,00.

Dicas para apreciar bem

1 - Como servir


Como as cervejas são cremosas, não precisa inclinar o copo para evitar o colarinho. A espuma é amiga.

2 - Copos adequados

O copo bem longo é indicado para a cerveja de trigo, pois o ideal é servir o conteúdo todo de uma vez, já que o sedimento no final da garrafa faz parte da experiência. O resto é preciosismo atrelado ao marketing.

3 - Temperatura

Estupidamente gelada nem pensar. Isso mascara o sabor, o que é contraindicado para boas cervejas.

4 - Como guardar


Não beba assim que comprar. O ideal é evitar que ela fique chacoalhando. Deve ser guardada em pé na geladeira por ao menos um dia antes de consumir.

Atenção

Quanto maior o teor alcoólico, mais alta deve ser a temperatura de consumo.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Resistência: Seminário Mundial contra Belo Monte acontece em Altamira

Por: Comitê Xingu Vivo para Sempre

Seminário Mundial contra Belo Monte: “Territórios, ambiente e desenvolvimento na Amazônia: a luta contra os grandes projetos hidrelétricos na bacia do Xingu” - dias 25, 26 e 27 de outubro de 2011 – Altamira/Pará.

Belo Monte vai expulsar de seus lotes e residências mais de 50 mil pessoas; vai secar mais de 100 km do rio Xingu; impactar diretamente 04 comunidades indígenas e afetar mais de 15 mil indígenas; entregar no mínimo 30 bilhões para empreiteiras e amigos do governo; emitir toneladas de gás metano, gás 25 vezes mais impactante ao meio ambiente que o carbônico. Tudo isso para beneficiar mineradoras, indústrias do centro-sul do país e políticos de conduta muito questionável.

Diversas organizações, comunidades ribeirinhas, pescadores, indígenas, estudantes, sindicalistas, trabalhadores das zonas rurais e urbanas já bradaram em alto e bom som: não aceitaremos Belo Monte!

O Seminário Mundial contra Belo Monte é mais um momento de resistência. Sua construção entra na reta final.

Outros outubros sempre virão, porém, antes deste terminar, todos à Altamira, todos ao Xingu. Em defesa da floresta, dos rios e da vida.

LOCAL DO EVENTO

Ginásio da Paróquia Catedral

Endereço: Rua Coronel Jose Porfírio, 1322 – Bairro: Centro

Altamira – Pará - Brasil

INSCRIÇÃO

Pedimos que os participantes do Seminário contribuam com a quantia de R$15,00 para subsidiar a alimentação e demais gastos com a estrutura do Seminário. O pagamento deverá ser realizado no momento do credenciamento em Altamira.

FICHA DE PRÉ-INSCRIÇÃO

Nome completo:

Endereço Completo:

Cidade: UF: País:

Nº de Identidade:

Telefones:

E-mail:

Em caso de emergência, avisar (nome / telefone):

Participa de alguma entidade, grupo ou algum movimento social? Qual (is)?

Porque deseja participar do Seminário Mundial contra Belo Monte?

Alimentação Vegetariana? ( ) Sim ( ) Não

Usará camping? ( ) Sim ( ) Não

OBS: Envie os dados para: comitexinguvivo@hotmail.com

PROGRAMAÇÃO DO SEMINÁRIO MUNDIAL CONTRA BELO MONTE

1º DIA – 25.10.2011

Manhã

MESA DE ABERTURA: SAUDAÇÃO AOS PARTICIPANTES

PAINEL 1 - IMPACTOS DOS GRANDES PROJETOS HIDRELÉTRICOS NA AMAZÔNIA: A UHE BELO MONTE E SUAS CONSEQUÊNCIAS

Tarde

PAINEL 2 – VIOLAÇÃO DOS DIREITOS DOS POVOS DA AMAZÔNIA: A UHE BELO MONTE E SUAS CONSEQUENCIAS

Noite

PROGRAMAÇÃO CULTURAL

2º DIA – 26.10.2011

Manhã

OFICINAS TEMÁTICAS

MANIFESTAÇÃO PÚBLICA EM SINTONIA COM A AUDIENCIA NA CIDH/OEA

Tarde

GRUPOS DE TRABALHO: DEFINIR MOBILIZAÇÕES A PARTIR DA CONJUNTURA ATUAL

Noite

PROGRAMAÇÃO CULTURAL

3º DIA – 27.10.2011

Manhã

PLENÁRIA: RESULTADO DOS GRUPOS DE TRABALHO

Tarde

ENCAMINHAMENTOS DO SEMINÁRIO: CARTA DE ALTAMIRA.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

13º Salário NUNCA Existiu...

Vale a pena avaliar essa colocação.

13º Salário NUNCA Existiu...

Os trabalhadores ingleses recebem os ordenados semanalmente!

Mas há sempre uma razão para as coisas e os trabalhadores ingleses, membros de uma sociedade mais amadurecida e crítica do que a nossa, não fazem nada por acaso!

Ora bem, cá está um exemplo aritmético simples que não exige altos conhecimentos de Matemática, mas talvez necessite de conhecimentos médios de desmontagem de retórica enganosa.

Lembrando que o 13º no Brasil foi uma inovação de Getúlio Vargas, o “pai dos pobres” e que nenhum governo depois do dele mexeu nisso.

Porquê? Porque o 13º salário não existe.

13º salário é uma das mais escandalosas de todas as mentiras dos donos do poder, quer se
intitulem “capitalistas” ou “socialistas”, e é justamente aquela que os trabalhadores mais acreditam.

Suponhamos que você ganha R$ 700,00 por mês. Multiplicando-se esse salário por 12 meses, você recebe um total de R$ 8.400,00 por um ano de doze meses.

R$ 700,00 X 12 = R$ 8.400,00

Em Dezembro, o generoso governo manda
então pagar-lhe o conhecido 13º salário.

R$ 8.400,00 + 13º salário = R$ 9.100,00
R$ 8.400,00 (Salário anual)
+ R$ 700,00 (13º salário)
= R$ 9.100,00 (Salário anual mais o
13º salário)

... e o trabalhador vai para casa todo feliz com o governo que mandou o patrão pagar o 13º.

Façamos agora um rápido cálculo aritmético:

Se o trabalhador recebe R$ 700,00 mês e o mês tem 4 semanas, significa que ganha por semana R$ 175,00.

R$ 700,00 (Salário mensal)
dividido por 4 (semanas do mês)
= R$ 175,00 (Salário semanal)

O ano tem 52 semanas (confira no calendário se tens dúvida!). Se multiplicarmos R$ 175,00 (Salário semanal) por 52 (número de semanas anuais) o resultado será R$
9.100,00.

R$ 175,00 (Salário semanal) X 52 (número de semanas anuais) = R$ 9.100,00

O resultado acima é o mesmo valor do Salário anual mais o 13º salário

Surpresa!!

Onde está, portanto, o 13º Salário?

A resposta é que o governo, que faz as leis, lhe rouba uma parte do salário durante todo o ano, pela simples razão de que há meses com 30 dias, outros com 31 e também meses com
quatro ou cinco semanas (ainda assim, apesar de cinco semanas o governo só manda o patrão pagar quatro semanas) o salário é o mesmo tenha o mês 30 ou 31 dias, quatro ou cinco semanas.

No final do ano o generoso governo presenteia o trabalhador com um 13º salário, cujo dinheiro saiu do próprio bolso do trabalhador.

Se o governo retirar o 13º salário dos trabalhadores da função pública, o roubo é duplo.

Daí que não existe nenhum 13º salário.

O governo apenas manda o patrão devolver o que sorrateiramente foi tirado do salário anual.

Conclusão: Os Trabalhadores recebem oque já trabalharam e não um adicional.

13º NÃO É PRÊMIO, NEM GENTILEZA, NEM CONCESSÃO.

É SIMPLES PAGAMENTO PELO TEMPO TRABALHADO NO ANO!


TRABALHE PELA CIDADANIA!

CIRCULE ISSO!

Autor desconhecido.