segunda-feira, 7 de junho de 2010

Boca de ferro amplifica poesia de Luis Carlos França

Ainda hoje presente nas ruas de Belém e do interior do Estado, o boca de ferro, veículo, geralmente um carro ou mesmo uma bicicleta que utiliza caixas amplificadoras para divulgação de produtos no comércio, e que também é conhecido como sonoro, ganha uma finalidade diferente nas mãos de Luis Carlos França: em livro, amplifica a poesia do artista. “É uma alegoria, uma metáfora que eu criei literariamente pra definir meu coração, o motivo maior do meu fazer poético, que é olhar a vida e falar através do coração”, explica Luis Carlos.

Premiado pelo edital de Patrocínio Cultural do Banco da Amazônia 2010, o livro “Boca de Ferro” reúne poemas produzidos ao longo do ano passado. Será lançado nesta quinta (10), a partir das 18h, na Casa das Onze Janelas e traz no nome a vontade do artista em se exprimir através do Boca de Ferro.

“Ele é um ícone paraense por onde to dos os acontecimentos culturais são levados a público. Nas cidades do interior e mesmo na capital. Por isso minha vontade de levar minha poesia através dele”, completa Luis Carlos.

O livro e é a quarta publicação de Luis Carlos França, também autor de Sangrado Coração de Poeta (2000), Olhar do Dragão (2002) e Poemas de Miriti (2006).

Para o lançamento, haverá uma programação cultural com sarau de poesia, performance de artistas e apresentações musicais, como o cantor e parceiro, Elóy Iglesias e o grupo Quaderna.

Luis Carlos explica ainda que a vontade do livro surgiu com a vontade de se exprimir nos saraus e nas ruas, principal fonte de inspiração para o artista. “A poesia não estão só nas palavras de um livro, elas devem percorrer as ruas, onde há uma resposta imediata do público. Inclusive, o lançamento do livro me permite fazer esses saraus e, até, num outro momento, colocar um boca de ferro pra divulgar poesia pelas ruas e interagir com as pessoas".

Serviço

Lançamento do livro de poesias “Boca de Ferro” nesta quinta (10), a partir das 18h, na Casa das Onze Janelas.

BOCA DE FERRO

Boca de ferro em meu coração

Ele fala e anuncia

Fala das dores e também dos amores

Fala das alegrias

Fala dos olhares

Fala das verdades

Fala das coisas belas da cidade

Fala dos momentos que ficaram pra sempre

Fala dos carinhos apaixonados

Fala das coisas que foram ditas no ouvido bem baixinho

Fala das juras e promessas

Fala da sede de amor

Fala da existência sem temor

Fala da paz

Fala dos desejos e prazeres

Fala da musica que o tempo traz

Fala de tudo que me refaz

Que embala sonhos

E faz feliz

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Juiz que suspendeu Belo Monte sai do caso

Política e Meio Ambiente

Folha de S. Paulo
03/06/2010

Mercado

As ações judiciais contra a construção da usina de Belo Monte, no Pará, não serão mais apreciadas pelo juiz de Altamira que, por três vezes, suspendeu o leilão e anulou a licença prévia da obra.

Uma reforma na estrutura da Justiça Federal no Pará enviou os processos contra a hidrelétrica para uma nova vara federal em Belém, criada há duas semanas e que só cuidará de litígios das áreas ambiental e agrária.

A mudança - que afetará outros 3.500 processos- é um "desastre" para a pretensão de impedir, por vias judiciais, que Belo Monte seja construída, segundo o Ministério Público Federal.

Não apenas por tirar o poder de decisão das mãos do juiz de Altamira, Antonio Carlos de Almeida Campelo, crítico assumido do atual projeto, mas também pela lentidão que a migração deve trazer, disse o procurador da República Ubiratan Cazetta.

A quantidade de autos da nova seção, afirmou Cazetta, e a própria mudança física deles atrasarão as sentenças a serem dadas sobre a usina.

Pelo menos seis ações que estavam em Altamira têm o potencial jurídico de brecar a construção da hidrelétrica.

Movidas pelo MPF e por ONGs, elas alegam que há insuficiência de estudos sobre os impactos das obras. Se as contestações demorarem muito a ter resposta, elas podem, na prática, tornarem-se inócuas.

Isso porque a própria Justiça já entendeu, em casos similares, que, uma vez causados danos irreversíveis, é melhor liberar do que mandar paralisar um projeto.

Até por isso, Campelo, que desde 2006 estuda Belo Monte, havia dito que pretendia se pronunciar sobre o mérito desses pedidos até o final do ano -todas as suas decisões anteriores haviam sido provisórias. Agora, esse prazo informal não existe mais.

Campelo é o mesmo juiz que, em entrevista à Folha, disse ter sofrido pressão de agentes da Abin (Agência Brasileira de Inteligência). O juiz disse que houve "pressa" e autoritarismo do governo federal ao realizar o leilão de Belo Monte.

Quem assumirá a nova vara, de maneira provisória, é um juiz federal substituto, Ruy Dias de Souza Filho. Ele não é especialista em direito agrário ou ambiental. Sua experiência decorre do trabalho de sete anos em varas cíveis -que até agora também tratavam dos temas.

Souza Filho disse que não conhece o processo de Belo Monte nem tem "ideia preconcebida" sobre o caso. O TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região disse que a mudança não foi feita para afastar Campelo do caso, mas para melhorar a atuação do Judiciário.

terça-feira, 1 de junho de 2010

MPF lança campanha Carne Legal, pelo consumo consciente

Direito do Consumidor

Propagandas para TV e rádio, além de peças gráficas, alertam os consumidores para a importância de saber a origem da carne que se consome

O Ministério Público Federal lançou hoje (01/06), em Belém, campanha cidadã pelo consumo consciente de produtos bovinos. A campanha é um alerta sobre as ilegalidades presentes na cadeia da pecuária. E também sobre a necessidade de os consumidores cobrarem informações a respeito da origem da carne que compram nos supermercados. A campanha será veiculada em todo o Brasil e começa exatamente um ano depois do início do trabalho contra a ilegalidade na cadeia da pecuária.

Qual a origem da carne que eu consumo? Desmata a Amazônia? Foi produzida com trabalho escravo? Foi temperada com lavagem de dinheiro?, pergunta o MPF em algumas das peças gráficas que começam a circular hoje (01/06). Tudo para despertar nos consumidores a reflexão sobre os problemas ambientais, trabalhistas e sociais associados à criação de gado.

A campanha Carne Legal quer chamar a sociedade brasileira a refletir e a impulsionar supermercados, frigoríficos e pecuaristas, mas também as instituições do governo, para que a informação sobre a origem da carne esteja disponível para todos no momento da venda. Até agora, apesar dos avanços obtidos, essa informação é encontrada apenas em alguns pontos de comercialização.

O trabalho tem o apoio do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor e da Repórter Brasil, organização que trabalha para a erradicação do trabalho escravo. As duas instituições vão ajudar a disseminar a preocupação com a sustentabilidade da pecuária entre os consumidores.
Além das peças gráficas, foram produzidos três filmetes de 30 segundos para veiculação na televisão e três spots para rádio, nos quais é evidenciada a relação entre carne, fazendas ilegais, desmatamento, trabalho escravo e lavagem de dinheiro. (as peças estão disponíveis para download no site www.carnelegal.mpf.gov.br). A Carne Legal também vai estar no twitter (www.twitter.com/carnelegal) e no YouTube.

A ideia de buscar o esclarecimento direto dos consumidores sobre as consequências da falta de informações sobre a origem da carne começou a ser debatida pelo MPF em 2009, após a assinatura, no Pará, dos acordos pela pecuária sustentável, pelos quais os frigoríficos se obrigaram a exigir cuidado socioambiental de seus fornecedores.

O trabalho no Pará, quinto maior rebanho do país, foi apenas o início. Recentemente, no Mato Grosso, maior produtor de gado do Brasil, o MPF também conseguiu entrar em acordo com dois frigoríficos, o Independência e o Marfrig, ambos agora parceiros na briga para que a atividade pecuária deixe de representar risco ambiental na Amazônia.

Procuradoria da República no Pará/Assessoria de Comunicação.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Pássaro Tucano leva cultura às ruas da cidade

Arte, Tradição e Cultura

Junho é um mês peculiar para muitas pessoas. Com a chegada da festa junina ainda é possível sentir o cheiro do patichouli, tomar o famoso banho de cheiro, se envolver e permitir a cultura popular e o folclore da Amazônia aflorar na pele e no saudosismo de quem o sente pela amada Belém.

Embora as manifestações populares paraense não tenham ganhado, nos últimos tempos, a devida atenção que merece, algumas iniciativas partem da população e estão espalhadas pelas ruas. O Pássaro Junino e os Cordões de Pássaros, manifestações populares típicas do Pará, ainda resistem e lutam por espaço ao longo do ano. Na época da festa junia eles ainda conseguem sair às ruas levando a arte, tradição e cultura à população. A partir do dia 6 de junho começam as apresentações do Pássaro Tucano e elas são gratuitas.

O Pássaro Tucano surgiu no bairro da Cremação, em 1927. Após a morte do seu fundador, conhecido como o ‘Seu Cipriano’, saiu do circuito da quadra junina paraense para retornar em 1981. Atualmente é coordenado pela folclorista e radialista Iracema Oliveira, que é a guardiã do pássaro e se dedica à cultura popular paraense por mais de cinqüenta anos.

Iracema Oliveira conta que herdou do pai, o folclorista Francisco Oliveira, o prazer de se envolver com as manifestações populares. Desde criança ela já convivia com os palcos e as tradições juninas. Aos 16 anos, o sonho de ser atriz foi realizado em um concurso para atuar em radionovelas na Marajoara.

Estrela do rádio, teatro, cinema e televisão, Iracema também se tornou uma forte presença no movimento cultural em Belém. Ela coordena o tradicional pássaro junino Tucano, o grupo parafolclórico Frutos do Pará e a pastorinha Filhas de Sion.

Ela é uma verdadeira e ilustre porta-voz do folclore regional. No dia-a-dia Iracema desenvolve o verdadeiro significado de valorização da cultura paraense.

Pássaros Juninos - Os pássaros juninos constituem uma forma de teatro popular presente principalmente nas manifestações das comemorações juninas, tendo como base um musical que rodeia o espetáculo. Criado por artistas populares no séc. XIX, por volta de 1877, coincidindo com a inauguração do teatro Nossa Senhora da Paz, que mais tarde viria a se tornar o Teatro da Paz, essa manifestação cultural é típica do estado do Pará.

A criação do Teatro da Paz na cidade de Belém trouxe diversos espetáculos europeus; o que fez com que Belém entrasse na rota internacional teatral. Na época esses espetáculos não podiam ser vistos por todos: apenas a elite poderia assisti-lo.

Não distantes desses acontecimentos culturais, encontrava-se a classe menos favorecida, que na ânsia por cultura e diversão conseguia maneiras de apreciar os espetáculos no teatro; quase sempre escondidos e em lugares pouco confortáveis para assistir as apresentações.

Com base nas grandes produções que compunham a programação teatral da cidade, começou um novo teatro com grandes espetáculos, voltados às classes que não podiam assistir às apresentações no Teatro da Paz como a elite o fazia. Criavam-se então, as manifestações culturais do povo, e dentre elas estavam o Pássaro Junino e Cordão de Pássaros.

Prestigie a programação do Pássaro Junino Tucano:

06/06 – Domingo

Manhã, na Praça da República (Revoada dos Pássaros)

13/06 – Domingo

Às 10h, no Teatro Waldemar Henrique

19/06 – Sábado

À noite, no Memorial dos Povos (Programação Fumbel)

20/06 – Domingo

Às 18h, no Imperial, no Jurunas

27/06 – Domingo

Às 18h, no Teatro Gasômetro

Às 20h, no Teatro Cláudio Barradas (Programação Secult)

03/07 – Sábado

Encerramento - À noite, na casa de Iracema, na Rua Curuçá, 1109.

Mais informações: http://passarotucano.wordpress.com/

Texto: Cleide Magalhães.


domingo, 30 de maio de 2010

Mostra 10 anos por uma escrita do corpo está no Cláudio Barradas

Arte e Cultura

Eduardo Okamo traz para Belém a mostra “10 anos por uma escrita do corpo”, de 3 a 10 de junho, no Teatro Universitário Cláudio Barradas. Mais informações no Instituto de Artes do Pará (IAP): 4006 2913.

Confira a programação:

03/06 - Palestra-demonstração de processo criativo, às 19h, no IAP;

04 a 06/06- Oficina "Dramaturgia do Corpo", das 14h às 18h, no IAP.
Inscrições: pelo Fone 4006.2913 ou na Gerência de Artes Cênicas do IAP;

07/06 - Lançamento do livro “Hora de Nossa Hora: o menino de rua e o brinquedo circense + 02 apresentações do espetáculo “Agora e na Hora de Nossa Hora, das 19h e 21h, no Teatro Universitário Claudio Barradas;

08/06 – Duas apresentações do espetáculo “Uma Estória Abensonhada", das 19h e 21h, no Teatro Universitário Claudio Barradas;

09/06 - Apresentação do espetáculo “Eldorado”, às 19h, no Teatro Universitário Claudio Barradas;

10/06 - Apresentação do espetáculo “Eldorado”, às 19h, no Teatro Universitário Claudio Barradas.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Aprovação do Ficha Limpa ajuda lavar alma do brasileiro


Política e Cidadania


Finalmente, a tão esperada Reforma Politica começa com recente aprovação do Ficha Limpa, no Senado. Mesmo não valendo ainda para as eleições deste ano, quando esperávamos não ver mais no horário gratuito as caras condenadas pela Justiça, nos anima saber que a partir das próximas eleições não teremos mais que conviver com candidatos ou candidatas que se lançam aos cargos públicos para defender interesses pessoais ou de grupos económicos, a ponto de nem se constragerem com o fato de estarem com problemas, muitas vezes graves, na Justiça. O Brasil agora inicia uma nova etapa e vamos abrir vagas para pessoas de bem, que representem os interesses populares e a vontade de nosso povo.

Perguntas & Respostas

1. Como ficou o projeto?
Proíbe a candidatura de políticos condenados por órgãos colegiados (quando a decisão é tomada por mais de um juiz) e aumenta de três para oito anos a inelegibilidade dos candidatos condenados pela Justiça. Também cria o mecanismo do "efeito suspensivo", pelo qual o político condenado pode recorrer a uma instância superior para se candidatar.

2. Quem julga o "efeito suspensivo"?
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem de decidir de forma prioritária se concede ou não a suspensão da inelegibilidade.

3. Quem pode ser punido com a inelegibilidade?
Atingirá os políticos condenados por crimes considerados graves, com pena de prisão superior a dois anos, e aqueles que renunciarem ao mandato para escapar de processo de cassação.

4. O que vai acontecer?
O projeto segue para sanção presidencial.

5. O presidente Lula tem prazo para assinar a Sanção?
O governo tem 15 dias para sancionar ou não o projeto.

6. O projeto ainda pode ser aplicado este ano? Quem vai barrar os fichas-sujas?
Ainda não há como saber. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), essas questões serão previstas quando - e se - a lei for sancionada. Em última instância, quem definirá a constitucionalidade da lei e o momento de sua aplicação será o Supremo Tribunal Federal.

7. Quantos deputados estão à mercê de condenações na Justiça?
Segundo levantamento do site Congresso em Foco, um quarto dos 513 deputados tem pendências judiciais no STF. (Estado)

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Manu Chao faz show em Belém

Depois de passar por São Paulo e Brasília chega a Belém, no dia 30 de maio, a partir das 21h, o show “La Ventura”, com Manu Chao, no African Bar. A abertura contará com a participação de artistas locais como Pinduca, Juca Culatra (participação de Felipe Cordeiro), Coletivo Rádio Cipó (participação de mestre Laurentino e dona Onete) e DJ Patricktor4.

Manu Chao nasceu em Paris, na França, em 21 de junho de 1961, filho de pai galego e mãe basca. Como ele mesmo diz, se na sua casa tivesse uma bola poderia ser jogador de futebol, mas no seu lugar tinha uma guitarra, e o lar era frequentado por compositores, intelectuais, cantores, pintores.

Na adolescência, atravessava o canal para mergulhar na cena punk londrina. As múltiplas influências culturais moldaram o trabalho do artista desde cedo.

A mistura no trabalho de Manu Chao resultou no trabalho do grupo Mano Negra (nome emprestado de uma organização anarquista espanhola), fundado pelo artista com um primo. O sucesso do primeiro single do grupo, o independente "Mala Vida", rendeu imediatamente um contrato com a Virgin Records.

Mas a anarquia professada pelo grupo, operando sem manager, aliada à ousada mistura em seu trabalho, não possibilitaram o sucesso internacional - eles tentaram (e não conseguiram) 'acontecer ' nos Estados Unidos no início dos anos 90.

Continuando uma trajetória incomum, em 92 o Mano Negra excursionou pela América Latina num barco, acompanhado por atores e artistas de circo. Em 95, Chao mudou a base de operações do grupo para a Espanha, onde também formou o Radio Bemba Sound System. Com integrantes do Mano Negra e de fora, o Radio acabou gerando atritos que resultaram no fim do primeiro grupo.

Manu Chao voltou para a América Latina, compondo e cantando aqui e ali. O resultado deste período foi o álbum "Clandestino" (1998). O CD sem nenhum tipo de promoção vendeu mais de dois milhões de cópias. Em 2001, Chao lançou "Próxima Estación Esperanza", depois “Radio Bemba Sound System”

Já independente lançou em 2004 um livro, resultado de poemas feitos na adolescência com ilustrações de Wozniak, que acabou musicando e virando CD músicas líricas e de língua francesa, vendido inicialmente em bancas de jornal e depois indo para as lojas.

Lançado na Europa em setembro de 2007, “La Radiolina” é o primeiro álbum de Manu Chao depois de cinco anos sem gravar. Nele, há variedade de estilos musicais como reggae, hip hop, música caribenha, flamenco e bolero, além da influência roqueira da banda The Clash, que está presente em seus trabalhos desde o tempo em que liderava o grupo Mano Negra, sua antiga banda. Manu Chao canta em inglês, francês e espanhol e é referência da cultura latino-americana pela forma como eleva musicalmente as frustrações e aspirações populares.

No decorrer de suas caminhadas Manu estreitou uma forte relação afetiva com o Brasil; conhece bem o Ceará, desde o sertão onde se aproximou de muitos repentistas e amigos que também inclui o litoral (Peroba, Redonda) e Fortaleza onde costuma passar temporadas, no Rio de Janeiro se sente em casa na Lapa e em Santa Tereza onde já morou, também já passou.

Serviço - Show La Ventura, com Manu Chao, no African Bar. A abertura contará com a participação de Pinduca, Juca Culatra (participação de Felipe Cordeiro), Coletivo Rádio Cipó (participação de Mestre Laurentino e Dona Onete) e DJ Patricktor4. Ingressos na Ná Figueredo, Chilli Beans (Pátio Belém, Boulevard Shopping e Castanheira). Mais informações: 91 - 9198 7747 .

sábado, 15 de maio de 2010

Bettina Ferro realiza Mutirão da Catarata

Saúde

Quem sentir dificuldade para enxergar com nitidez e vê como se estivesse com a lente dos óculos embaçada ou com uma névoa diante dos olhos pode procurar o Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza (HUBFS), da Universidade Federal do Pará (UFPA), para participar da triagem de catarata, no dia 22 de maio, das 7h às 10h. Esse será o primeiro passo do Mutirão da Catarata, que será seguido pelas fases pré e pós-operatórias. O objetivo é atender 600 pessoas acima de 60 anos de idade e que nunca operaram da doença.

A ação faz parte da comemoração em homenagem ao Dia do Oftalmologista, ocorrido em 7 de maio. Para participar, basta levar no dia da ação os documentos originais de registro geral, CPF, comprovante de residência e cartão do Sistema Único de Saúde (SUS), mas caso não tenha este último não há problema.

O coordenador do Mutirão da Catarata, Frederico Lobato, que é médico cirurgião e clínico do hospital, esclarece que a triagem selecionará somente as pessoas que têm catarata e não envolverá prescrição de óculos ou diagnóstico e tratamento de outras doenças oculares. “As pessoas que passarem pela triagem e tiveram catarata serão encaminhadas para o processo pré-operatório, seguido da cirurgia e fase pós-operatória. Para isso, o Hospital Bettina possui equipe multiprofissional experiente e métodos modernos como a utilização do aparelho de facoemulsificação”, garante o médico.

O único tratamento para catarata é o cirúrgico. A cirurgia é segura, rápida e feita sob anestesia local - é substituir o cristalino danificado por uma lente artificial que recuperará a função perdida. Os resultados são animadores e a recuperação, rápida. No Bettina os procedimentos acontecem sempre no ambulatório e não requerem internação dos pacientes, que ficam em observação no Hospital Dia, dentro do próprio Hospital Bettina, e voltam para casa algum tempo depois da cirurgia. Um pouco mais tarde, eles retornam para acompanhamento médico.

Catarata - A catarata é confundida por muitas pessoas com o pterígio, conhecido popularmente como "carne crescida". Mas a catarata é uma lesão ocular que atinge e torna opaco o cristalino (lente situada atrás da íris cuja transparência permite que os raios de luz o atravessem e alcancem a retina para formar a imagem). No início da lesão, a pessoa vê como se estivesse com a lente dos óculos embaçada ou com uma névoa diante dos olhos. Com a evolução do quadro, porém, passa a enxergar apenas vultos, o que compromete a visão. “A catarata é inevitável, pois é um processo natural de envelhecimento. Algumas doenças oculares aceleram a progressão da catarata e esta pode deixar a visão tão embaçada que pode causar a cegueira funcional. Por isso, é importante a pessoa fazer consulta com especialista pelo menos uma vez ao ano”, alerta Frederico.

Serviço - Triagem de catarata no Hospital Bettina, voltado às pessoas que tenham acima de 60 anos e que nunca tiveram a doença. Dia 22 de maio, das 7h às 10h. Para participar, basta levar os documentos originais de registro geral, CPF, comprovante de residência e cartão do Sistema Único de Saúde (SUS), mas caso não tenha este último não há problema. O Bettina fica no Campus IV da UFPA. Rua Augusto Corrêa, 01, Guamá (com acesso pela Avenida Perimetral, na Terra Firme).

Texto: Cleide Magalhães.