Por: Cleide Magalhães
Reportagem publicada em O Liberal e Amazônia, 16/01/2012
A prevenção contra a dengue é tarefa que deve ser realizada sem descanso, o ano todo, mas nessa época de chuva os cuidados precisam redobrar. Dados da Secretaria Executiva de Saúde do Estado (Sespa) mostram que em 2011 ocorreram 29.229 casos suspeitos da doença no Pará, dos quais 13.656 foram confirmados por exames laboratoriais, desses 19 pessoas morreram. Este ano, há somente um caso confirmado da doença e envolve uma criança, nascida em Santa Luzia do Pará, nordeste do Estado, a qual está internada no Hospital Universitário João de Barros Barreto da Universidade Federal do Pará, em Belém. Segundo o secretário de Saúde do Estado, o médico Helio Franco, o caso complicou e a criança teve que ser internada, mas seu estado de saúde é estável e recebe acompanhamento médico permanente.
As ações de combate aos focos para o desenvolvimento de criadouro do mosquito da dengue, o Aedes aegypti, o secretário afirma que a Sespa trabalha em parceria com as prefeituras e que as equipes de saúde no Estado estão preparadas para receber quem apresentar sintomas da doença nos quatro tipos de vírus existentes. No Pará os mais comuns são os tipos 1 e 2. Mas seus sintomas são os mesmos: dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, febre, dor atrás dos olhos e diarreia.
O diagnóstico é clínico e o acompanhamento da doença por meio de hemograma. Caso apresente esses sinais, o paciente precisa manter-se hidratado e em repouso, ou internado nos casos mais graves. "Se a pessoa tiver os sintomas mais simples da doença, precisa fazer a hidratação por meio de soro oral, água natural, água de coco, chá, pois quanto mais líquido melhor ingerido de forma gradativa. Porém, há situações em que não pode perder tempo e correr para o serviço de saúde: se sentir dificuldade para respirar, dor abdominal contínua e sangramento, ou as três coisas juntas. Nesse caso, tem que fazer a hidratação na veia, diminuindo as complicações e garantir menos chance de chegar a óbito", orienta o secretário.
Prevenção
O combate ao mosquito transmissor é a principal arma contra a doença, já que ainda não existe vacina. "A vacina é feita em vários locais do mundo, mas será utilizada nos próximos quatro anos. O combate à dengue depende da ação conjunta entre a sociedade e o poder público. Setenta por cento das pessoas infectadas estavam próximas a lixo sólido e água parada, espaços que facilitam o desenvolvimento do criadouro da doença. A característica maior da dengue é seu mosquito gostar de água quente e limpa, por isso a água parada o atrai. Temos que não deixar água parada nos banheiros, vasos, piscinas, jogar lixo na rua, restos de construção, enfim".
É fundamental ainda evitar a picada do mosquito e ficar alerta, principalmente, das 4h da madrugada até 10h, entretanto, o mosquito muda de comportamento e pode picar à noite. "A orientação é usar repelente, mosqueteiro, principalmente para crianças e idosos por conta da fragilidade no sistema imunológico destes".
Serviço
Informações sobre dengue entre em contato com outras Secretarias Municipais de Saúde: Ananindeua (91) 3073-2220, Marabá (94) 3324-4904, Marituba (91) 3256-8395, Santarém (94) 3524-3555 e Tucuruí (94) 3778-8378. Em Belém, além do (91) 3277-2485, a população pode entrar em contato com os telefones dos Distritos Administrativos: Daben (3297-3275), Daent (3276-6371), D´Água (3274-1691), Daico (3297-7059), Damos (3771-3344), Daout (3267-2859), Dasac (3244-0271) e Dabel (3277-2485).
Minha mãe tem o habito de deixar agua parada durante dois dias seguidos, ela diz que não tem perigo? É verdade?
ResponderExcluirOlha, não é verdade. Tem perigo sim, principalmente se a água estiver limpa, já que o mosquito gosta de água quente e limpa, por isso a água parada o atrai.
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