sábado, 27 de março de 2010

ABDeC-Pa: 30 anos de ações em prol do cinema e audiovisual paraense

Na próxima terça-feira, dia 30 de março, a Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-metragistas do Pará, ABDeC-Pa, comemora seu aniversário de 30 anos. A coincidência nos números revela mais do que uma simples entrada na era de Balazac, é a chegada da fase madura para uma militância que, desde a década de 70, vem atuando em prol dos avanços nas políticas públicas da área e melhorias para os técnicos de cinema e vídeo.

Instituição sem fins lucrativos, trabalhando com gestões bienais voltadas principalmente para o curta-metragem e documentários independentes, a Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-metragistas do Pará é filiada a ABD Nacional, cuja capilaridade está nos 26 Estados brasileiros mais o Distrito Federal, sendo uma das poucas entidades representativas de classe em todo o país. A ABDeC do Pará está presente em praticamente todos os avanços já conquistados no setor, desde ações como a parceria com a Fundação Curro Velho para a criação do Cineclube Pedro Veriano, passando pelo processo de manutenção do Cinema Olympia, até a implantação do Núcleo de Produção Digital no Pará e projeto Cine Mais Cultura, entre muitas outras atividades, filmes realizados em parceira, festivais e afins.

Por conta disso, comemorar os 30 anos da ABDeC-Pa torna-se um marco na história do audiovisual paraense, já que o aniversário aponta para a lembrança da importância da Associação e tudo o que através dela se vem conquistando.

A “festa”

Festa do cinema não existe sem filmes, assim além de fazer um balanço de suas atividades e lançar a “Mostra ABDeC”, a Associação vai realizar uma sessão especial na terça-feira, dia 30, no Cineclube Pedro Veriano, com a exibição de dois curtas-metragens e dois documentários, dirigidos por abdistas da casa. Tudo de graça, a partir das 18h.

O primeiro será “O Dia que o Padim voltou ao Crato”, animação de Rodrigo Aben-Athar, vencedora do Prêmio Aquisição BNB no Festival do Minuto, tema Padre Cícero, em Novembro de 2009. O curta mostra o que acontece quando décadas após sua morte, Padre Cícero decide fazer uma visita a sua cidade natal.

“Severa Romana” de Bio Souza, Rael Hélyan e Sue Pavão, tem duração de 15 minutos. Vencedor do Prêmio Estímulo da Prefeitura Municipal de Belém em 2002, o filme conta a história de uma jovem dona de casa, assassinada no dia 02 de novembro de 1900, por um militar, ao resistir a uma agressão sexual. A morte causou grande comoção, especialmente pelo fato de que Severa contava sete meses de grávida quando foi assassinada. Por sua lealdade ao esposo e sua disposição em defender a própria honra, acabou se transformando numa espécie de 'santa popular'.

Ambientado na Belém histórica, o roteiro mistura violência e religiosidade. O filme é baseado na obra do dramaturgo paraense Nazareno Tourinho, cujos escritos também deram origem à peça teatral com o mesmo título. 'Severa Romana' traz no elenco Laydiane Rodrigues (como Severa), Cláudio Marinho (no papel do soldado Pedro, marido de Severa), Luiza de Abreu (que vive a dona da pensão onde vive o casal), Natal Silva (como a vizinha de Severa) e Lúcio Martins (que interpreta Cabo Ferreira, assassino de Severa).

Vídeo-documentário de 06’, “O Mundo de Célia” é resultado do projeto Ponto Brasil, realizado no Instituto de Artes do Pará em 2009, através do Núcleo de Produção Digital. Com direção coletiva de membros da ABDeC do Pará, o curta dá voz a uma prostituta que vive em rua histórica de Belém.

Encerrando a sessão será exibido o DOC TV “A Descoberta da Amazônia pelos Turcos Encantados” (2005), documentário de Luiz Arnaldo Campos que registra / recria realidades materiais e imateriais que compõem o universo místico do Tambor de Mina, a mais poderosa religião afro-indígena da Amazônia.

Nos aproximadamente 2.500 terreiros de Mina existentes na Grande Belém, as princesas turcas Mariana, Herondina e Jarina são as entidades mais cultuadas entre todas que fazem parte do Mundo da Encantaria. Esta devoção por divindades procedentes do Oriente pelo povo afro-caboclo-indígena da Amazônia é explicada pela saga metafísica do Povo da Turquia, contada/cantada pelos adeptos do Tambor de Mina nas suas festas e atos religiosos.

A mostra

Realizado em parceria com a ABD Nacional, a “Mostra ABDeC” pretende mapear a produção audiovisual paraense, através de um mini-festival onde os filmes exibidos passarão por um júri popular, que votarão nos que considerarem melhor. Os filmes mais votados vão compor uma caixa de DVD que farão parte do acervo da ABDeC, que se responsabilizará pela divulgação e distribuição nos projetos em que estiver envolvida.

Serviço

Aniversário da ABDeC-Pa, terça-feira, dia 30, às 18h no Cineclube Pedro Veriano, que fica na Casa da Linguagem (Avenida Nazaré com Assis de Vasconcelos). Lançamento da Mostra ABDeC e exibição dos filmes “O Dia em que o Padim voltou ao Crato”, “Severa Romana” e “A Descoberta da Amazônia pelos Turcos Encantados”. Entrada franca.

Informações e entrevistas

Dani Franco – Diretoria de Comunicação ABDeC-Pa

(91) 8167 5745 / danifrancoeu@hotmail.com

quarta-feira, 24 de março de 2010

Grupo teatral Shalom completa 15 anos e encena Paixão de Cristo

Religião e Arte

Neste ano o Grupo Teatral Shalom, da paróquia Sagrado Coração de Jesus, em Ananindeua, completa 15 anos e apresenta a Via Sacra 2010 com o tema “Jesus: O Shalom do Pai”. O espetáculo retrata, através das artes cênicas, a Vida, Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo.

O enredo traz uma seleção das melhores cenas apresentadas pelo grupo nos anos anteriores, entre outras inéditas. Os ensaios acontecem as segundas, quartas e sextas-feiras, às 19 horas. Ao todo, 200 pessoas entre atores, produção e colaboradores estão envolvidas.

Para este ano, são esperadas oito mil pessoas na próxima semana, dia 2 de abril (Sexta-feira Santa), no Conjunto Júlia Seffer – Rua 11, às 19 horas. A entrada é franca.

Mais informações:

Elson Pires - 91 – 87284177.

Sexta-feira árabe no Sinergia Cultural da Unipop

Arte e Cultura

O primeiro Sinergia Cultural de 2010 propõe um mergulho no universo das práticas performáticas dos descendentes de libaneses em Belém do Pará. Na palestra-espetáculo “Brasileiramente, árabes!”, a atriz e pesquisadora Karine Jansen, professora da ETDUFPA, apresenta o seu mais novo processo de criação, contemplado com o prêmio Miriam Muniz de Teatro da Funarte. O encontro ocorre dia 26 de março, às 19h, no Porão Cultural da Unipop.

O espetáculo foi produzido a partir de um projeto de pesquisa baseado em entrevistas sobre as histórias de vida de descendentes de libaneses que moram na cidade das mangueiras. Ao longo da pesquisa, os próprios descendentes, na ânsia de oferecer maiores informações sobre a memória do seu povo, passaram a enviar à pesquisadora cartas preciosas sobre a história dessa comunidade.

“Essas cartas carregam uma multiplicidade de informações, sentimentos e sensações e constituem, sobretudo, rico material para os criadores da cena. Nelas, encontramos referências a imigração das famílias árabes que desembarcaram no Brasil, por volta do século XIX e início do século XX, por motivações políticas ou econômicas, bem como identificamos em relatos algumas ações e técnicas trazidas pelos libaneses e repassadas aos descendentes. O que chamamos na pesquisa de práticas performáticas”, avalia Karine.

De posse desse material, a pesquisadora, junto de Maridete Daibes, Larissa Latif e Wlad Lima, todas com descendência libanesa, iniciou o trabalho cênico que se mostra um exercício diário de percepções e associações de imagens. “Ao longo dos encontros, atores e direção exploraram objetos cênicos e atribuíram a eles simbologias, relacionadas às informações adquiridas ao longo da pesquisa”. Para as intérpretes-criadoras, explorar cenicamente essas cartas, narrativas e contos é trazer ao palco a possibilidade de revelar as relações culturais estabelecidas em Belém e no estado do Pará, que contribuem para a formação da nossa história e, conseqüentemente, da nossa identidade. As cartas estão disponíveis no blog http://brasileiramentearabe.wordpress.com

E por quê vincular a pesquisa acadêmica à produção de um espetáculo? A primeira resposta, para o grupo, está ligada à identidade das pesquisadoras, que são profissionais de teatro, algumas delas ligadas à Universidade, como Karine Jansen e Wlad Lima, integrantes do Grupo de Pesquisa em Artes Cênicas da Amazônia – PACA, cadastrado no CNPq. A partir disso, o objetivo do processo de pesquisa e montagem torna-se um discutir e um revelar -inclusive no palco- as relações culturais estabelecidas na cidade Belém e no Estado do Pará, na construção de sua história, identidades e culturas.

“Acreditamos que contribuímos neste projeto com a memória da cidade e do país ao revelar camadas culturais de pouca visibilidade social, além de acrescentar um olhar diferente para as culturas árabes e paraense. Pois, se a cultura árabe está exaustivamente exposta na mídia e relacionada a conflitos políticos, econômicos e religiosos, a cultura paraense, muitas vezes, está aprisionada em estereótipos incapazes de indicar a sua complexidade e diversidade, tornando pouco conhecida, até mesmo dos paraenses”.

SINERGIA CULTURAL
Toda última sexta-feira do mês, o Instituto Universidade Popular (UNIPOP) convida a comunidade a entrar em contato com um novo processo de criação artística através do Sinergia Cultural, sempre às 19h. A UNIPOP fica na avenida Senador Lemos, nº 557, próxima à Praça Brasil. Para mais informações, ligar para 3224-9074 ou 32231083.

ESTREIA
O espetáculo “Brasileiramente, árabes!” estréia no Teatro Cláudio Barradas no dia 31 de março e será apresentado, sempre de quarta-feira à domingo, até o dia 11 de abril, às 21h.
Foto de DIVULGAÇÃO (Sugestão: A atriz Maridete Daibes traz à cena a trajetória dos seus familiares).

CONTATO:
Felipe Cortez - Grupo de Teatro da Unipop
(91) 8212-9182
Amazônia Universal Teatro do Mundo.

Abertas inscrições para oficina de rádio na Casa da Juventude

Comunicação Popular

Formação cidadã, linguagem radiofônica, locução, artesanato sonoro, edição de áudio e transmissão. Estes são assuntos a serem tratados na Oficina de Formação Cidadã e Capacitação em Rádio Popular, que tem como tema “Um novo modo de se pensar e fazer rádio”. Será realizada aos sábados, entre os meses de abril e agosto, na CASA da Juventude, ou seja, no Centro de Articulação Social e Apoio da Juventude, vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Assistência Social. As inscrições encerram dia 03 de abril e o quesito único para participar é ter conhecimento básico em informática. Vagas limitadas. A CASA da Juventude fica na Avenida Gentil Bittencourt, 694, ao lado do Centur. Mais informações: 91 – 3223 3437.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Intrigas e mistérios em Fundo Reyno

Arte e Cultura

“Pra lhes começar contando / Sem medo, raiva, nem pressa / O começo de uma história / No instante em que ela começa (Venina, Pajé-Sacaca)”. As palavras foram escritas no Twitter de Walter Freitas em 28 de fevereiro deste ano. Remetem à introdução de uma história qualquer, até lembram o cordel nas rimas, mas eis que topamos com a expressão “pajé-sacaca” e, de repente, vem o estranhamento. Estamos no universo da religião, que é quase mito, em que se transfigura uma realidade, tornando-se metáfora. E tudo isso toma termo em apenas duas palavras: Fundo Reyno. São elas que intitulam o espetáculo do músico e dramaturgo paraense que entra em temporada nessa quarta-feira, 18.

Se é próprio da arte causar estranhamento e, se apenas desse estado de vulnerabilidade intelectual e sensitiva, da sensação de se pisar em terreno desconhecido, provém a experiência estética, Fundo Reyno traz todos os elementos para tal fim. A sua Amazônia é uma de encantarias, em que duas pajés-sacacas – denominação dada aos curandeiros mais poderosos, com domínio sobre a flora – envoltas em um quadrilátero amoroso, disputam a posse da chave que lhes abre todo o poder mágico do fundo das águas.

Concebido de forma a convidar o público ao mergulho nos mistérios dessa profundeza amazônica, que só encontra par na alma humana, a intenção fica visível desde a divulgação: nas fotos que trazem rostos em fundo preto, ostentando uma iluminação barroca, num cuidadoso traçado de luz e sombra; na frase com um quê shakespeariano que acompanha o teaser: “intriga, sexo, feitiço, traição e morte nos rios da Amazônia”.


Entretanto, além do texto, há o subtexto. A história das sacacas em busca da chave é também fábula sobre a sede de poder e da luta pela posso dele, traduzida na inclemência dos corações fechados e na crueldade humana. Com um elenco bastante reduzido, o trunfo do espetáculo não parece estar em reviravoltas de texto ou tramas paralelas. Há apenas 7 personagens – três deles músicos da Folia – que desfilam por entre cenografias, figurinos, luzes e formas de vestir, de ver de ouvir; aparato técnico que convida o público a se sentir parte do ambiente.

Walter Freitas, mais conhecido pelo trabalho musical, já foi premiado por seu trabalho em teatro com o Prêmio Waldemar Henrique de Dramaturgia, pela ópera "Hánêreá - Lendas Amazônicas"; com a publicação de seu texto infanto-juvenil "Fiau Babau"; com o Prêmio IAP de Literatura pela ópera "DeZmemórias", sobre os dez anos de morte do seringueiro Chico Mendes; além de ter seu mini-texto "A Cuia Mágica", encenado e lançado em edição bilíngue em Paris, por um grupo de teatro francês. Fundo Reyno dá continuidade à trajetória. A encenação, fruto de uma pesquisa realizada por Walter Freitas na Vila da Barca, onde foi feito o estudo e captura de tipos, comportamento e ações utilizados na peça, foi vencedora do Prêmio Myriam Muniz de Teatro, da Funarte.

Elenco:
Juliana Medeiros - Pajé-Sacaca Venina
Pauli Banhos - Viúva Zulmira
Wellingta Macêdo - Nhá Luca / O Bicho
Andréa Rocha - Antero Denizar
Mônica Lima - Bandeireiro da Folia
Akel Fares - Rabequeiro da Folia
Walter Freitas - Violeiro da Folia

Equipe Técnica:
Maurício Franco - Cenário e Figurinos
Tiago Ferradaes - Design de Luz
Pauli Banhos - Assistente de Direção
Luciana Medeiros - Assessoria de Imprensa
Jaime Souzza – Fotografia
Nhãnhã Çayré - Design Gráfico
Mindiyara Uakti – Partituras
Waldiney Machado - Confecção de Tambores
Pedro Bolão do Laguinho - Caixa de Marabaixo (Macapá-AP)
Cristina Costa – Produção
Walter Freitas - Música, Direção Musical, Dramaturgia e Direção Geral

Serviço:
Espetáculo “Fundo Reyno”
Data: 18 a 28 de março
Horário: 20h
Local: Teatro Waldemar Henrique
End.: Av. Presidente Vargas, 645/ Praça da República
Ingressos: R$ 10,00 (c/ meia entrada) na bilheteria do Teatro
Venda antecipada: R$ 8,00 na loja Ná Figueredo – Av. Gentil Bittencourt, 449.

UFPA terá Quartas Culturais a partir de março

Veja notícia completa:

http://www.portal.ufpa.br/imprensa/noticia.php?cod=3622

domingo, 14 de março de 2010

Fotógrafo paraense retrata Belém no livro Capitais do Brasil

Arte

Revisita a história e cenários das principais

cidades do país, com texto de Eduardo Logullo,

com 220 imagens de 42 fotógrafos

A editora Metalivros acaba de lançar o livro Capitais do Brasil, que promove um instigante e original passeio pelas capitais dos 26 Estados da federação e pela capital federal. A obra, realizada com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura, contém 220 imagens de 42 fotógrafos renomados ilustram o texto leve e versátil do jornalista Eduardo Logullo. A foto que retrata a cidade de Belém é do fotógrafo Edvaldo Pereira, ex-editor de fotografia do jornal Diário do Pará.

A tiragem inicial da obra bilíngüe (português e inglês) é de três mil exemplares. O projeto concebido pelo editor Ronaldo Graça Couto divide as capitais por regiões e valoriza o que há de pitoresco e positivo nessas cidades, privilegiando perspectivas panorâmicas. “As capitais formam o grande caldeirão cultural brasileiro, palco das decisões que levam o país a seu destino”, diz Ronaldo na apresentação do livro.

Capitais do Brasil (Metalivros, 2009)

Texto: Eduardo Logullo

Idiomas: Português e Inglês

ISBN: 978-85-85371-80-7

Preço: R$ 138,00

252 páginas

220 imagens.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Espetáculo Águas de Mariana está em cartaz no Teatro Cláudio Barradas

Arte e Cultura

Um mergulho nas Terras da Encantaria, por meio de pesquisas acadêmicas realizadas em casas de Tambor de Mina e Candomblé Angola na cidade de Belém sobre a performance da entidade Dona Mariana, Princesa Turca Encantada, mas que também se manifesta como Marinheira e como Arara Cantadeira.

Esse pequeno trecho pode levar o público a recordar da encenação que assistiu no espetáculo Águas de Mariana, que depois do recente sucesso de bilheteria obtido no Teatro Experimental Waldemar Henrique, está em cartaz no Teatro Universitário Cláudio Barradas, no sábado (13) e domingo (14), às 20h.

Segundo Keila Sodrach, atriz do espetáculo, o público terá mais uma oportunidade de prestigiar a encenação dramatúrgica que tem encenação voltada para narrativa mítica e às performances corporal e vocal de Dona Mariana que no espetáculo será interpretada por duas atrizes, que assumem manifestação da entidade. Além de Keila, o elenco traz a atriz Lú Maués.

A Encantada possui uma profunda relação com o mar e suas águas, com as areias do mar e com a mata elementos que simbolizam e caracterizam cada manifestação da encantada: Princesa Turca (terra), Marinheira (água) e Arara Cantadeira (mata).

A encenação nesse entrelaçamento entre teatro e prática ritual da religião afro dialoga com diferentes estéticas cênicas e justapõe outras linguagens artísticas como a dança contemporânea, a audiovisual (vídeos e fotos), a música (canto e percussão) e as artes plásticas (instalação de luz). “Construímos uma dramaturgia da cena muito recorrente atualmente, que é a apropriação de diferentes meios artísticos para constituir um todo cênico que prima pelo experimentalismo e o hibridismo entre as artes”, informa Keila Sodrach.

Ficha Técnica

Marianas
Keila Sodrach & Lú Maués

Encenação e Direção – GeMtE
Aníbal Pacha - Consultoria Cênica e Concepção de figurino
Edson Santana - Direção musical (percussão e efeitos sonoros).
Guilherme Repilla - Preparação Corporal
Emerson de Souza - arte, filmagem, fotografia e vídeos.
Iluminação – Milton Aires
Maquiagem – Cláudio Didima
Cenário – Mauricio Franco
Neuton Chagas - Design de luz
Desenho - Francisco Leão
Preparação vocal – Vilma Monteiro
Sheila - Confecção de figurino

Produção
GeMtE

Apoio Cultural
Secretaria de Cultura do Pará (Secult), Prêmio Cláudio Barradas de Teatro de Fomento as Artes Cênicas – 2008, Sistema Integrado de Teatro (SIT), Associação Cultural Afro Brasileira de Oxaguiã – ACAOÃ, Rudembo - Axé di Jaciluango e Ná Figueiredo.

Realização: GeMTe.

Águas de Mariana
Em cartaz no Teatro Universitário Cláudio Barradas, dias 13 e 14 de março. Ingressos a R$ 10,00 com meia entrada. Quem for com roupa toda branca paga meia entrada. O teatro fica na Rua Jerônimo Pimentel, 546, esquina com Dom Romualdo de Seixas, no Umarizal. Mais informações: 91 – 8162 3128 (Keila).

Texto e fotos: Divulgação.

Edição: Cleide Magalhães.

Casa da Juventude abre inscrições para oficinas culturais

Profissionalização, Arte e Cultura

Diversas linguagens artísticas estão presentes nas oficinas culturais oferecidas gratuitamente a jovens, entre 15 e 29 anos, pelo Centro de Articulação Social e Apoio da Juventude, conhecida como Casa da Juventude, mantida pelo governo do Estado. Na próxima segunda (15), abrirão inscrições às oficinas de artes cênicas, visuais e de música. Além disso, a instituição recebe pessoas interessadas em participar do seu Grupo de Teatro, o “Trupp Imaginarte”.

Segundo a coordenadora das oficinas culturais, Suzane Pereira, doutora em Estudos Teatrais, o objetivo é oferecer subsídios para que os jovens garantam espaço artístico e cultural no cenário paraense. “Procuramos fazer com que os participantes se familiarizem com a arte, desenvolvam a sensibilidade e expressões artísticas e possam chegar ao mercado artístico. Os cursos que envolvem técnicas, por exemplo, podem ajudar ainda com que eles se profissionalizem e gerem renda. Não há seleção para preencher as vagas ofertadas, pois atendemos por ordem de chegada. Se a demanda gerar uma lista de espera, procuramos oferecer de novo o curso para atender a todos”, informa Suzane Pereira.

As oficinas variam entre 20 e 60 horas semanais e os participantes recebem certificados. A coordenadora geral da instituição, a historiadora Nádia Brasil, lembra que para realização das oficinas, a instituição recebe projetos de arte-educadores graduados ou não. Os ministrantes recebem orientação quanto ao modelo do projeto, passam por seleção e fazem parte do banco de dados da instituição, tendo a possibilidade de terem seus projetos aprovado.

Todas as sextas-feiras, os jovens participantes das oficinas culturais apresentam suas produções. Mas o resultado final dessas ações será levado às ruas para o conhecimento da comunidade, em junho, quando acontecerá o Cortejo Junino, que mostrará adereços, teatro e dança de rua, personagens e diversos ícones da cultura amazônica.

Teatro - O Grupo de Teatro “Trupp Imaginarte” é aberto às pessoas interessadas. As reuniões acontecem segundas e quartas-feiras, das 18h às 20h, na Tenda da Casa, lugar que atende, também, a qualquer grupo de teatro da cidade que queria utilizá-lo para ensaios e reuniões. “A Casa da Juventude é um lugar de articulação para os movimentos culturais. Trabalhamos em parceria com diversos órgãos do estado voltados para essa área, como o Instituto de Artes do Pará (IAP) e Fundação Curro Velho e estamos abertos a novos parceiros”, ressalta Suzane Pereira, que é também diretora do Grupo de Teatro da Casa da Juventude.

Serviço: Inscrições para oficinas de artes cênicas e visuais e de música na Casa da Juventude, a partir da próxima segunda-feira (15). Para se inscrever é preciso ir à instituição, na Avenida Gentil Bittencourt, 694, ao lado do Centur, no bairro da Batista Campos. Mais informações: (91) 3223-3437.

Texto: Cleide Magalhães, assessoria de imprensa da Casa da Juventude.

Fotos: Divulgação.


terça-feira, 9 de março de 2010

Israel Vibration pela primeira vez em Belém

Cultura

Israel Vibration é, sem sombra de dúvidas, um dos grandes nomes do reggae. Com certeza, um nome digno de respeito e reconhecimento de qualquer um que já pôde conferir o som dos caras. As vibrações positivas que emanam de suas músicas são impecáveis, e vivem por mais de duas décadas. O Israel tem um feitiço musical, conseguindo unir reggae de raiz tradicional com um som hipnotizante e mensagens profundamente espirituais.

Estiveram recentemente no Brasil, no festival Ruffles Reggae, em Outubro de 1999. Como não poderia deixar de ser, agradou, e muito, o público presente no evento. Todo esse respeito pelo público não foi conquistado à toa. São mais de 20 anos de carreira e inúmeras canções na lista dos melhores clássicos do reggae de todos os tempos. Recentemente, houve uma mudança na formação original do Israel. Antes composto por um trio - Skelly, Wiss e Apple - perdeu um de seus integrantes, Albert Craig, que partiu para a carreira solo.

Os integrantes da atual dupla, Cecil Spence (Skelly) e Lascelle Bulgin (Wiss) são naturais da Jamaica, e vítimas de poliomielite. Eles se conheceram, quando crianças, no "Centro de Reabilitação Mona", onde foram internados por suas famílias. Aprenderam cedo como sobreviver no mundo, e embora a poliomielite seja uma doença séria, eles nunca deixaram que isso viesse a atrapalhar a criatividade, o desempenho e a força de vontade. Acharam força na fé Rastafari e começaram a compor e cantar canções que expressassem suas convicções espirituais.

Tanta espiritualidade acabou causando o afastamento do Centro de Reabilitação Mona. Destemidos, eles encontraram o que precisavam na música, que fez com que ganhassem o apoio da comunidade local, proporcionando encorajamento para seguir em frente com a carreira. A primeira gravação foi em 1978, que rendeu o álbum Same Song pela EMI. A partir daí, surgiu uma atenção internacional pelos caras. Depois de um tempo, a carreira fonográfica do Israel parecia estar indo por água abaixo, pois assim como muitos artistas jamaicanos, foram induzidos à uma indústria local infestada naquele momento, por prática de contabilidade questionável, pirataria musical, e falta de apoio de excursão. Em 1983, eles se separaram e seus membros foram para os Estados Unidos em busca de um cuidado médico adequado e também de projetos individuais.

Em 1988, conheceram Dr. Dread, presidente e fundador da gravadora Ras, à procura de gravações solo. Dr. Dread, que admirava o talento do Israel Vibration e ouvia atentamente as palavras de Marcus Garvey, lhes falou sobre o lance de "unidade é força", aconselhando que se unissem novamente. Eles aceitaram, e o resto da história faz parte de uma relação que deu início a Strength of My Life, e continuou com Praises, Forever, Vibes Alive, IV, On The Rock, Free to Move, e mais alguns álbuns Dub. On The Rock gerou muitos elogios, além do single e do vídeo Rudeboy Shufflin que, juntamente com o vídeo Feelling Irie, foi apresentado em programas de televisão nos EUA e em outros países. On The Rock, seguido de Free to Move foram passos importantes na carreira do Israel. O lançamento de Pay the Piper e o vídeo Hard Road, em 1999, mostra alguns dos fortes materiais compostos pela dupla Skelly e Wiss.

Seu mais recente trabalho, o álbum Jericho, lançado em Maio de 2000 é, sem dúvida, um dos trabalhos mais fortes da dupla, e tem participação de alguns dos melhores músicos jamaicanos. Skelly e Wiss mostram letras dignas de respeito e cantam de coração com o verdadeiro espírito da universalidade. O Israel Vibration tem trabalhado muito, por muito tempo com o apoio da gravadora Ras, e continuará, sem dúvida, fazendo o que fazem, redefinindo o termo "Roots Reggae" para o novo milênio.

Texto: Divulgação.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Passagem proibida a candidatos

Política

A partir de 3 de julho, nenhum candidato às eleições deste ano poderá participar de inaugurações de obras públicas. O calendário oficial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgado ano passado estipulava a proibição apenas para candidatos a presidente da República e governador, além dos vices. A extensão da regra a todos os concorrentes - incluindo candidatos ao Senado, a deputados federal e estadual - atende às mudanças estabelecidas na minirreforma eleitoral, aprovada pelo Congresso. Até 3 de julho, porém, a farra de inaugurações vai continuar.

Leia a notícia completa no blog do Observatório Eleitoral:

http://observatorioeleitoral.blogspot.com/2010/03/passagem-proibida-candidatos.html